quinta-feira, 1 de setembro de 2016

OS VIZINHOS - Germano




Nasci e vivi em Mata Grande até os vinte e oito anos de existência, durante o tempo de solteiro os nossos vizinhos tornavam-se amigos e alguns com consideração acima da normalidade, haja vista, a amizade que perdura entre os descendentes até os dias atuais.

Existiu um vizinho que foi embora lá pelos anos sessenta e nunca esqueceu Mata Grande. Retornou algumas vezes, alimenta um site na internet onde tem uma parte dedicada à nossa terra. Chama-se Walter Medeiros e hoje é cidadão matagrandense, título outorgado pela Câmara Municipal.

Seguindo o exemplo da minha mãe, quando me desloquei para trabalhar em terras estranhas contraí amizades sinceras com os vizinhos onde até batizamos meninos que continuam com estreita relação de amizade e consideração, após o falecimento dos seus genitores.

O que chama a atenção é o convívio dos vizinhos nas grandes capitais onde quatro ou mais apartamentos em um mesmo andar cujas famílias, na maioria das vezes, si quer dão um bom dia.

Desconhecem que, em caso de uma emergência o vizinho que se torna um amigo estará sempre pronto para ajudar e que, a pior pessoa do mundo pode dar uma guarida melhor do que um desconhecido ou inimigo.

As pessoas nascidas no interior, normalmente, são mais afeitas as amizades com os vizinhos. Outro dia aqui na Capital fui cumprimentar um cidadão que era da zona rural e ao apertar a sua mão ele falou: Interessante, somente a gente do interior sabe o significado de se cumprimentar apertando a mão do outro.

Observando os demais cidadãos capitalistas, vejo que somente alguns tem o hábito, normalmente, acenam com a mão ou mesmo, os mais jovens criaram o método de tapinhas ou socadas com os punhos.

Afora isto, ainda na capital, durante a missa a pessoa que está ao seu lado não olha e, quando na hora da saudação, chama os vizinhos do lado, de trás e da frente até de irmão, normalmente, com um largo sorriso. No dia seguinte, ao encontrar, em uma calçada ou mesmo, na orla, caminhando, passa a ser um mero desconhecido.

Face  ao exposto, que tal adotar o costume de dar um bom dia, alguns não vão responder, porém, uma maioria vai vibrar internamente pela consideração e apreço.








2 comentários:

  1. Bom dia! Bela reflexão, vizinho Germano. Obrigado pela citação, que é mais uma homenagem ao vizinho de sempre. Abraços.

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  2. Marcos Paulo Machado Vilar2/9/16 9:34 AM

    Lindo texto Germano!!!
    Abraço!

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