segunda-feira, 15 de agosto de 2016

A ELEIÇÃO VEM AÍ - Germano






Aproxima-se um novo período eleitoral e volta a dúvida sobre a confiabilidade das “urnas brasileiras”. Quem não lembra dos rumores ocorridos nas eleições passadas? Eleitores que afirmaram ter votado em um candidato e aparecido a foto de outro. Em alguns Estados da federação, o candidato que era disparado na preferência popular perdeu a eleição, enquanto que o opositor, considerado péssimo, foi eleito.

Leia o que escreveu Paulo Sergio Everdosa:



“Circula na internet um inquietante texto sobre o seminário “A urna eletrônica é confiável? ”, promovido pelos institutos de estudos políticos das seções fluminense do Partido da República (PR), o Instituto Republicano; e do Partido Democrático Trabalhista (PDT), a Fundação Leonel Brizola-Alberto Pasqualini.

Acompanhado pelo especialista em transmissão de dados Reinaldo Mendonça e pelo delegado de polícia Alexandre Neto, um jovem hacker de 19 anos, identificado apenas como Rangel por questões de segurança, mostrou como (através de acesso ilegal e privilegiado à intranet da Justiça Eleitoral no Rio de Janeiro, sob a responsabilidade técnica da empresa Oi) interceptou os dados alimentadores do sistema de totalização e, após o retardo do envio desses dados aos computadores da Justiça Eleitoral, modificou resultados beneficiando candidatos em detrimento de outros – sem nada ser oficialmente detectado.

Esse depoimento do hacker vem alimentar as suspeitas do Brizola quando da eleição presidencial de 1989, ocasião em que o Lula foi para o segundo turno com o Collor por uma diferença mínima de votos. Na época, o Brizola requereu recontagem de votos o que foi rechaçado pelo presidente do TSE, sob o comando do “insuspeito” Francisco Rezek que, em seguida à apuração do segundo turno da eleição, largou o cargo vitalício de ministro do STF para assumir um ministério no governo Collor. Depois de algum tempo no cargo, saiu do governo e foi renomeado pelo Collor de volta ao STF!

Tive informações à época de que o complô foi urdido com apoio do Doutor Roberto Marinho e do ACM, que era ministro das Comunicações do Sarney e sócio do Doutor RM. O plano era emplacar o Afif. Como o Afif não decolou, aderiram ao Collor. Não poderia ser o Brizola pelos motivos mais do que óbvios!

Estranhamente, durante a transmissão dos dados do primeiro turno da eleição presidencial de 1989 do TRE de Minas Gerais para o TSE de Brasília, houve uma “pane” no sistema, como que para dar tempo ao dimensionamento da fraude.



400 mil votos foram necessários para levar o Lula para o segundo turno, porque o candidato do PT poderia ser abatido com mais facilidade pelo esquema que já possuía no bolso do colete o escândalo da Miriam/Lurian (ex-namorada e filha de Lula).



EXEMPLO DA ARGENTINA



O Brizola pediu o apoio do Lula para pressionar o TSE a conceder a recontagem argumentando que há pouco tempo houvera fato semelhante na Argentina, onde a recontagem manual apurou uma diferença em relação à eletrônica bem superior à diferença verificada na eleição brasileira. Lá não houve mudança na classificação dos candidatos porque a diferença apurada não foi suficiente para alterar a classificação.



Na eleição brasileira, entretanto, a diferença entre o Brizola e o Lula, salvo engano, não chegava a 0,5%. O TSE não admitiu a recontagem. Registre-se que, antes da eleição, a Globo promoveu um Globo Repórter sobre a vida do Rezek, com o fito explícito de construir uma credibilidade que seria necessária para dar força às providências que ele teria que tomar no curso da sua presidência do pleito.



Para conferir o texto sobre o seminário, basta buscar no Google o título Hacker de 19 anos revela no Rio de Janeiro como fraudou eleição.”



Já Amilcar Brunazo Filho, disse que :

 “O modelo de urna usado no Brasil é ainda de 1ª geração,  conhecida como DRE (Direct Recording Electronic voting machine), onde os votos são gravados apenas em meio digital eletrônico (e regravável) de forma que nem o eleitor pode conferir se seu voto foi gravado corretamente e nem os fiscais de partidos podem conferir se foi somado (apurado) corretamente”, disse em entrevista a este blog.”

“É um absurdo votar num sistema que não lhe permite conferir para quem seu voto foi gravado”, estabelece. Todos os países que já adotaram o sistema de urna eletrônica empregado aqui no Brasil, nas últimas eleições, já o abandonaram, por seu alto grau de adulteração, explica o engenheiro Amilcar Brunazo Filho.”

O que dizer então das urnas que são disponibilizadas para o nosso Estado, haja vista, os rumores comentados nas calçadas, levantando dúvidas sobre os verdadeiros resultados, tendo em vista as discrepâncias existentes entre as pesquisas e a apuração final?

O eleitor que verificar alterações no sistema não deverá aceitar as argumentações dos dirigentes na seção e sim chamar as autoridades competentes para a verificação na hora.  Deixar para ficar comentando nas calçadas o acontecido , não resolve e a coisa vai continuando no decorrer dos anos.

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