quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

AS ASSOMBRAÇÕES DE MATA GRANDE - Germano



O nome já o diz: assombrações segundo o Grande Dicionário Enciclopédico Novo Brasil, quer dizer: “.s.f. –Bras. - Terror que provém de coisa que não se explica; pavor causado pelo suposto aparecimento de coisas sobrenaturais; alma do outro mundo; fantasma.”


Consta, entretanto, nas lendárias histórias casos de assombrações que são do conhecimento popular, sobre os quais narrarei alternadamente, sem citar os nomes reais dos personagens para evitar especulações e ou constrangimentos. A minha intenção é fornecer aos mais novos, informações da história da cidade, na sua intimidade, com base em fatos acontecidos, alguns dos quais, nunca foram devidamente justificados ou esclarecidos.


As gerações atuais não incorporam essas crendices populares e até fazem chacotas, dizem impropérios com os que se foram ou mesmo, criam piadas e anedotas com os entes fantasmagóricos, não obstante, ser um assunto muito sério e até, aceito por algumas religiões e seitas, por ter em seus históricos, alta ligação com as coisas do além.


O sobrenatural, segundo alguns historiadores tem ligações com o Maligno, para outros, as ligações são através da feitiçaria, outros alegam que tem a ver com a astrologia, como no caso dos lobisomens que aparecem em noite de lua cheia.


A verdade, no entanto, é que no passado os religiosos procuravam educar os seus filhos e filhas com ameaças da existência do “papa-figo” que tirava o fígado dos meninos desobedientes para comer e no que se relaciona as filhas, era o lobisomem que, normalmente, andava atrás de mulheres, principalmente, as desavisadas, que enveredavam pelos caminhos turvos ou se deixavam dominar pela curiosidade para ver os cachorros que naquelas altas horas ladravam pelas estradas. Sabe-se que o lobisomem andava normalmente, por volta de meia noite e perambulava até as duas horas, tempo suficiente para se deixar ver e também, aprontar as mais interessantes histórias.


Como temos poucos casos a relatar, esperamos que, algum conterrâneo que saiba de alguma dessas estórias,  envie para o meu e-mail (germanoalves@terra.com.br) que faremos a divulgação, afinal, o sobrenatural, faz parte da nossa cultura, é um tanto folclórico e como quase todo matagrandense tem um pouco de crendices, gosta ou gostou de caçar e pescar, vale participar da velha frase que certo dia encontrei na casa de um compadre, onde em uma tábua pendurada no alpendre tinha escrito a fogo o seguinte: 
          ”AQUI SE REÚNEM, CAÇADORES, PESCADORES E OUTROS MENTIROSOS”.




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