A Loja de Luiz Brandão.
Passeando pelas ruas de Mata Grande eis que me deparo com a
loja do meu amigo Luiz Vieira Brandão, a única que ainda sobrevive e continua vendendo
tecidos por metro. Não sei precisar há quantos anos tem resistido, dado a persistência
do seu proprietário que insiste obstinadamente para a sua manutenção.
Sempre fui cliente comprando camisas, calças e ultimamente chapéus
e uma das curiosidades que nunca esqueci era a forma como ele anotava o meu
nome no caderno de fiado: O FILHO DE BALBINO.
Todos os meses pagava uma prestação e normalmente comprava novas camisas
ou mesmo um par de sapato, pois ele, inteligentemente, foi introduzindo outros
objetos nas prateleiras, diversificando as suas mercadorias.
Vale registrar que a loja de Luiz, hoje em dia é um excelente ponto de encontro de amigos. Lá sempre existem cadeiras, bancos de madeira (tamboretes) para se sentar e diga-se tem amigos que sentam e passam horas conversando. Quando passo na calçada sempre dou uma parada para cumprimentar que está a conversar com ele ou mesmo com sua esposa a prima Jacira Vilar.
A minha memória então voltou aos tempos em que tínhamos
várias opções de lojas para comprar, dentre elas as de seu Manoel Matias, Gentil
Malta, Jari Malta, Cristiniano Nunes, Antonio Rodrigues, Luiz de Catú, João Barros, Oscar Alencar, Seu Vida, Benício
Silva e Belarmino, nesta última comprei alguns metros do tecido tergal santista que o
famoso alfaiate Lulú de saudosa memória,
confeccionou o meu primeiro terno com extrema habilidade.
Não obstante o fechamento das lojas supramencionadas, a
loja resistente, conta com a concorrência de vários vendedores ambulantes e
ainda dos integrantes da Feira da Sulanca sediada em Caruaru-Pe., que percorre
as cidades do interior com preços altamente convidativos.
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