sábado, 28 de outubro de 2017

PENTECOSTES - Germano


PENTECOSTES – Germano





Este ano a celebração de Pentecostes caiu no dia 04 de Junho e por incrível que possa parecer participamos das celebrações quando visitamos a  Terra Santa. Foi a nossa primeira viagem internacional. Saímos de Maceió  em automóvel  para Recife e lá embarcamos no avião com destino a Lisboa, Istambul, Telavive; de ônibus para Nazaré/Jerusalém/Assis/ Roma e depois retornamos pelas mesmas vias.




Pentecostes é uma das celebrações mais importantes  do cristianismo que comemora o seu nascimento, desde a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos, que passaram a  ter  coragem de anunciar a beleza do Evangelho, que  proporcionando a mudança de toda a história da humanidade depois da vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Depois de Pentecostes e principalmente  no século passado houve o surgimento das primeiras Igrejas Pentecostais e também o nascimento da Renovação Carismática.


Em Nazaré visitamos os locais onde Cristo viveu grande parte da sua vida e em Jerusalém assistimos a celebração de Pentecostes.  Verdadeiras multidões, de vários lugares e várias  religiões se reuniram em diversos dias e lugares para a grande festa.





Em Roma participamos do Jubileu da Oração Carismática onde uma multidão de aproximadamente  cem mil pessoas de várias partes do mundo assistiram e participaram, inclusive com a presença do Papa Francisco.

Maceió - Al., 28 de outubro de 2017.




A PREGUIÇA - Germano




A preguiça pode ser interpretada como aversão ao trabalho  bem como negligência, morosidade e lentidão, mas por incrível que possa parecer é também uma fonte de criatividade pois se o homem não tivesse preguiça nunca teria inventado a roda. Existem várias sátiras com pessoas que são naturalmente preguiçosas.

Lembro de um cidadão matagrandense que se chamava Chico, era essensialmente um preguiçoso e certa vez ouvi ele contando a seguinte história:

“ Um homem vivia  deitado na rede da sala de estar e nunca saia com os amigos. Uma vez um dos amigos sonhou com uma botija com moedas de ouro e por não ter coragem chamou  outro amigo para ajudar. Ao desenterrar o pote de barro, dentro  tinha  muitos maribondos. Eles vedaram o pote e resolveram jogar embaixo da rede do preguiçoso por uma janela existente, pensando em faze-lo levantar da rede e sair correndo.  E  assim fizeram e correram. Quando pote  quebrou , dele sairam várias moedas de ouro. O preguiçoso então chamou a mulher e disse: Venha querida apanhar estas moedas espalhadas na sala.”

Outro dia li a história da tartaruga que com a sua morosidade vive de oitenta a cem anos, já o coelho que é arisco, não passa dos quinze anos. Não resta dúvidas de que, pessoas que não correm tem mais tendências para engordar, já aquelas que correm diariamente , possuem uma resistência, todavia, por acelerarem demais as batidas cardíacas são mais  suscetíveis aos rápidos desaparecimentos .

Como um observador da vida, acho que o meio termo é o melhor caminho, não aceitar a preguiça que naturalmente provoca a obesidade e tampouco o excesso que provoca repentinas doenças.

 Maceió (AL), 28/10/2017.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

O FREVO - Germano






Desde os tempos de adolescente que a cultura matagrandense se assemelha em muito a dos pernambucanos e o frevo sempre fez parte dos nossos carnavais. Quem não lembra da música Vassourinha que esquenta qualquer salão?

Os antigos carnavais matagrandenses marcaram época, tanto os de rua, como também os de clube. Houve períodos em que a política nos dividia. Eram dois blocos de rua e duas festas de salões. Havia uma preocupação enorme para não passar um bloco pelo outro na mesma rua.
Sobre o frevo,  leia o que escreveu Lula Gonzaga:
O frevo é uma das danças mais vivas do folclore brasileiro. Seu berço é o Estado de Pernambuco. Originário das marchas e polcas. Tanto é tocado e dançado nas ruas como nos salões.

Há inúmeros clubes, troças e blocos que disputam a hegemonia desta dança popular, onde se observam ricos efeitos de uma coreografia espontânea e criativa. Vem da expressão errônea do verbo “ferver”.  “Eu frevo todo quando ouço esta música”.

Dentre os grupos folclóricos que desfilam no carnaval pernambucano, encontrasse “Vassourinhas”, “ Galo da Madrugada”, “Cachorro do Homem Miúdo”, “ Pão Duro”, “ Banhistas do Pina” e “Batatas de São José”. No dia 14 de setembro comemora-se o Dia do Frevo.

Maceió -Al., 25 de outubro de 2017,

domingo, 22 de outubro de 2017

MATA GRANDE SEM BANCOS - Germano




Estamos vivenciando hoje mais um momento que por certo marcará a história no futuro.

Sabemos que Mata Grande sempre vivenciou tiroteios cerrados   no entanto eram motivados por brigas familiares e, quando provocadas por pessoas estranhas, os matagrandenses se uniam  em defesa do seu território , leiam o episódio de quando Lampião resolveu invadir Mata Grande.


Desde o tempo do império a história dá conta desta União. Assim, para a melhoria da cidade foi construído o prédio da Cadeia Pública que o Estado de Alagoas  usou por décadas consecutivas e no tempo da manutenção o entregou ao mais completo abandono. Vejam leitores amigos, foi  ai que começamos a ficar inseguros e desunidos. 


Os bancos do Brasil e Nordeste estão firmes em suas decisões de fechar definitivamente as suas agências na cidade  alegando a falta de segurança.  Pelas últimas notícias, ainda carentes de verificação, o BB já transferiu a numeração daqui para  a Unidade de Delmiro Gouveia, portanto, já está há mais de um ano sem funcionar e o BNB já transferiu o  Gerente Geral e alguns empréstimos de relevância.  Isto por certo, causará sérios prejuízos e então, haverá argumentos suficientes, para fechar definitivamente a agência sob a alegação de ser deficitária. 


Não restam dúvidas que a falta de segurança é verdade, a cidade dispõe de três policiais militares que ficam incapacitados de atender a contento a fiscalização de mais de cinquenta quilômetros que é a extensão do território do município. Com um  grande distrito como Santa Cruz do Deserto e vários povoados  espalhados em vários pontos,  os militares não podem dar atendimento adequado, afinal, somos mais de vinte e cinco mil habitantes, a segunda maior do alto sertão alagoano. Imagine  ir do Caldeirão ou Terra Nova a  Pau Ferro na Serra do Exu ou mesmo  até ao Poço Branco.


Apela-se portanto, aos Senhores Deputados e ao Prefeito que tem acesso direto ao  Governador Renan Filho para que em caráter emergencial supra com material humano a segurança pública do município para que   se possa também exigir dos Bancos a reabertura das Agência, já que a alegação de insegurança estaria devidamente sanada.






RELEMBRANDO DELMIRO GOUVEIA - Germano



DELMIRO GOUVEIA – Germano

No dia dez deste mês fez um século da morte do grande empresário e desbravador do sertão alagoano, o legendário Delmiro Augusto da Cruz Gouveia,  nascido em Sobral, Estado do Ceará.  Delmiro mudou-se para Recife e negociava com peles de animais e posteriormente, convidado pelo conterrâneo Euclides Malta, então Governador do Estado de Alagoas, mudou-se para o sertão, onde fundou a fábrica de tecidos , cujo local chamado primeiro de Pedra, posteriormente,  passou a  cidade e hoje leva o seu nome.

Conheci Pedra e a fábrica nos idos dos anos cinquenta. Lembro que já tinha água encanada na casa do Tio Miduca (José Barbosa de Mendonça). O interessante é que colocava-se uma mangueira em uma torneira e com a boca puxávamos um pouco de água que aos poucos começava a correr para uma grande bacia de alumínio, daí, abastecíamos  as várias vasilhas e um tanque. Era água inatura do Rio São Francisco, coisa inédita naquela época.

Lembro que o apito da fábrica, que iniciou suas atividades  em janeiro de 1913, marcava o horário em que um contingente de funcionários  adentravam e saiam para a mudança de turma bem como, das moradas da vila, construídas para abrigar alguns funcionários. 

A minha mãe dizia que um dia um automóvel chegou a Mata Grande e foi uma grande festa. Era o carro do industrial que passeava pelas ruas da cidade causando grande admiração. Era o primeiro a aparecer pela cidade. Delmiro construiu uma estrada que passava por Mata Grande e seguia para Santana do Ipanema até Palmeira dos Índios. Foi também o homem que  primeiro plantou palma forrageira nos sertões alagoanos. Era portando um empreendedor de grande monta em vários segmentos administrativos.

Todavia, devido a  toda esta capacidade, passou a ser alvo da concorrência desleal e quando lia jornais foi assassinado por três sicários que foram devidamente presos e condenados, assim conta a história até então conhecida.

Para a minha surpresa,  soube agora que os homens  condenados  eram inocentes e que foram injustamente acusados pela  Polícia Militar Alagoana que pela repercussão do crime, que tomou as manchetes internacionais tinha que conseguir culpados e os achou, a custa de muita  tortura. Um dos verdadeiros culpados, José Gomes de Sá, na hora da morte, perante autoridades,  confessou a responsabilidade do crime. Agiu juntamente com José Rodrigues um grande fazendeiro do município de Piranhas, do Estado de Alagoas.








sábado, 21 de outubro de 2017

O BAIRRO DO MANDACARU - Germano





Nos idos meses do ano 1924 foram encerradas as atividades do cemitério velho e no bairro do Mandacaru foi inaugurado o novo cemitério de Mata Grande, bastante fora da cidade naquela época. A origem do nome nunca soube, todavia, havia muitos pés de mandacaru na região.

A Rua Nova (Atual 5 de Julho) terminava na subida da rua que ia para a Fonte de Cima, tinha, no entanto, algumas casas próxima do local chamado “Baixinha” onde hoje fica a casa de João de Aurora.
A fonte da Baixinha ainda continua fornecendo água para os habitantes da região. Mais adiante, tinha o armazém de Zé Paulo, grande comerciante de cereais radicado em Santa Cruz do Deserto, local onde aos domingos sempre havia um sanfoneiro tocando forrós para alegria de todos que dançavam.
Existia também, uma grande mercearia pertencente ao primo MANOEL ALVES BEZERRA (Conhecido como Manoel Tributino), hoje nome de uma rua e logo abaixo morava Manoel Pistola, este dono da “onda” que animava as festas natalinas da cidade e depois, Luiz de Helena,  Antonio Quebra Queixo, além de  outras pessoas que no momento não recordo.

Ao término das casas tinha uma grande ladeira que dava em um riacho chamado   “LAVA PÉ”, cuja origem do nome deveu-se ao povo que vinha para a feira, principalmente as mulheres que, normalmente, vinham com os calçados na mão, lavavam os pés e adentravam na cidade. O local também era “mal-assombrado” devido a uma cruz de beira de estrada que foi fincada pelo falecimento de alguém.
Hoje,  existe uma ponte que dá acesso a cidade. É também o entroncamento das rodovias asfaltadas que seguem para Inhapi e Água Branca, via Santa Cruz do Deserto. No local , o Pe. Sizo construiu uma grande  estátua de Santa Terezinha do Menino Jesus, abençoando os que visitam a cidade.

Nos idos de 1959 a cidade por esforço pessoal do grande prefeito Gentil Albuquerque Malta, foi contemplada com energia da CHESF e o Bairro foi escolhido para a implantação da estação abaixadora, o que gerou empregos federais diretos e construção de várias residências, ensejando o seu desenvolvimento. Lembro que na parte de cima havia também algumas residências, inclusive a do Cego Vicente, um dos maiores pedintes da época. Logo depois  a casa de Quinca Pistola e um engenho pertencente aos familiares de David Gomes de Sá. Na época,  a região era considerada como zona rural, hoje zona urbana, tendo em vista que, chácaras, posto de combustível, restaurante e várias residências já ultrapassam as fronteiras da antiga propriedade.

Há alguns anos o Prefeito Hélio Brandão inaugurou um santuário dedicado a Virgem dos Pobres, local muito frequentado e de onde sai a procissão em direção a Fazenda Boa Sombra, promovida pelo meu estimado Compadre e amigo Francisco Barbosa da Silva (Chiquinho Barbosa) tio da minha esposa, que anualmente, no dia 12 de outubro manda celebrar uma missa para pagar uma promessa por uma graça alcançada.

O bairro hoje conta com casas de dois e três pisos, restaurante, mercadinhos e não existem mais terrenos baldios, o bairro hoje está bastante desenvolvido.
























SABEDORIA INDIGENA



É SEMPRE BOM RELEMBRAR O CÓDIGO DA SABEDORIA INDÍGENA:

 1. Levante com o Sol para orar. Ore sozinho. Ore com frequência. O Grande Espírito o escutará, se você ao menos, falar.

 2. Seja tolerante com aqueles que estão perdidos no caminho. A ignorância, o convencimento, a raiva, o ciúme e a avareza, originam-se de uma alma perdida. Ore para que eles encontrem o caminho do Grande Espírito.

 3. Procure conhecer-se, por si mesmo. Não permita que outros façam seu caminho por você. É sua estrada, e somente sua. Outros podem andar ao seu lado, mas ninguém pode andar por você.

 4. Trate os convidados em seu lar com muita consideração. Sirva-os o melhor alimento, a melhor cama e trate-os com respeito e honra.

 5. Não tome o que não é seu. Seja de uma pessoa, da comunidade, da natureza, ou da cultura. Se não lhe foi dado, não é seu.

 6. Respeite todas as coisas que foram colocadas sobre a Terra. Sejam elas pessoas, plantas ou animais.

 7. Respeite os pensamentos, desejos e palavras das pessoas. Nunca interrompa os outros nem ridicularize, nem rudemente os imite. Permita a cada pessoa o direito da expressão pessoal.

 8. Nunca fale dos outros de uma maneira má. A energia negativa que você colocar para fora no universo, voltará multiplicada a você.

 9. Todas as pessoas cometem erros. E todos os erros podem ser perdoados.

 10. Pensamentos maus causam doenças da mente, do corpo e do espírito. Pratique o otimismo.

 11. A natureza não é para nós, ela é uma parte de nós. Toda a natureza faz parte da nossa família Terrenal.

 12. As crianças são as sementes do nosso futuro. Plante amor nos seus corações e ague com sabedoria e lições da vida. Quando forem crescidos, dê-lhes espaço para que cresçam.

 13. Evite machucar os corações das pessoas. O veneno da dor causada a outros, retornará a você.

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

VIVENCIANDO MAIS UMA CRISE - Germano




Particularmente, vivencio constantemente algumas crises, delas reputo de amargar, como a da era Collorida, quando perdi valores depositados em poupança e, ultimamente, a da era do príncipe das privatizações, quando tive cinquenta por cento da aposentadoria surrupiada.

O Brasil vive também as suas crises, sabe-se que Portugal, para reconhecer a nossa independência, repassou a dívida que tinha junto a Inglaterra e assim, o Brasil já nasceu devendo e devendo muito.

A famigerada inflação que corrói a nossa economia, era motivada pela dívida assumida junto ao FMI, o Ministro da Fazenda já gostava dessas três letrinhas, em seguida, passaram a atribuir a crise ao aumento do preço do barril do petróleo, alegações que ficaram esquecidas, por terem sido sanadas durante o governo Lula.

Mas a crise continua, brasileiros abastados que não são tão patriotas, aplicam seus recursos no estrangeiro, exemplo seguido por alguns dos nossos representantes políticos que, acobertados pelas Leis que eles criam, cometem muitas corrupções que sugam bilhões dos recursos que poderiam ser destinados a melhoria do bem-estar dos brasileiros.

Ah! Por falar em corrupção, ela agora é a principal causa da crise que se abate sobre o território nacional. A desvalorização dos profissionais da educação ao longo do tempo faz com que os brasileiros assimilem com naturalidade que a esperteza é melhor que a ética e a seriedade.

E a crise continua afetando fortemente a economia brasileira. Causava estranheza as notícias dadas de que algumas nações estavam em crise e o Brasil estava muito bem.  Ora, tudo ilusão. Estamos vivenciando uma grande crise, desta feita provocada pela crise de ética.  Muitos gestores não assimilaram o que é ética, solidariedade e seriedade no trato da coisa pública, administrando com patrimonialismo, disputando os cargos com ganância e praticando todos os tipos de arbitrariedades, inclusive, no seio familiar, onde membros até se agridem publicamente.

Entretanto, fica a pergunta. Como acabar com a crise?

No meu modo de pensar, acho que um trabalho sério em todos os setores econômicos e políticos, visando a recuperação dos princípios fundamentais religiosos e familiares para a geração de líderes natos, que não aceitem a esperteza, a ausência de ética e seriedade, podem no futuro resolver parte da crise.




segunda-feira, 9 de outubro de 2017

LAMPIÃO EM MATA GRANDE - Germano




Na realidade, quando o pai de Virgulino saiu de Floresta em Pernambuco com a família face as intrigas com  os Saturninos,  foram residir no Sítio Engenho, município de Mata Grande, onde foi assassinado. Virgulino chegou a trabalhar para o empresário Delmiro Gouveia comprando peles. Após a morte do pai, foi que se tornou cangaceiro.  Como cangaceiro  certa tarde resolveu atacar Mata Grande mas, não obteve êxito. Veja matéria já divulgada neste blog no dia 17.07.2017 com o título  RELEMBRANDO LAMPIÃO.



Quinta feira, dia 05.10.2017 após a Audiência Pública realizada em Mata Grande, encontrei o amigo Elias Lima e pedi que me levasse a residência do Senhor Renato de Né Vermelho para que pudesse encomendar duas cancelas. Renato reside nas caatingas próximo a Serra do Parafuso e de lá fiz um convite a Elias. Vamos ao local onde houve  o cerrado tiroteio de Lampião com as volantes?

Elias tinha me contado a história quando subimos a Serra do Parafuso há alguns meses, mais ou menos assim:

“Que os mais velhos diziam que Lampião estava na casa de um coiteiro e a polícia da Paraíba  soube e atacou de surpresa. A polícia de Pernambuco que estava  na região ouvindo os tiros aproximou- se e começou a atirar. Lampião, estrategista, ateou fogo a caatinga e bateu em retirada porque tinha sido atingido por um tiro. Com a fumaça os soldados  das volantes continuaram atirando uns contra os outros e o final foi que morreram mais de dez pessoas e foram sepultadas lá no sítio Serrote Preto”.

Estivemos no local, conforme as fotos abaixo e como nunca tinha ouvido falar neste  embate entre o bando de Lampião e as forças militares, resolvi pesquisar e a história existe , é mais ou menos assim:  “às  13 horas do dia 21.02.1925 lá no Serrote Preto, as tropas paraibanas em junção com a volante de Pernambuco cercaram o grupo de Lampião  que estava jogando baralho.  Os cangaceiros pressentiram a tropa e de dentro de casa atiraram com segurança, derrotando a tropa da Paraíba. Cessado o fogo estavam mortos oito  soldados e vários feridos e Lampião perdeu três cabras e saiu com dez feridos. A cidade de Mata Grande assistiu consternada a chegada de muitos feridos  em redes. A força pernambucana perdeu dois soldados e saiu com diversos feridos e abandonou parte do armamento na luta. O próprio Lampião  saiu ferido”.












domingo, 8 de outubro de 2017

A AUDIÊNCIA PÚBLICA - Germano







Devido o êxito da manifestação pública ocorrida em Mata Grande, o Presidente da Câmara Municipal e a comissão, juntos resolveram promover uma audiência pública no Mercado Público Municipal no dia 07.10.17, com o objetivo de agilizar a construção de uma CISP em Mata Grande, reforço imediato  de mais militares na cidade a fim de que as Agências do Banco do Brasil e Nordeste não encerrem definitivamente suas atividades em nossa região.




Foram tomadas todas as providências organizacionais com a ajuda dos comerciantes, Câmara e Prefeitura. Os convites foram encaminhados as autoridades dos poderes municipais, estaduais e federais.


Logo pela manhã começaram  a chegar convidados  e o recinto do Mercado Público foi totalmente tomado pela população;  na mesa principal houve a necessidade de se colocar mais algumas  cadeiras face o número de representantes de classe que compareceram, inclusive os Deputados Estaduais Carimbão Júnior e Antonio Albuquerque.


Aberta a Audiência pelo Presidente da  Câmara Rodolfo Izidoro, que teceu alguns comentários os oradores  que se inscreveram passaram a solicitar as medidas necessárias por parte do Governo Estadual na construção de uma CISP e também,  as Superintendências dos Bancos do Brasil e Nordeste para que não fechem as suas agências em nossa cidade.


Falaram representantes da Câmara, dos Sindicatos dos Bancários, dos Funcionários Públicos Municipais e Trabalhadores Rurais, da CUT, dos Correios,  o Prefeito Erivaldo Mandu, representante dos militares , o Senhor  Bruno, representando os comerciantes locais e  os Deputados Carimbão Junior e Antonio Albuquerque.


Encerrada a  Audiência, fica o povo matagrandense esperançoso  que as reivindicações sejam atendidas pelo Governo  Estadual e pelas superintendências dos dois Bancos.




sábado, 7 de outubro de 2017

O FOMENTO AGRÍCOLA - Germano









Ali funcionava uma usina de beneficiamento de algodão, cuja produção agrícola era cultivada em grande escala no município. Era despejado do jeito que vinha da roça, diretamente em um fosso, de onde era sugado por esteiras rolantes e, após processado, saia o caroço de um lado e a lã devidamente acondicionada do outro. 

Lembro que existiam três funcionários, os senhores, Manoel Leitão de Albuquerque, José Bezerra de Lima e Mário Leitão de Albuquerque. O primeiro, também chamado de Manoelito, ainda tentou recuperar e recolocar em funcionamento, porém, não  tinha o apoio necessário para  alavancar o processamento do algodão e o acondicionamento da lã. O segundo, tornou-se político onde exerceu por várias vezes o cargo de vereador e também de vice-prefeito municipal. Deixou fincada em Mata Grande uma excelente família, dos quais tenho a honra de participar de suas amizades. Há alguns anos o Dr. Antonio também andou incrementando melhorias, todavia, também não conseguiu.

Com o fechamento e retirada do maquinário, muitos empregos estaduais deixaram de existir, afora o incentivo ao cultivo do algodão que era grande e atualmente está bastante reduzido.

Hoje o enorme prédio está abandonado, com partes utilizadas pelo poder público municipal e por pessoas físicas. Não sei dizer quem é o proprietário, quiçá, não seja como o da Cadeia Pública que, erguida no tempo do império, não tinha registro de proprietários. Acredito que, tanto pode ser de um Órgão de nível Federal como estadual. Quem souber, queira divulgar no facebook para o conhecimento geral dos matagrandenses.




segunda-feira, 2 de outubro de 2017

MATA GRANDE RURALISTA - Germano







A nossa cidade é essencialmente dependente da economia rural e nada mais justo que se criar um tópico específico para àqueles que fazem parte direta ou indiretamente das coisas do sítio. Aqui vamos tentar divulgar atos e fatos da zona rural do município, suas dificuldades e necessidades,  expressando as nossas alegrias, decepções, esperanças e reivindicações, quem sabe, assim, poderemos chegar aos poderes constituídos, já que os nossos representantes não se dignam, nem ao menos, procurar saber se estamos bem, na verdadeira acepção da palavra.

Senão vejamos:



                                                   Crédito de Zezinho de Laura.

 - ENGENHOS DE RAPADURA: Em  1970 - Existiam 38 (trinta e oito) engenhos funcionando normalmente.
Em 1992 -  quando  voltei para Mata Grande a trabalho, foi efetuado um novo levantamento e existiam 18(dezoito) engenhos, alguns funcionando normalmente e um deles fabricava também um boa  cachaça.
No ano 2007 – Existiam apenas 08 (oito) engenhos funcionando precariamente.
Em 2017 – somente   três engenhos funcionam e um precariamente. 

TENDÊNCIA - Mata Grande passa a ser a cidade do "já teve engenho" como tantas outras indústrias que "já teve".

OBSERVAÇÕES - A rapadura e o mel dos nossos engenhos têm sabor inigualável, se comparados com as produzidas no Ceará e Pernambuco. No Sítio Almeida, onde resido, existiam 08 engenhos, alcancei 04 (quatro) funcionando e hoje existe apenas um que funciona às quintas-feiras e precariamente, utilizando até açúcar, para produzir seus produtos.

SUGESTÃO - Que o Prefeito ou algum dos onze vereadores, convoquem uma reunião com os atuais senhores de engenhos e representantes das casas bancárias oficiais, com a finalidade  de saber quais são as suas reais necessidades e supri-las; visualizando que, um engenho funcionando, proporciona empregos diretos a mais ou menos 10 (dez) chefes de família, afora os indiretos e trabalhadores braçais que são utilizados para o plantio e tratos culturais da cana de açúcar. Isto tem um retorno econômico de grande valia para o município.






CURRAIS DE GADO QUE PRODUZEM LEITE: Nestes são empregados diretamente pelo menos duas pessoas e movimentam a pecuária da região,   no entanto, os produtores rurais vivem à revelia com pouca assistência técnica dos poderes constituídos.

O Estado de Alagoas chegou a extinguir à EMATER, passando os produtores a ter dificuldades até na comercialização dos produtos. Posteriormente, criaram a ADEAL que aumentou a carga tributária dos fazendeiros, todavia, conseguiu livrar o  Estado da febre aftosa. Os poderes constituídos não  dispensam a devida atenção a pecuária leiteira, um  segmento que gera a melhor e mais eficiente renda familiar atualmente. É constrangedor o produtor rural entregar um litro de leite por R$ 0,75 e quando chega a Capital comprar um litro de leite na padaria por R$ 4,20.

MATA GRANDE  já foi um dos maiores produtores de feijão, milho e algodão do alto sertão alagoano, afora, frutas e verduras, que exportava para as cidades circunvizinhas. Hoje é um típico importador desses produtos. É bem verdade que as secas que assolam toda a região tem dificultado a produção, todavia, o incentivo a plantação de árvores frutíferas principalmente na região serrana,  torna-se necessária para que as futuras gerações possam dispor desses produtos de inigualável sabor.

SUGESTÃO: A implantação de um canteiro de produção de mudas de frutas para a venda ou mesmo distribuição gratuita aos sitiantes com a finalidade de incentivar a produção no porvir.