sábado, 24 de março de 2018

ESCOLA GENTIL MALTA - Antonio Ernane




Escola Estadual Gentil de Albuquerque Malta!

Antonio Ernane


Foi em fevereiro de 2006 que cheguei para dar continuidade aos meus estudos, pois sabia  que ali começava mas uma etapa de estudos em minha vida. 

Vinha chegando de outras escolas, com a certeza que ali iria  findar o Curso  que EU ESTAVA FAZENDO, #ENSINO FUNDAMENTAL e daria logo início ao #ENSINO #MEDIO.

Língua Portuguesa no horário Noturno, aprendi muito com a Querida Professora Dona Gildete.
Sem esquecer Matemática com a tão CALMA Dona ANA.
E Ciências que iniciou com a amiga VANUZIA dando assim continuidade com a inesquecível Dona Vera que em seguida nos deixou por seu tempo de trabalho e assumindo quem, ELA GRANDE PESSOA ZÉ VALDA.
Há GEOGRÁFIA como foi bom estudar com a DOÇEDONA SONIA.
AS ARTES que chegou e ficou com a grande Dona Nininha.
Vamos contar HISTÓRIA, a responsabilidade ficou por conta de SOCORRO.
Tínhamos pessoas que ficaram guardadas em nossas vidas para sempre.
Foi nesta simples escola que aprendi muito, e muito mesmo.

Você GENTIL que viveu momento difícil, mas aquele povo que acreditavam que um dia você iria se erguer.
Uma história que pensamos que não iriamos terminar nossos estudos, pois você apresentava comprometimento  em sua estrutura.
Era seus corredores pingando água no tempo chuvoso, a neblina entrado sala a dentro, mas nunca pensamos em desistir de você.
Uma escola simples, mas acolhedora, boa, de um povo bom de se viver.
Até que um dia recebemos a notícia de que teríamos de abandonar você, pois seria necessário uma reforma em sua estrutura.
Ficamos triste, mas alegres ao mesmo tempo, porque sabíamos que estava começando UM NOVO TEMPO E UMA NOVA HISTÓRIA.
Tudo iria mudar, e quando retornássemos iriamos encontrar um novo ambiente de APRENDER.

Uma equipe formada por o então batalhador José Timóteo que lutou, batalhou para reerguer o velho GENTIL MALTA.
DE TU SAIU GRANDES HOMENS E GRANDES MULHERES DE BEM QUE FORAM FORMADOS POR SEUS GUERREIROS.

Enfim consegui alcançar um Novo GENTIL, e aquela escola que em 2006 viveu seu pior momento.
Em maio de 2010, se não estou enganado, abriu seus portões com um novo visual.

Parabéns ESCOLA, PARABÉNS AQUELE POVO DE 2006 E ao povo de 2018 sucesso na vida de vocês  seja ela estudantil ou profissional meus parabéns.
Gentil foi em tu que eu aprendi o melhor da vida. SER UM HOMEM FORMADO E A VALORIZAR A ESCOLA COM SEUS PROFISSIONAIS.
ESCOLA ESTADUAL GENTIL DE ALBUQUERQUE MALTA.
UM NOVO TEMPO UMA NOVA HISTÓRIA.

sexta-feira, 23 de março de 2018

O AR DE MATA GRANDE - Walter Medeiros





O ar de Mata Grande – Walter Medeiros

Mata Grande no meu tempo teve coisas que ninguém esquecerá jamais. Ouvia-se no ar “Alguém me disse”, “Quero beijar-te as mãos” e todas as outras faixas do LP de Anísio Silva, seguidas daquelas outras músicas na voz de Carlos Gonzaga – “Diana” e “Oh! Carol”, Luís Gonzaga com “Forró no escuro” e as previsões de “Marcianita (branca ou negra)” de que “nos anos setenta felizes seremos os dois”.

Enquanto isto, na rua passava Zé Praxedes com aquela escada grande para completar a instalação da energia de Paulo Afonso. Foi naquele tempo que meu pai recebeu um rádio vindo de São Paulo. Nele escutávamos os jogos da Copa do Mundo e a apreensão sobre o açude de Orós, que estava para romper a qualquer momento.

As notícias chegavam como que molhadas pela chuva e debaixo daquele frio que fazia pularem os cururus no meio da rua. A mesma rua por onde vinha aquela mulher com um balaio de imbu na cabeça e a gente comprava um caldeirão   inteiro para chupar.

Mais de trinta anos depois voltei à cidade. Graça - minha mulher, Clemilda, minha irmã e dois dos meus filhos – Firmino Neto e Waltinho. Cada passo era uma emoção, em cada esquina matava uma saudade, em cada rosto via os dias da infância. Inclusive no rosto de Dona Josefina, com quem nos encontramos, embora rapidamente; Dona Luizinha, Valderez e Germano.

Aquela volta a Mata Grande foi como uma espécie de desincumbência. Parecia que existia no ar uma obrigação assumida em percorrer novamente aquelas ruas, andar novamente naquela feira, tocar mais uma vez nos carros-de-boi, olhar a fonte, o Almeida, a igreja.

 

O tempo passou novamente. Faz tantos anos que não vejo Mata Grande. E parece que aquela vontade de voltar aumenta. Em cada mensagem que agora recebemos pela internet, em cada fato que a natureza coloca em nosso caminho. Parece que tudo leva a fazer real aquela frase de pára-choque que nosso vizinho João Leobino tinha no seu caminhão: “A saudade me fez voltar”.

(Walter Medeiros – PS – Voltei a Mata Grande em 2012, quando recebi o honroso título de Cidadão Honorário de Mata Grande, na Câmara Municipal).

quinta-feira, 22 de março de 2018

MATA GRANDE - Antonio Ernande











Mata Grande:

Há 18 dias e tu estás de idade nova, há 181 anos nascia por estas serras cobertas de matas verdejantes e águas cristalinas escorrendo mata a dentro.

Descobriu-se este lugar, um lugar onde tinha esperança de ser apenas fazendas, por se tratar de terras boas e de excelente produtividade. Mas aqueles que estavam chegando não imaginavam que um dia tu iria tornar-se uma bela e bonita Cidade formada dentro de seus brejos e encostada em suas serras, fazendo assim com que cada casa se formasse conforme o terreno se despusesse.

O tempo passou e tu ó Mata Grande foi se tornando garota entre as serras, e nascia a certeza que grandes histórias iria ser contada por tuas ruas e praças no futuro.

Mata Grande passa a ser adulta e acreditava-se que tu estava apenas começando, criando um povo guerreiro, batalhador, esforçado, esperançado que nasceu em uma estação frutífera de outono.

Há Mata Grande não importa as dificuldades, importa que tu és bela e encantadora para todos nós, ainda que difamem tu oh! nossa terra, resista são apenas 181
#anos.

Tu não fostes criada atoa, tu fostes criada para nós habitarmos em suas regiões, diferenciadas, mas que são matagrandenses.

Eu Te Amo minha Cidade meu município minha terra, ainda que eu ande por lugares desconhecidos, QUERO VIVER SEMPRE COM TU MINHA MATA GRANDE EM MEU CORAÇÃO.
#181
#SERRAS #BREJOS #CAATINGA #SERRADOS

MATA  GRANDE.

18 de Março de 2018
#181Anos


segunda-feira, 19 de março de 2018

NA MINHA TERRA - Christiane Sara Nunes









Autoria (Christiane Sara Nunes).

Na minha terra...

Tem serras e caatingas
Xique-xique e mandacarus
Tem lindas flores do campo e um lindo céu cor de anil.

Na minha terra tem gente bonita e faceira
Gente que nem a gente
Que ama, reza e conversa que faz promessa na cruz, e que vai a Matriz em suas missas.
Gente que teme ao Senhor e que faz penitência.
Gente que nas procissões da cidade, pede com muita vontade, pela interseção de Maria, a linda Mãe de Jesus.



Na minha terra tem Serra da Onça sem ter onças.
Tem Belo Horizonte sem Minas Gerais.
Tem Boa Vista sem ser em Roraima.
Tem Rio Grande, mas não do Sul ou do Norte.
Tem Santa Cruz do Deserto sem deserto.
Tem Espanha sem tourada.
E tem Buenos Aires sem dançar tango.



Matagrandenses entenderão...

Nasci das tuas entranhas e disso sempre me orgulharei.
Não tem esse lugar que eu chegue, que não encha logo a boca e diga,como Matagrandense da gema, que sou filha de suas terras,  de corpo alma ou coração.



Querida Mata Grande, bendita sejas tu, que brilha entre as cidades
e que cada vez mais, ilumine o seu povo, e convença-os que só o amor e a caridade levam ao caminho de Jesus.



Parabéns gleba querida, pelos 181 anos de existência  e persistência.
Que a paz seja sempre o seu lema.
Espero que quando velhinha, possa cruzar tuas ruas e dizer de boa vontade:
“De ti nasci e para ti retornei”.



Para terminar, afirmo que Mata Grande tem uma linda poetisa, que há pouco virou estrela e dentre tantas obras, cito esta, assim:



AUTORIDADE

"Poder, não opressão.
Justiça,  não imoralidade.
Honradez, não desonestidade.
Bravura, não covardia.
Respeito, não desacato.
Sensatez, não hostilidade.
Magnanimidade, não despotismo.
Autoridade preeminente - DEUS."

Maria Lourdinha Alencar Nunes.

Mata Grande, 14 de agosto de 1988.





quarta-feira, 14 de março de 2018

A IGREJA MATRIZ DE MATA GRANDE - Germano






No dia 11/03/2018 assistindo a missa na igreja Matriz de Mata Grande, o Padre Gilberto convidou a comunidade para assistir a missa do próximo domingo em comemoração aos cento e oitenta e um anos de criação da Paróquia, então, busquei alguns dados para publicar sobre a criação da matriz.





No dia 20 de junho de 1790, uma parte de terra da propriedade Cumbe, pertencente a Francisco Gonçalves Teixeira e sua mulher Luiza Maria, foi doada para a construção de uma igreja. Eles residiam próximo ao local onde hoje é o prédio do Correio, lá existia uma pequena capela construída de taipa e devido aos invernos rigorosos não resistiu. Lá existia também, uma grande cruz feita com madeira de uma árvore chamada Massaranduba o que gerou o nome de Rua da Cruz, atual Eustáquio Malta. O local servia também de cemitério.



O casal doou um quarto de légua de terra para que fosse construída a nova Capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição, já que eles eram muito devotos da Santa. Ficou ainda determinado que tudo que fosse construído e produzido dentro das terras pertenceriam ao patrimônio e se pagariam impostos. Atualmente chamamos de Laudêmio e deve ser cobrado anualmente para a manutenção da paróquia, a exemplo do IPTU, cobrado pela Prefeitura.




No início foi construída uma Capela de taipa e ao longo de quarenta e sete  anos foram feitas várias reformas. Em 18/03/1837 a capela foi elevada à categoria de Paróquia.









A reforma mais radical foi na administração do Monsenhor Aloysio Viana Martins, o projeto arquitetônico foi feito pelo seu irmão, o engenheiro Dr. José Arnaldo Lisboa Martins. A ampliação da torre da igreja e as reformas internas, principalmente do moderno altar-mor teve as despesas  assumidas pelo senhor Oldrado Soares, coletor federal da cidade, junto à comunidade local.



Recentemente os Padres Washington  e Gilberto fizeram melhoramentos e hoje temos esta majestosa igreja que tanto orgulha os matagrandenses.




segunda-feira, 12 de março de 2018

A VIAGEM É TÃO CURTA - Autor Desconhecido


A VIAGEM É TÃO CURTA



Uma jovem estava sentada num transporte público. Uma senhora mal-humorada e velha veio e sentou-se ao lado dela, batendo-lhe com os seus sacos numerosos. A pessoa sentada do outro lado ficou chateada e perguntou a moça porque ela não falou ou disse algo.

A moça respondeu com um sorriso: -

Não é necessário ser grosseiro ou discutir sobre algo tão insignificante, a jornada junta é tão curta, desço na próxima parada.

A resposta, merece ser inscrita em letras douradas no nosso comportamento diário e em toda a parte:

NÃO É NECESSÁRIO DISCUTIR SOBRE ALGO TÃO INSIGNIFICANTE, NOSSA JORNADA JUNTOS É TÃO CURTA.

Se cada um de nós pudesse perceber que a nossa passagem para cá tem uma duração tão curta; por quê escurece-la com brigas, argumentos fúteis, não perdoando aos outros, as suas ingratidões e atitudes ruins?!

Alguém quebrou seu coração? Fique calmo, a viagem é tão curta . . . Alguém traiu, intimidou, enganou ou humilhou você? fique calmo, perdoe, a viagem é tão curta . . .

Qualquer sofrimento que alguém provoque, vamos lembrar que a nossa jornada junta é tão curta.

Portanto, sejamos cheios de gratidão e doçura. A doçura é uma virtude nunca comparada ao caráter mal ou covardia, mas melhor comparada a grandeza.  Nossa jornada junta aqui é muito curta e não pode ser revertida...  Ninguém sabe a duração de sua jornada. Ninguém sabe se terá que descer na próxima parada.

Vamos, portanto, acalentar e manter os amigos e familiares, vamos, portanto, ser calmos e respeitosos, gentis, gratos e perdoar uns aos outros. Se eu te magoei e maltratei, peço perdão. Mas lembre-se: a viagem aqui é tão curta.




sábado, 3 de março de 2018

LUIZ NETO FILHO- Márcia Machado





Luiz Neto Filho nasceu em Mata Grande, AL, dia 16 de junho de 1932, filho de Alcides Francisco dos Santos e Maria Rosa Machado, teve apenas um irmão biológico Juca Machado dos Santos, que faleceu na mais tenra idade. E dois irmãos adotados por seus pais, Rosa Xavier e Manoel da Silva.

 Passou boa parte da vida na sua cidade natal, saindo apenas durante algum tempo para trabalhar em São Paulo e no Maranhão. Posteriormente passou a residir em Delmiro Gouveia até o dia em que veio a falecer em 21 de outubro de 2015.

Foi casado com Marinete Alves Machado e desta união nasceram 6 filhos, Márcia Maria Machado Nunes, Mário Sérgio Machado dos Santos, Margarete Lúcia Machado Lisboa e Luiz Maurício Machado dos Santos; dos quais 2, Marisa Machado dos Santos e Manoel Machado dos Santos faleceram prematuramente.

Recebeu o mesmo nome do avô materno Luiz, que lhe tinha grande apreço e começou a chama-lo Mocinho, apelido pelo qual ficou conhecido durante toda sua vida.

 Foi proprietário de alguns terrenos no município de Mata Grande como o Jacu, a Boa Sombra e a Boa Vista. Mas o que gostava mesmo de fazer era dirigir sua camionete transportando gente o que fez durante mais de 30 anos.

Foi desbravador do percurso Mata Grande – Delmiro Gouveia via Santa Cruz do Deserto e Água Branca. Fizesse um sol de rachar ou um inverno rigoroso com lama e chuva por todos os lados, ele nunca falhava, saía com sua camionete em busca dos passageiros que lhe esperavam confiantes, pois sabiam que, mesmo que não desse para nenhum outro carro passar, Mocinho chegaria e lhes transportaria ao destino desejado. E foi assim por mais de três décadas. Enquanto os outros motoristas faziam o percurso pelo Inhapí para se livrarem da lama e dos buracos na estrada sem asfalto, ele continuava no mesmo percurso, engolindo a poeira da estrada nos verões ardentes, ou atolando a camionete nos lamaçais de inverno. Sempre fiel ao horário e aos passageiros que o esperavam, por acreditar que não devia deixá-los entregues à própria sorte.

Todas as pessoas da região que lhe conheceram ou ouviram alguém contar histórias a seu respeito sabem que Mocinho ousava desafiar os limites impostos pela natureza, para ajudar as pessoas a chegarem ao seu destino, e mais do que isso, sabem que Mocinho foi um homem honesto, um homem de bem que sempre honrou seus compromissos e soube fazer amizades por onde passou.