quinta-feira, 22 de maio de 2014

ÉTICA - Germano


ÉTICA – Germano

Segundo Augusto Miranda, é um “ s.f. Parte da filosofia que estuda os deveres do homem para com Deus e a sociedade ; de ontologia; ciência da moral.”

Como se lê, é uma palavrinha simples, porém de uma grandeza incalculável para os princípios morais da humanidade, principalmente, a brasilidade e cidadania dos nossos gestores público que estão cada vez mais se deixando levar pelas benesses dos cargos que ocupam.

Costumeiramente se ouve pela mídia os escândalos praticados por homens que exercem cargos de relevância. Pensam eles que jamais serão descobertos, esquecem o adágio popular que diz “AQUI SE FAZ, AQUI SE PAGA”.

Ao longo dos anos todo o poderio exercido cai por terra. Não adiante surrupiar os cofres públicos cujas verbas seriam destinadas para a melhoria da qualidade de vida de diversos brasileiros espalhados pelos mais distantes rincões do País. Não adianta esconder dinheiro em cuecas, calcinhas ou mesmo paraísos fiscais. Quando descobertos o arrependimento é grande. Temos pouco conhecimento daqueles que se dão bem por toda uma vida.

Vez por outra cruzamos com homens que já foram supervalorizados e que hoje amargam o ostracismo até daqueles que, outrora, viviam em seus gabinetes. Isto nos levou a pensar: Qual a causa de tamanha ingratidão? A resposta cai exatamente na falta do exercício da ÉTICA nos devidos momentos.

Atualmente, com a mudança comportamental de grande parte dos conterrâneos, ouvimos de alguns frases que não soam bem e assimilam a falta de ética e honestidade como coisa corriqueira. Os espertos se dão bem, todavia, por um certo período da vida.

O melhor então, é seguir os ensinamentos antigos, vivendo de acordo com as benesses que o suor do rosto possa permitir.

 

terça-feira, 20 de maio de 2014

MATA GRANDE, NOSSA ORIGEM - Neidivan Araújo


 
 
 
 
 
 

MATA GRANDE, NOSSA ORIGEM

 

Uma cidade onde o verde é predominante, onde o nascer e o pôr-do-sol são um dos mais belos, onde a natureza não apenas vive, mas tem a oportunidade de brilhar com ousadia incessantemente. Seus filhos são privilegiados, pois podem deslumbrar e orgulhar-se do pseudônimo que esta recebeu: o Paraíso das Serras, em pleno alto sertão. Tão amada, admirada e respeitada pelos que tem a honra de habitá-la. Esta é Mata Grande.

 Fundada em 18 de Março de 1837, são muitos anos de história pra contar, muitas mudanças e desafios, muitas lutas, mas muitas conquistas, muitos planos e muitos objetivos alcançados, e em meio às intempéries, Mata Grande tem permanecido inabalável. Homem corajoso e visionário foi João Gonçalves Teixeira, doou uma parte de terra para que ali pudesse ser o começo de uma nova história em Alagoas. Sua visão holística prevaleceu, e hoje é perceptível que seu esforço realmente valeu à pena.

 Ser matagrandense não é apenas o nome que recebe as pessoas que nascem ou moram nesta cidade, ser matagrandense é ser apaixonado pelo torrão, é ter Mata Grande como um patrimônio pessoal, é fazer o papel de um filho autêntico. Sua beleza encanta aqueles que a visitam e que tem a honra de conhecê-la mais intimamente, e mesmo quando se distanciam jamais esquecem dessa riqueza inquestionável.

 Sentir o clima frio de Mata Grande à noite, realça o bem estar que ela nos proporciona, o ar puro é uma dádiva que não tem preço, as árvores e o pomar dessa terra fértil são o nosso diferencial, as serras que nos rodeiam são o complemento de uma paisagem extasiante que salienta ainda mais o elo que sentimos pela nossa inestimável cidade. Não é privilégio de todos, poder desfrutar desse Oásis, sim Oásis, porque em meio a um deserto, aqui estamos usufruindo de um espetáculo feito pelo Nosso Criador.

 É a mais linda do sertão! Que com sua beleza infinda cativa e fascina a quem a prestigia. Nosso chão, nosso refúgio, nosso torrão. Nosso habitat, nossa terra, nossa casa. Cidade acolhedora, destacada pelo seu aspecto diferenciado. Assim é Mata Grande, nossa vida, nosso berço, nossa origem!

 

 

Neidivan Araújo

quinta-feira, 15 de maio de 2014

ELEIÇÕES - Germano


ELEIÇÕES

 

Este ano teremos novas eleições para escolha dos novos dirigentes.  Desde já, presenciamos a disputa dos pretensos candidatos, que no afã  do poder, esquecem as metas que traçaram para a  vida, atropelam os sentimentos éticos, deixam de lado a fidelidade partidária e seguem em busca de um objetivo que os mantenham no poder, não importando quão o peso na consciência  lhes tragam quando colocam a cabeça no travesseiro para dormir.

Todos os candidatos sabem o quanto a  eleição é traiçoeira  principalmente para quem acorda derrotado. Confiante, ele dispara nas pesquisas, mais a decepção na contagem dos votos é muito grande.

Alguns desistem e vão embora, outros  colocam a vergonha de lado e vão em frente chamando de canalhas – falam assim dos vendedores de ilusão e dos eleitores infiéis.  Quem pede o voto quase nada cumpre do prometido, o eleitor com o título  na mão, pega o dinheiro de vários candidatos e no ano seguinte não sabe nem em quem votou e passa a criticar, até  a renovação de um novo ciclo.

Isto constitui a troca suja de insinceridades, porém, os dois lados se merecem.

Existe um antigo ditado que diz: “QUANDO OS GATOS SAEM OS RATOS TOMAM CONTA”. Na política é mais ou menos assim. Homens  verdadeiramente  voltados para o bem, possuidores de uma ética de berço e aperfeiçoada nos estudos, normalmente não querem ser  candidatos a cargos, principalmente, os executivos, pois sabem que , naturalmente,  vão prevaricar. Disse certa vez o Millor Fernandes: “ A HONESTIDADE DO BRASILEIRO É FALTA DE OPORTUNIDADE”. 

Os que são nomeados para fiscalizar a falta de honestidade, por sua vez,  não cumprem a contento suas obrigações e quando o fazem, a aplicação da pena,leva anos a ser executada, o que dá tempo ao político de exercer novos cargos e,  pelo poder exercido , será naturalmente, absolvido das sanções , muitas vezes abrandadas ou relegadas ao esquecimento.

O que presenciamos no dia a dia é a passagem dos cargos para os filhos, principalmente àqueles que não estudam o que dá continuidade ao ciclo vicioso de várias famílias que dependem dos recursos que as eleições asseguram para os vitoriosos nas urnas.

Eleições na ótica dos eleitores deveria  haver de cinco em cinco anos para todos os cargos, sem direito a reeleição e também a salários  e aposentadorias exorbitantes. Quem fosse  agradável para o  povo, após trabalhar  cinco anos em outras atividades, poderia voltar a ser candidato.

A triste democracia ora vigorando no País , paulatinamente, vai se transformando em uma “dinheirocracia” (palavra usada pelo escritor matagrandense José Arnaldo Lisboa Martins, em sua Crônica no Jornal Extra  dos dias 11/16.04.14)  uma vez que os partidos cujos integrantes, desconhecem, na maioria das vezes, a filosofia interna e metas a serem alcançada; fazem as reuniões, loteiam antecipadamente os cargos do primeiro ao último escalão e já consideram o  cargo eletivo como uma nomeação, sabedores que são do poder que exercem. Nestes momentos, esquecem as ofensas anteriormente dirigidas em alto e bom som, divulgadas pela mídia; as mãos são apertadas e as tapinhas nas costas são constantes. Alguns ressurgem do ostracismo a que foram submetidos pela não reeleição e sentem novamente que estão poderosos, esquecendo totalmente, as mágoas acumuladas.

E assim, vamos curtindo quatro, as vezes oito anos de falta de ordem e progresso em níveis mais acentuados.

 

segunda-feira, 12 de maio de 2014


TIRADENTES, UMA FARSA CRIADA POR LÍDERES DA INCONFIDÊNCIA MINEIRA



NOTA: Desde o tempo de estudante, principalmente, depois que estudei no Ginásio Felíx Moreno, fixei o histórico de Tiradentes, como um herói nacional, bem como a delação de Silvério dos Reis, entretanto, passado o último dia do feriado, eis que leio a reportagem abaixo. Fiquei pasmo, por isto levo ao conhecimento dos leitores deste site como aumento de conhecimentos.- Germano.

Guilhobel Aurélio Camargo

Ele estava muito bem vivo, um ano depois, em Paris. O feriado de 21 de abril é fruto de uma história fabricada que criou Tiradentes como bode expiatório, que levaria a culpa pelo movimento da Inconfidência Mineira. Quem morreu no lugar dele foi um ladrão chamado Isidro Gouveia.

A mentira que criou o feriado de 21 de abril é: Tiradentes foi sentenciado à morte e foi enforcado no dia 21 de abril de 1792, no Rio de Janeiro, no local chamado Campo da Lampadosa, que hoje é conhecido como a Praça Tiradentes. Com a Proclamação da República, precisava ser criada uma nova identidade nacional. Pensou-se em eternizar Marechal Deodoro, mas o escolhido foi Tiradentes. Ele era de Minas Gerais, estado que tinha na época a maior força republicana e era um polo comercial muito forte. Jogaram ao povo uma imagem de Tiradentes parecida com a de Cristo e era o que bastava: um “Cristo da Multidão”. Transformaram-no em herói nacional cuja figura e história “construída” agradava tanto à elite quanto ao povo.

A vida dele em poucas palavras: Tiradentes nasceu em 1746 na Fazenda do Pombal, entre São José e São João Del Rei (MG). Era filho de um pequeno fazendeiro. Ficou órfão de mãe aos nove anos e perdeu o pai aos 11. Não chegou a concluir o curso primário. Foi morar com seu padrinho, Sebastião Ferreira Dantas, um cirurgião que lhe deu ensinamentos de Medicina e Odontologia. Ainda jovem, ficou conhecido pela habilidade com que arrancava os dentes estragados das pessoas. Daí veio o apelido de Tira-dentes. Em 1780, tornou-se um soldado e, um ano à frente, foi promovido a alferes. Nesta mesma época, envolveu-se na Inconfidência Mineira contra a Coroa portuguesa, que explorava o ouro encontrado em Minas Gerais. Tiradentes foi iniciado na maçonaria pelo poeta e juiz Cruz e Silva, amigo de vários inconfidentes. Tiradentes teria salvado a vida de Cruz e Silva, não se sabe em que circunstâncias.

Tiradentes, maçonaria e a Inconfidência Mineira: Como era um simples alferes (patente igual à de tenente), não lideraria coronéis, brigadeiros, padres e desembargadores, que eram os verdadeiros líderes do movimento. Semi-alfabetizado, é muito provável que nunca esteve plenamente a par dos planos e objetivos do movimento. Em todos os movimentos libertários acontecidos no Brasil, durante os séculos XVIII e XIX, era comum o "dedo da maçonaria". E Tiradentes foi maçom, mas estava longe de acompanhar os maçons envolvidos na Inconfidência, porque esses eram cultos, e em sua grande parte, estudantes que haviam recentemente regressado "formados” da cidade de Coimbra, em Portugal. Uma das evidências documentais da participação da Maçonaria são as cartas de denúncia existentes nos autos da Devassa, informando que maçons estavam envolvidos nos conluios.

Os maçons brasileiros foram encorajados na tentativa de libertação, pela história dos Estados Unidos da América, onde saíram vitoriosos - mesmo em luta desigual - os maçons norte-americanos George Washington, Benjamin Franklin e Thomas Jefferson. Também é possivel comprovar a participação da Maçonaria na Inconfidência Mineira, sob o pavilhão e o dístico maçônico do Libertas quae sera tamen, que adorna o triângulo perfeito, com este fragmento de Virgílio (Éclogas,I,27) Tiradentes era um dos poucos inconfidentes que não tinha família. Tinha apenas uma filha ilegítima e traçava planos para casar-se com a sobrinha de um padre chamado Rolim, por motivos econômicos. Ele era, então, de todo o grupo, aquele considerado como uma “codorna no chão”, o mais frágil dos inconfidentes. Sem família e sem dinheiro, querendo abocanhar as riquezas do padre. Era o de menor preparo cultural e poucos amigos. Portanto, a melhor escolha para desempenhar o papel de um bode expiatório que livraria da morte os verdadeiros chefes.

E foi assim que foi armada a traição, em 15 de março de 1989, com o Silvério dos Reis indo ao Palácio do governador e denunciando o Tiradentes. Ele foi preso no Rio de Janeiro, na Cadeia Velha, e seu julgamento prolongou-se por dois anos. Durante todo o processo, ele admitiu voluntariamente ser o líder do movimento, porque tinha a promessa que livrariam a sua cabeça na hipótese de uma condenação por pena de morte. Em 21 de abril de 1792, com ajuda de companheiros da maçonaria, foi trocado por um ladrão, o carpinteiro Isidro Gouveia. O ladrão havia sido condenado à morte em 1790 e assumiu a identidade de Tiradentes, em troca de ajuda financeira à sua família, oferecida a ele pela maçonaria. Gouveia foi conduzido ao cadafalso e testemunhas que presenciaram a sua morte se diziam surpresas porque ele aparentava ter bem menos que seus 45 anos. No livro, de 1811, de autoria de Hipólito da Costa ("Narrativa da Perseguição") é documentada a diferença física de Tiradentes com o que foi executado em 21 de abril de 1792. O escritor Martim Francisco Ribeiro de Andrada III escreveu no livro "Contribuindo", de 1921: "Ninguém, por ocasião do suplício, lhe viu o rosto, e até hoje se discute se ele era feio ou bonito...".

O corpo do ladrão Gouveia foi esquartejado e os pedaços espalhados pela estrada até Vila Rica (MG), cidade onde o movimento se desenvolveu. A cabeça não foi encontrada, uma vez que sumiram com ela para não ser descoberta a farsa. Os demais inconfidentes foram condenados ao exílio ou absolvidos.

A descoberta da farsa: Há 41 anos (1969), o historiador carioca Marcos Correa estava em Lisboa quando viu fotocópias de uma lista de presença na galeria da Assembléia Nacional francesa de 1793. Correa pesquisava sobre José Bonifácio de Andrada e Silva e acabou encontrando a assinatura que era o objeto de suas pesquisas. Próximo à assinatura de José Bonifácio, também aparecia a de um certo Antônio Xavier da Silva. Correa era funcionário do Banco do Brasil, se formara em grafotécnica e, por um acaso do destino, havia estudado muito a assinatura de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Concluiu que as semelhanças eram impressionantes.

Tiradentes teria embarcado incógnito, com a ajuda dos irmãos maçons, na nau Golfinho, em agosto de 1792, com destino a Lisboa. Junto com Tiradentes seguiu sua namorada, conhecida como Perpétua Mineira e os filhos do ladrão morto Isidro Gouveia. Em uma carta que foi encontrada na Torre do Tombo, em Lisboa, existe a narração do autor, desembargador Simão Sardinha, na qual diz ter-se encontrado, na Rua do Ouro, em dezembro no ano de 1792, com alguém muito parecido com Tiradentes, a quem conhecera no Brasil, e que ao reconhecê-lo saiu correndo. Há relatos que 14 anos depois, em 1806, Tiradentes teria voltado ao Brasil quando abriu uma botica na casa da namorada Perpétua Mineira, na rua dos Latoeiros (hoje Gonçalves Dias) e que morreu em 1818. Em 1822, Tiradentes foi reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira e, em 1865, proclamado Patrono Cívico da nação brasileira.

 
Tentei a criação de um blog, todavia, nenhum se igualou a este, mesmo sem a condição de administrador, vou reativar, uma vez que o número de visitas está sempre crescendo. Mantendo os dois não me dá muito trabalho, entretanto, não tenho mais o poder de aceitar os comentários. Vou aguardar que um dia o google me devolva a condição de administrador.