sábado, 15 de abril de 2017

HONESTIDADE - Germano



Maceió - Al. 15 de abril de 2017.

O que diz  Augusto Miranda? “É um substantivo feminino. Qualidade daquele ou daquilo que é honesto; honradez; probidade; decência; decoro; compostura”.

Mário Sergio Cortella, publicou a seguinte nota:

O escritor carioca Millôr Fernandes (1923-2012), que não canso de citar no interessante livro TODO HOMEM É MINHA CAÇA, de 1981, dizia que “tem gente que se acha honesta só porque não sabia da mamata”. Millôr trouxe à tona que a honestidade não pode ser fingida.  A honestidade não pode ser cínica, de modo que alguém, apenas porque não sabia da existência de uma situação da qual pudesse participar e se beneficiar, se considere honesto. Honestidade não é o que se coloca apenas no campo público, mas é a autenticidade, a pessoa que é capaz de ter uma conduta com ela mesma e com as outras pessoas que não seja marcada pelo oportunismo, pela capacidade de usar a mera circunstância, aproveitar-se daquilo que não deveria fazer”.

Particularmente, acho que os princípios de honestidade são aprendidos em casa, com a educação familiar, a escola por sua vez, ensina, cabendo aos professores dissertar também, sobre a ética e a seriedade. Isto fará com que àqueles que resolverem no futuro ingressar na política tenham noção do que é probo.

Recentemente, li a história de um pai que foi a uma diversão dominical com os dois filhos e perguntou ao porteiro quanto era a entrada. Este respondeu: até os sete anos não paga e de sete a doze R$ 40,00, os adultos R$ 60,00. O pai comprou o ingresso para ele e o de sete anos. Ao entrar o porteiro disse: Porque comprou o ingresso para o de sete anos, não iria perceber a diferença da idade. O pai respondeu: Mas o meu filho iria perceber que eu menti para me beneficiar...

Lá pelos idos de 1986, quando gerenciava a Agência do BNB em Santana do Ipanema, li uma frase do Millôr Fernandes na revista VEJA, que dizia:  A HONESTIDADE DO BRASILEIRO É FALTA DE OPORTUNIDADE”, sinceramente, pelos princípios que aprendi em casa e também dentro da organização que trabalhava, fiquei boquiaberto e passei a me perguntar: Caso fosse eleito para o cargo de prefeito, teria coragem de desviar dinheiro para custear minhas despesas com combustível, alimentação, pagamento de servidores etc., e não é que a minha cabeça balançou positivamente. Fiquei estarrecido. Talvez por isto, hoje, depois de aposentado, veja com certa normalidade o que assisto na TV e nos noticiários jornalísticos. Vale frisar que, se aposentar em nosso País é um castigo e isto causa certa revolta. 

Será que o comportamento  dos nossos políticos mudou a capacidade honesta do pensar dos brasileiros? Será que chegando a oportunidade o cidadão comum passe a adotar um comportamento indecente?

Acima está escrito: “A honestidade não pode ser fingida. A honestidade não pode ser cínica” , então, vamos continuar mantendo a esperança que os próximos dias  tomem rumos aceitáveis pela sociedade brasileira.




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