quarta-feira, 27 de março de 2013

A SECA E A FALTA DE SEGURANÇA - Germano


 
 
 
A SECA E A FALTA DE SEGURANÇA.

 

“Enquanto existirem os campos, as cidades sobreviverão, quando esses acabarem, essas perecerão” A.L.

É preciso alertar os governantes que somente o homem do campo sabe plantar: árvores frutíferas, gramíneas, forrageiras; lidar com animais para produção de carne e leite e também, com as cobras, lagartos e outros bichos peçonhentos. O homem da cidade é um excelente consumidor favorecendo a cadeia produtiva de alimentos, tornando- se de extrema urgência a manutenção desses polos, não obstante a seca que, inclementemente, acentua o êxodo rural.

A seca no alto sertão alagoano não se resume somente a um problema criado pela natureza, torna-se um rosário de amarguras para todos que  vivem o dia a dia da falta de água, não somente para o consumo humano mas, sobretudo, para amenizar a sede dos animais.

A seca gera prejuízos incalculáveis aos criadores de animais e, consequentemente, aos vários setores que compõem o desenvolvimento da região, principalmente, ao comercio, exceção daqueles que vendem rações e remédios veterinários e, como é de praxe, para àqueles que se beneficiam da miséria dos outros, como  por exemplo, os políticos inescrupulosos que procuram tirar proveito visando assegurar votos para as próximas eleições.


A miséria na região é a causa principal do deslocamento dos sertanejos  para a região sudeste e outras cidades  mais desenvolvidas do país, todavia, ultimamente, a falta de segurança está provocando o êxodo  da população rural  e, com muita propriedade, podemos afirmar que os nossos governantes, ao desarmar a população ordeira do  Brasil, fez com que, os foras da lei passassem a agir com desenvoltura  também no meio  rural, fazendo com que as famílias, tomadas  pelo medo, procurassem se fixar  nas cidades.

Para tentar reverter a situação o Governo Federal tenta criar em muitos segmentos  sociais, programas como “Luz para Todos”,  cisternas em todas as casas, escolas rurais, postos de saúde, açudes em várias regiões, reforma agrária, visando o desenvolvimento sustentável, esquecendo, no entanto, de favorecer o homem do campo com as condições mínimas de sobrevivência e, pasmem, direcionando, totalmente  o atendimento aos governantes municipais que, pela cultura, favorecem diretamente aos seus eleitores e a todos que, oprimidos pela miséria da seca, se submetem aos caprichos impostos.

Muitas casas ainda continuam sem energia elétrica, outras sem as cisternas de  placas, muitos açudes  estão assoreados por falta de manutenção, muitas fontes de  minação desprezadas, muitos poços artesianos inutilizados e no meio rural, afora a seca, existe atualmente a falta de segurança.

Há muito que se  fazer com o dinheiro público, restando tão somente, que a população passe a cobrar do Ministério Público uma atuação eficaz, para que, juntamente  com os Órgãos fiscalizadores governamentais obriguem os executivos a governar, não com a tradicional cultura patrimonialista, mas sobretudo, dando condições de sustentabilidade para o homem do campo, que é muito forte, porém se encontra vítima da seca e da falta de segurança.

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