sábado, 13 de abril de 2024

DIA DE FEIRA – Ubireval Alencar.

 


      Um dia de Feira em Mata Grande




Não havia trânsito de carros.

Senhoras e raros idosos abriam suas portas e defronte sua calçada já obtinham verduras poucas (pimentão, alface , tomate, chuchu , cebolinha). Frutas eram limitadas conforme a estação. Sacas enormes em pé de feijão mulatinho, de corda , farinha  milho, espalhavam-se até o sinuca de seu Vieira .

Na Rua chamada de Baixo   enfileiravam-se barracas de quinquilharias e calçados e roupas embrionários das futuras lojas de butiques hoje cultivadas.

E alongava-se a diversidade de bancas de alfenins,   rapaduras, roletes de cana  e petiscos de guisados de galinha,  tapiocas de coco, quebra-queixo.

Ah tempos  e Agnelo chamado Bobinha a bradar impropérios por tudo:  BOBA PESTE !!

Chegava-se ao final da rua quase junto ao Fomento  onde havia açougue de carnes de boi , carneiro , ovelhas, porco.. E uma CACHORRADA infernal entre os transeuntes .

O cheiro do pão crioulo incensando as casas , a chaminé da padaria de seu PANTA subindo a rua Nova.

Não mais temos Peru baixeiro, Dorotilia, imensa assustando a criançada,  Vilar discursando num dia de procissão, Julia Gringa com seu pote d'água. Edite ainda continua grávida a cada Estação??

Saudades do quarteto da CARROÇA DO LIXO, O BOI DE ZE GRILO.

Um comentário:

  1. Uma feira muito grande que de tudo ofertava.
    Hoje moro em outro estado e a lenda é que até bala tem na feira.

    ResponderExcluir