segunda-feira, 16 de julho de 2018

O INVERNO EM MATA GRANDE – Germano







                                         Vista parcial da cidade, vendo-se ao fundo o Santuário.
                                          Crédito de Nilma Villar.

                                                 Sítio Almeida, na Zona Rural.
                                                    Foto do Sitio Almeida sem chuvas. 



Nasci e me criei em Mata Grande, sabendo que o inverno,  para nós, significa tempo de chuva, muito frio e intensa neblina. Seu início normalmente era no mês de maio e terminava em dias do mês de agosto. No ano de 1966 em pleno mês de maio choveu 935 milímetros e passamos 16 dias e 16 noites sem ter direito a ver a luz do sol. O plantio de milho, feijão, algodão era intenso, principalmente o feijão, onde  vários comerciantes  exportavam o produto para outros estados.

Passados alguns anos, o inverno foi retardando para o mês de junho ou julho e terminava em dias de agosto, impedindo o plantio das lavouras.

Hoje, para minha surpresa vi na televisão que o inverno para algumas regiões, principalmente sudeste e centro oeste , inverno é tempo de secas, com incêndios, cujas queimadas causam grandes prejuízos. Até uma bituca de cigarro que os motoristas incautos jogam pelas janelas dos carros causam grandes incêndios.

Ora, nos últimos anos os invernos matagrandenses tem diminuído bastante, tivemos recentemente uma seca de mais de seis anos. Não obstante as terras permanecerem verdes na zona serrana do município a zona da caatinga sofre e muito com a escassez de chuvas.

O que preocupa são as mudanças climáticas, estamos em pleno inverno, não existem as chuvas que proporcionem a aração da terra. Provavelmente teremos mais uma seca verde e quiçá, no porvir, não vamos ter o desprazer de ser também alvos de grandes incêndios em plena época invernosa.

A movimentação por carros pipas já é uma preocupação governamental. Sinal que o El Nino volta a rondar o nordeste brasileiro. Agora, como se explica tantas chuvas no litoral a partir do Estado da Paraíba. Realmente, teremos que nos adaptar a novas mudanças climáticas em nossa região.






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