quinta-feira, 15 de maio de 2014

ELEIÇÕES - Germano


ELEIÇÕES

 

Este ano teremos novas eleições para escolha dos novos dirigentes.  Desde já, presenciamos a disputa dos pretensos candidatos, que no afã  do poder, esquecem as metas que traçaram para a  vida, atropelam os sentimentos éticos, deixam de lado a fidelidade partidária e seguem em busca de um objetivo que os mantenham no poder, não importando quão o peso na consciência  lhes tragam quando colocam a cabeça no travesseiro para dormir.

Todos os candidatos sabem o quanto a  eleição é traiçoeira  principalmente para quem acorda derrotado. Confiante, ele dispara nas pesquisas, mais a decepção na contagem dos votos é muito grande.

Alguns desistem e vão embora, outros  colocam a vergonha de lado e vão em frente chamando de canalhas – falam assim dos vendedores de ilusão e dos eleitores infiéis.  Quem pede o voto quase nada cumpre do prometido, o eleitor com o título  na mão, pega o dinheiro de vários candidatos e no ano seguinte não sabe nem em quem votou e passa a criticar, até  a renovação de um novo ciclo.

Isto constitui a troca suja de insinceridades, porém, os dois lados se merecem.

Existe um antigo ditado que diz: “QUANDO OS GATOS SAEM OS RATOS TOMAM CONTA”. Na política é mais ou menos assim. Homens  verdadeiramente  voltados para o bem, possuidores de uma ética de berço e aperfeiçoada nos estudos, normalmente não querem ser  candidatos a cargos, principalmente, os executivos, pois sabem que , naturalmente,  vão prevaricar. Disse certa vez o Millor Fernandes: “ A HONESTIDADE DO BRASILEIRO É FALTA DE OPORTUNIDADE”. 

Os que são nomeados para fiscalizar a falta de honestidade, por sua vez,  não cumprem a contento suas obrigações e quando o fazem, a aplicação da pena,leva anos a ser executada, o que dá tempo ao político de exercer novos cargos e,  pelo poder exercido , será naturalmente, absolvido das sanções , muitas vezes abrandadas ou relegadas ao esquecimento.

O que presenciamos no dia a dia é a passagem dos cargos para os filhos, principalmente àqueles que não estudam o que dá continuidade ao ciclo vicioso de várias famílias que dependem dos recursos que as eleições asseguram para os vitoriosos nas urnas.

Eleições na ótica dos eleitores deveria  haver de cinco em cinco anos para todos os cargos, sem direito a reeleição e também a salários  e aposentadorias exorbitantes. Quem fosse  agradável para o  povo, após trabalhar  cinco anos em outras atividades, poderia voltar a ser candidato.

A triste democracia ora vigorando no País , paulatinamente, vai se transformando em uma “dinheirocracia” (palavra usada pelo escritor matagrandense José Arnaldo Lisboa Martins, em sua Crônica no Jornal Extra  dos dias 11/16.04.14)  uma vez que os partidos cujos integrantes, desconhecem, na maioria das vezes, a filosofia interna e metas a serem alcançada; fazem as reuniões, loteiam antecipadamente os cargos do primeiro ao último escalão e já consideram o  cargo eletivo como uma nomeação, sabedores que são do poder que exercem. Nestes momentos, esquecem as ofensas anteriormente dirigidas em alto e bom som, divulgadas pela mídia; as mãos são apertadas e as tapinhas nas costas são constantes. Alguns ressurgem do ostracismo a que foram submetidos pela não reeleição e sentem novamente que estão poderosos, esquecendo totalmente, as mágoas acumuladas.

E assim, vamos curtindo quatro, as vezes oito anos de falta de ordem e progresso em níveis mais acentuados.

 

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