A SECA E
A FALTA DE SEGURANÇA.
“Enquanto
existirem os campos, as cidades sobreviverão, quando esses acabarem, essas perecerão”
A.L.
É preciso
alertar os governantes que somente o homem do campo sabe plantar: árvores
frutíferas, gramíneas, forrageiras; lidar com animais para produção de carne e
leite e também, com as cobras, lagartos e outros bichos peçonhentos. O homem da
cidade é um excelente consumidor favorecendo a cadeia produtiva de alimentos,
tornando- se de extrema urgência a manutenção desses polos, não obstante a seca
que, inclementemente, acentua o êxodo rural.
A seca no
alto sertão alagoano não se resume somente a um problema criado pela natureza,
torna-se um rosário de amarguras para todos que
vivem o dia a dia da falta de água, não somente para o consumo humano mas,
sobretudo, para amenizar a sede dos animais.
A seca
gera prejuízos incalculáveis aos criadores de animais e, consequentemente, aos
vários setores que compõem o desenvolvimento da região, principalmente, ao
comercio, exceção daqueles que vendem rações e remédios veterinários e, como é
de praxe, para àqueles que se beneficiam da miséria dos outros, como por exemplo, os políticos inescrupulosos que
procuram tirar proveito visando assegurar votos para as próximas eleições.
A miséria na região é a causa principal do deslocamento dos sertanejos para a região sudeste e outras cidades mais desenvolvidas do país, todavia,
ultimamente, a falta de segurança está provocando o êxodo da população rural e, com muita propriedade, podemos afirmar que
os nossos governantes, ao desarmar a população ordeira do Brasil, fez com que, os foras da lei
passassem a agir com desenvoltura também
no meio rural, fazendo com que as
famílias, tomadas pelo medo, procurassem
se fixar nas cidades.
Para tentar reverter a situação o Governo Federal tenta criar em muitos
segmentos sociais, programas como “Luz
para Todos”, cisternas em todas as
casas, escolas rurais, postos de saúde, açudes em várias regiões, reforma
agrária, visando o desenvolvimento sustentável, esquecendo, no entanto, de
favorecer o homem do campo com as condições mínimas de sobrevivência e, pasmem,
direcionando, totalmente o atendimento
aos governantes municipais que, pela cultura, favorecem diretamente aos seus
eleitores e a todos que, oprimidos pela miséria da seca, se submetem aos
caprichos impostos.
Muitas casas ainda continuam
sem energia elétrica, outras sem as cisternas de placas, muitos açudes estão assoreados por falta de manutenção,
muitas fontes de minação desprezadas,
muitos poços artesianos inutilizados e no meio rural, afora a seca, existe
atualmente a falta de segurança.
Há muito que se fazer com o dinheiro público, restando tão
somente, que a população passe a cobrar do Ministério Público uma atuação
eficaz, para que, juntamente com os
Órgãos fiscalizadores governamentais obriguem os executivos a governar, não com
a tradicional cultura patrimonialista, mas sobretudo, dando condições de
sustentabilidade para o homem do campo, que é muito forte, porém se encontra
vítima da seca e da falta de segurança.
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