quinta-feira, 26 de abril de 2018

A ÁGUA - Germano






A ÁGUA – Germano



Recentemente houve a comemoração do Dia  Mundial da  Água, criado por iniciativa da ONU, pois assim como o ar e os alimentos, é um bem de primordial importância para a sobrevivência dos seres vivos.

No nosso planeta e especialmente em nosso País, temos em abundância este precioso líquido, todavia a contaminação é constante, necessitando de ações do governo para a sua preservação, já que o ser humano, não tem a mínima consciência do mal que a ela causa. Além da contaminação desenfreada, o desperdício é latente, tanto por parte dos Órgãos governamentais como também pelos humanos.

Mata Grande, encravada no alto  sertão alagoano é um município privilegiado, pois,  segundo dados da EMATER,  existem 338 fontes  catalogadas, muitas das quais estão sendo   paulatinamente recuperadas pelo projeto  RENASCER,  haja vista,  que algumas estão parando de produzir, tanto pela ação do homem como também pelas constantes e prolongadas secas que atingem o nordeste. Somente damos valor a água quando a fonte está secando.

Entre elas existem algumas famosas como a  da Fonte de Cima, a Fonte do João Felix, a de João Lalau , a do Cumbe com vazão de dez mil litros de água por hora e a do  Urubu que pela sua grande capacidade de vazão está sendo conhecida também como  “Xingozinho” em alusão a barragem do Xingó.

O que me despertou para o dia foi o convite que recebi de professoras do Grupo Escolar Demócrito Gracindo – onde estudei o primário  - para apresentar um trabalho sobre a Fonte do João Felix. Preparei o trabalho, mas não pude apresentar por motivos  pessoais. Quem apresentou foi um aluno do grupo, porém soube que foi bem aceito pelos que se fizeram presentes.

A CONVIVÊNCIA ENTRE OS HUMANOS – Germano




Está sendo muito difícil a convivência entre os humanos. Parentes e amigos são afastados pelas colocações políticas, onde as opiniões são divergentes e o agir, normalmente agride o outrem com palavras ou insinuações maldosas.

O homem necessita da companhia dos seus semelhantes para ser feliz, não importa qual a sua preferência, seja pela política, esporte, alimento, lazer etc. e tampouco, a sua condição financeira.

Para se ter um bom relacionamento, basta pensar positivo. O seu almoço, depende do agricultor, a sua rua limpa, depende do gari, a sua casa depende do pedreiro e do seu servente e por aí vai, então, valorize esses profissionais com um simples bom dia.

Lamentavelmente a correria do dia a dia não dão tempo para se levar em conta tudo de bom que está em volta.

Diante do exposto, queira valorizar mais as pessoas que estão em volta com um simples aceno ou bom dia ou uma pequena conversa e se possível deixe que encontrem em você um amigo. Aí você se sentirá um amigo essencial e passará a dar um verdadeiro sentido a sua existência.

Por outro lado, adquira o hábito de não reclamar das coisas e sim, agradecer sempre a Deus por estar vivo, pelo ar que respira, pelas chuvas, pelo verde das campinas, pela sua família, pela saúde, enfim, por tudo de bom que Ele em sua infinita misericórdia lhe proporciona.




sexta-feira, 20 de abril de 2018

ALGUMAS DATAS HISTÓRICAS - Germano


BREVE HISTÓRICO DE MATA GRANDE – Germano



14/01/1660 – Sebastião de Sá e Antonio de Souza Macedo foram os primeiros desbravadores da nossa região, mas não estiveram aqui.

04/12/1756 – Foi a data dos primeiros habitantes de Santa Cruz do Deserto, como ponto habitado, é mais velha que a sede do município. Registre-se que a Capela foi construída em 1874 pelo Dr. Antonio Cardoso Guimarães, Juiz de Direito da Comarca.



06/06/1791 – João Gonçalves Teixeira e sua mulher Maria Luiza, doaram uma parte de terra para a edificação da igreja de Nossa Senhora da Conceição, o que realizaram. Portanto, 31 anos depois dos primeiros desbravadores. Como primeiro fundador, erigiu sua casa no local onde hoje é o Correio, logo abaixo construiu uma capela de taipa, ao lado do Grupo Escolar que servia também de cemitério, erguendo em frente uma grande cruz de madeira, daí o nome de Rua da Cruz, atual Eustáquio Malta.

Primeiro chamaram CUMBE, depois Mata de Santa Cruz, depois Mata do Pau Grande, nesta época pertencia a freguesia de Tacaratu – Pe.



28/04/1835 – Passou a ser chamada de Mata Grande e pertencia a Penedo e depois a Traipu.



18/03/1837 -  Mata Grande foi elevada à categoria de Vila e Freguesia.

06/07/1839 – Mata Grande teve a sua primeira escola.

04/05/1846 – Perdeu a categoria de Vila.

28/07/1852 – Readquiriu a denominação de Vila.

23/03/1854 – Mata Grande teve a sua primeira Comarca

30/04/1870 – Recebe o nome de Paulo Afonso, em homenagem a famosa cachoeira tendo em vista que o seu território ia até lá.

13/01/1896 – Data da inauguração da Agência Telegráfica.

05/07/1902 -  O matagrandense Dr. Euclides Vieira Malta, Governador do Estado, elevou Mata Grande a categoria de cidade, conservando o nome de Paulo Afonso.

01/11/1913 – Entra em Mata Grande o primeiro automóvel, conduzindo o cel. Delmiro Augusto da Cruz Gouveia.

21/02/1925 -A cidade é atacada, em dia de feira, pelo bandido Virgulino Ferreira da Silva, vulgo  ‘LAMPIÃO’, à frente de numeroso grupo, tendo sido defendida heroicamente, pelos seus valorosos habitantes, que os rechaçaram, inflingindo-lhes algumas perdas.



25/05/1929 – Volta a ser chamada de Mata Grande, face a criação do município de Água Branca, que passou a ter os seus domínios até a cachoeira.

03/03/1950 – Data em que Mata Grande é abalada por grande conflito político em que perdem a vida o cidadão Napoleão, o comerciante Eustáquio Malta e seus filhos Ubaldo e Sônia, sem contar, as inúmeras pessoas feridas. O tiroteio começou às 08:00 horas e durou até às 11:30 horas.

13/08/1953 – É criado o distrito policial de Santa Cruz do Deserto.





CONSIDERAÇÕES DO BLOGUISTA:

Pelo que se lê, a história registra que temos 358 anos de existência.

Desde que o povoado começou em 1791, temos 227 anos.

Desde que passou a categoria de Vila e freguesia temos 181 anos. Esta é a data que comemoramos anualmente.

Mas, verdadeiramente de cidade, temos somente 88 anos.

Resta salientar que os dados foram retirados do livro  MONOGRAFIA DO MUNICÍPIO DE MATA GRANDE do grande escritor matagrandense Djalma Mendonça.

De 1954 até os dias atuais, estamos aguardando o lançamento do livro do amigo Walter Alcântara Brandão, para não adiantar dados importantes ali inseridos.

sábado, 14 de abril de 2018

ESSA VIDA É ENGRAÇADA – Germano




A Constituição Federal tem em seu bojo o que se chama de Cláusulas Pétreas e um número incontável de artigos e princípios, mas,  eles mudam  de acordo com as conveniências  para se protegerem momentaneamente, ou quiçá, no porvir.

Eu também tenho os meus princípios fundamentais que aprendi no berço familiar com a minha saudosa mãe Luiza Vilar de Mendonça princípios que aprimorei como profissional com a Circular 63/07 que nos deixava como um trem em cima dos trilhos.

Todavia, hoje em dia, estou sendo forçado a aceitar as mudanças dos meus princípios:

Tenho que cumprimentar ladrão; agradecer ao INSS e a CAPEF que não cumpriram a contento com os pagamentos, haja vista as mudanças criadas para se protegerem, além de me concederem aumentos irrisórios e muito abaixo da verdadeira inflação e  ainda, fazer vistas grossas para quem desvia os recursos públicos no Brasil e principalmente nos lugares onde resido.

É preciso que eu mude meus princípios para o pior, e o pior é que não estou conseguindo.

Deus conserve os militares!

sexta-feira, 13 de abril de 2018

O BAR DE NOCA - Germano



O BAR DE NOCA -  Germano

Há poucos dias passeando em Mata Grande lembrei do Bar de Noca, NOÊMIO DE MELO LOU, seu verdadeiro nome, então a saudade daquele grande amigo me fez relembrar algumas coisas que a vida nos ensina. Noca, tinha uma paciência incomparável com os seus fregueses e foi o pioneiro  na implantação de uma sorveteria em Mata Grande.

Se a memória não está falhando lá pelos idos anos de 1954, o picolé era a sensação do momento, todos compravam picolés. Um cidadão da zona rural, em um dia de feira, vendo a tudo, comprou seis picolés, embrulhou e levou para os filhos. Ao chegar a fazenda, muito alegre chamou a mulher e os filhos para provarem a novidade da cidade. Quando abriu o alforje que ainda estava atrelado a sela do cavalo e somente viu os palitos, passou a maior decepção, sem, contudo, deixar de chamar muitos impropérios com o dono do bar.

Lembro também que a água gelada era vendida e eu fui um dos que comprei um copo por CR$ 2,00 (dois cruzeiros). O tempo passou e certa vez chegando a Mata Grande em uma noite de inverno, a água da caixa d’água estava  muito  gelada, resolvi ir ao Bar de Noca e tomar uma dose de uísque. Ele tinha na prateleira somente uma garrafa de Drurys, recusei, ele então me perguntou: você conhece de uísque?  Com a resposta afirmativa ele disse: tenho aqui um aberto, mas é para consumo próprio. Vou lhe dar uma dose. Aceitei e como era grátis tomei mais de três, pois o bate papo foi para lá de bom naquela fria noite. Quando fui sair, agradeci e ele então, buscou outro litro me chamou e disse: leve este litro para tomar em casa. Me presenteou com um litro de uísque VAT 69  ainda intacto. Valeu o frio que passei!

O Bar de Noca foi palco de incontáveis desavenças, tinha um freguês certo aos domingos, o Dr. Eraldo Malta Brandão, que era Deputado Estadual e também gostava de tomar uísque. Cheguei algumas vezes a tomar uns tragos com ele, boa pessoa e nos dávamos muito bem.

Do Bar de Noca ficou a saudade e do amigo Noca a saudosa memória. No local hoje, funciona o Super Mercado Mandu.

Após aposentados lutamos juntos em favor do Sindicato dos Produtores Rurais de Mata Grande e em uma certa tarde eis que recebo a visita de Noca que foi levar duas mudas de NIM para que plantasse. Toda vez que passo pelas árvores lembro do meu estimado amigo. Que Deus o tenha no Paraíso Celestial!




quarta-feira, 4 de abril de 2018

VIA SACRA NA SERRA DA ONÇA - Germano




No dia 30.03.2018 foi realizada a terceira Via Sacra para a Serra da Onça, promovida pelos integrantes do Terço dos Homens da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, sob a Coordenação de Erivaldo Gomes.
A concentração foi na Capela de São João, ainda em fase de construção, situada no Bairro do Colosso, onde foram iniciadas as primeiras orações com votos de boas-vindas a todos do Terço e também as demais pessoas presentes, muitas das quais, mulheres de várias idades.
No local também foi realizada a primeira estação, depois saímos em direção a Serra da Onça, porém a chuva trouxe a necessidade de amparar as pessoas, por sorte, havia uma casa ainda em construção e todos se abrigaram. Em alguns momentos anunciaram desistência, devido as pedras que ao ficarem molhadas, ficavam escorregadias o que poderia colocar em perigo os participantes. Quando a chuva diminuiu optaram pela subida.



Tudo transcorreu na mais perfeita harmonia, com as paradas de praxe ao longo da subida e quando chegamos ao cume houve uma verdadeira comoção.
Lá avistamos  alguns meninos procurando o manuê para se alimentar. Para quem não sabe o manuê é um tubérculo agridoce que existe em algumas serras do município. As pessoas descascam e comem. É mais uma tradição  em dias da Semana Santa .


Resta salientar que  do cume da Serra  se  tem uma visão magnífica da cidade bem como de um longínquo horizonte que atinge terras pernambucanas. 




Ao término todos se confraternizaram e empreenderam a viagem de volta com toda a segurança possível.