quinta-feira, 19 de maio de 2016

JOSÉ VERÍSSIMO GUIMARÃES - Ubireval Alencar






José Veríssimo Guimarães, o Zequinha Veríssimo ou Zequinha Guimarães. Filho de Júlio Veríssimo Guimarães e Joana Felismina Barbosa. Um dos oito filhos do casal, seis mulheres e dois homens, João Veríssimo Guimarães e José Veríssimo.

Hoje se mantém viva D. Sebastiana, viúva, residente em Arapiraca. A família estabilizara-se no sítio de nome Gato, na circunvizinhança das terras de João Barbosa, agricultor e pecuarista. Lá havia cultivo do milho, feijão, além do capim e palma para alimento do gado.

Em face às cobranças reiteradas de Virgulino Ferreira ( Lampião), sempre reincidente em pedidos de mantimentos, dinheiro, Zequinha Guimarães que já se adiantara para o sudeste do país, RJ, poupa os ganhos na cidade grande, e adquire o casarão para a família, na rua de Baixo, Ubaldo Malta.

De retorno à cidade natal, investe na condição de comerciante e de transporte de cereais, com armazéns de milho, feijão, mamona, farinha, revendendo-os por todo o nordeste. Aos poucos, reabre nos distritos próximos armazéns do mesmo gênero, Inhapi, Canapi e Santa Cruz, ainda distritos de Mata Grande.

Um belo dia, em suas tardes à porta do casarão, do outro lado da rua havia o estabelecimento comercial do Sr. Joaquim Aureliano Alencar e D. Adelaide Albuquerque, uma linda moça filha do Sr. Quinca - Edinete - de tanto ouvir aquele vozeirão do outro lado da rua, enamora-se do ilustre recém-chegado das terras do sudeste. E em dois meses de conhecimento já se deu o casamento, indo morar inicialmente na Rua 5 de julho (antiga rua Nova).

Do casal Zequinha e Edinete nasceram Ubiratan, Ubireval, Ubirandir, Ubiracir, Cleide e Maria José. Com breve temporada no sítio Gato, retorna a família para Mata Grande, com a aquisição do casarão na subida do Alto do João Felix, Praça João Pessoa, com excelente arborização e muitas fruteiras, que era antiga propriedade dos tios de Edinete, Antônio Rodrigues. 

Edinete Alencar sempre foi doméstica, mas iniciadora da leitura e escritos dos filhos. Relia textos de José de Alencar, de Machado de Assis, sabia-os de cor em várias passagens. Mas nem todos na descendência se deram ao interesse para os estudos. Ubiratan, Ubirandir e Ubiracir preferiram a vida de caminhoneiros, e faziam a substituição de motoristas nas cargas de cereais a serem transportadas. Ubireval, Cleide e Maria encetaram os estudos em Mata Grande, Maceió, e se estabeleceram na capital. Ubiratan e Ubiracir , vivem como microempresários do ramo de táxis, em Maceió

Zequinha se esmerava na ampliação dos negócios, e investe em compras de terrenos e construção de casas, armazém, como o antigo bar de Noca, e o prédio onde está situado o Banco do Brasil (recentemente destruído por vândalos dos assaltos). E era o último dos dezesseis  imóveis  que restava do espólio  pós morte de Zequinha, inicialmente e por último Edinete, há 7 anos atrás.

O casal como a média dos esposos e interioranos, viveu dias de altos e baixos. Ele de sangue fervente e galanteador, granjeava fácil o interesse e atração de alguma necessitada, e aí se somaram casos de amantes, que resultaram em sérios desabonos, atritos, clima de insatisfação e mal-estar entre filhos e pais. Afora as boas cachaçadas entre amigos, Luiz Dentista (Dr. Luiz Luna Torres), entre tantos, o velho Zequinha tinha dedicação e esmero para com netos, da cidade e os recém-chegados de Maceió. Numa tradicional caminhoneta fazia o passeio matinal ou vespertino com toda tropa nos períodos de final de ano e festejos momescos.

Edinete era excessivamente ciumenta, e cobrava do marido atenções e cuidados com internatos para os filhos, o que efetivamente se deu, e só não obtiveram formação secundária e superior os que deliberadamente não o quiseram . Cleide cursou  Letras, e recentemente pós-graduação, lotada na Assembleia Legislativa do Estado, mediante concurso público. Ubireval formou-se em Direito, Letras, trabalhou no Banco do Estado de Alagoas, Banco do Estado de São Paulo, prestou vários concursos no âmbito da esfera federal. Aposentado como  servidor público federal. Membro eleito pela Academia Alagoana de Letras, em 1993. Ubirandir foi acometido de problemas de saúde, e, aos 35 anos de idade,  vítima de acidente de carro, próximo a Delmiro Gouveia.










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