sábado, 28 de maio de 2016

UM SETENTÃO ENVELHESCENTE – Germano














UM SETENTÃO ENVELHESCENTE – Germano




Hoje completo setenta anos e as fichas ainda não caíram, pois sempre vivi na esperança de  aumentar a idade  por décadas e com total lucidez, mesmo, esquecendo os nomes dos amigos, dos lugares e por muitas vezes, das palavras. Todavia, o que posso fazer se vou acumulando  mais  e mais,  decêndios de jovialidade,  reconhecendo entretanto, que com esse acúmulo, está começando a aparecer os reveses da vida.

Agradeço sempre a Deus pela generosidade que  tem tido comigo, pela forma como  resolvo os meus problemas, pela vida que levo, por meus amigos, pela criação severa que tive dos meus pais Balbino Alves Bezerra e Luiza Villar de Mendonça, pelo excelente emprego que consegui no BNB  quando ainda cursando o terceiro ano  no Ginásio Felix Moreno, pela excelente e acertada escolha que fiz da fiel companheira Icléa  Barbosa, cujo amor continua como no dia do casamento em 1967,  pela querida família que juntos constituímos com o nascimento da linda e querida filha Geovanna Lea e dos lindos filhos Marcus Vinicius  e Germano Enrico, que somente nos enchem de orgulho,  e para completar a minha imensa gratidão ao Criador, pelos lindos e queridos netos Vinicius, Marcus e Luís Enrico e netas Caroline, Laila, Letícia e Luíza e ainda, pelo excelente genro Cesar Pessoa de Melo e pelas belíssimas noras Cristine e Lúcia Paula, portanto, sou grato e assim continuarei cumprindo com o que me foi reservado como destino.

Iniciei meus trabalhos manuais com  quatorze anos, fui garçom de bar, cujos proprietários Natalício Pinheiro e Dalva Brandão sempre foram bons amigos; radialista, como locutor da Rádio Educadora de Mata Grande, cujo proprietário Cristiniano Fortes Nunes , político e ex-prefeito, ainda hoje mantemos uma estreita amizade; administrador da Associação Rural de Mata Grande e da Associação de Proteção a Maternidade e a Infância de Mata Grande, cujo Presidente era o Dr. Eraldo Malta Brandão de saudosa memória;   segundo secretário da Prefeitura Municipal de Canapi –Al., cujo Prefeito João Alvino Malta Brandão, também de saudosa memória, permaneceu como amigo particular até os dias que o Criador o chamou;  como  bancário, ingressei no Banco do Nordeste do Brasil S/A., como praticante de escritório e depois através de concurso interno como Escriturário onde atingi o ápice da carreira, como Gerente de Agência , então , me aposentei em 1996, esta foi a melhor fase.

Prosseguindo a  vida laboral, tornei-me pequeno produtor rural ,  ocasião em que administrei a Ciretran de Santana do Ipanema, por isso, voltei a estudar e fiz o curso de Direito na Faculdade Raimundo Marinho, tornando-me bacharel em Direito, um antigo sonho que realizei com sessenta e seis anos de idade.

A convite do Prefeito  Fernando Lou, exerci o cargo de Secretário de Agricultura do nosso município com a missão de dar uma “balançada na agricultura” palavras do  prefeito. O que fiz com amor e dedicação, haja vista  pertencer a área agrícola.

Nutro muitas saudades  dos bons momentos vividos no passado, em cada canção, renovo o meu prazer pela vida, pois alimentam a minha esperança de  dias cada vez melhores. Curto cada momento do presente, realizando os prazeres que a vida favorece, junto aos meus familiares e amigos.

Como complemento de vida adotei a frase que diz: “Os netos são a sobremesa dos avós” e  cada dia que passa sinto  o coração engrandecer de amor por  eles, me dando ânimo para continuar como sou e em cada amanhecer, sempre busco novas alegrias e vibro ao ouvir o bom dia do bem te vi ou mesmo de uma pequenina garrincha.

À minha querida Teinha  um agradecimento especial, por que juntos passamos todas as dificuldades inerentes a um casal no início da vida. Relatar daria um livro de histórias. Das bonanças às dificuldades financeiras, juntos, conseguimos superar todas , graças ao nosso bom e generoso Deus. Nas ausências dos  entes queridos que se foram, choramos juntos. Nos momentos difíceis onde às saídas honrosas nos pareciam impossíveis sempre encontramos a melhores saídas tal e qual nos labirintos. Na educação dos filhos Icléa sempre foi de uma coragem insuperável. Sempre foi adorável nos trabalhos domésticos e para cuidar dos familiares em geral, nada negativo, dado a sua disponibilidade em querer sempre servir e agradar. Um beijo de agradecimento  minha amada esposa.

Recentemente descobri a palavra sexalescente que é uma mistura de sexagenário com adolescente, que  estimula mais àqueles que como eu ainda não admitem a idade avançada. Passei pela fase da adolescência que é uma preparação para ingressar na idade adulta.

Como estou setentão, eis que surge a palavra  “ENVELHESCÊNCIA” que, nada mais é do que uma fase preparatória para o envelhecimento. Sem querer, é claro, tenho que começar no ABC dessa fase, com a mesma alegria que me é peculiar. Curtir a família e os amigos, eis o meu lema , sempre agradecendo a Deus por ter sido sempre muito generoso.


sexta-feira, 27 de maio de 2016

A OUTRA ( A AMANTE) - UM SER LIBERTÁRIO - Ubireval Alencar




A Outra (a Amante) - um ser libertário

                                                                                                                                                                Ubireval Alencar





"Sonhe com o que você quiser. Vá para onde você queira ir.

Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só temos uma chance de fazer aquilo que queremos.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldades para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana. Eesperança suficiente para fazê-la feliz."

(Escritora Clarice Lispector)



Esse texto da escritora Clarice Lispector  é um bom motivo para representação dessa figura ímpar – a Outra, a Amante , imputável concomitantemente a ele, o Outro, o Amante – como projeto individual de uma existência atuante. A coisa poderia parecer simplória, se comparada a questões dogmáticas, preconceituosas, ou tabus que em público nenhuma mulher aceitaria discutir.

O raciocínio ora esboçado parte não dos fatídicos modos e empregos versados na net, nos papos virtuais. Nessa configuração, são bem humorados os homens que latentemente sabem, imaginam que Ela-amante estaria naquele horário, naquelas horas mais críticas – os intervalos de almoço e os finais de tarde. Ganham até um paisagismo incomparável a feitura e criatividade dos nicks em  que os digitadores se personificam: casado[sic] sozinho; casado em casa; casado sem ela; casado mas livre; casado de férias; homem sem dona; casado mas quer

E por aí derivam os debochados com linguagens chulas, desabonadoras da boa conversação e amizade que a net certamente faculta aos usuários.

Mas o veio, fluxo principal dessa argumentação não está na virtualidade, a possibilidade de, a conquista virtual, mas na inteireza psicológica daquela que não mais pretende ou deseja viver as formalidades sociais de casamento, concubinato, ou junções de talheres e roupas. A Outra, Amante, vem-se desenhando como a mulher inteiramente independente, econômica, financeira e moralmente, mas que se impõe como ser concreto, com experiência de vida afetiva, mas deslanchada dos arreios tradicionais, conformações e desvinculada de clichês pragmáticos.

Ela ama, dá-se, sem a cobrança de horários; espera, aguarda a hora mais delicada do dia sem o comprometimento arriscado do visitante; sabe compreender a ausência sem explicação de uma promessa das cinco da tarde. Ela é expectativa, faz-se surpresa com a chegada em atraso. A Outra quer ser a instância de paz, o momento de refrigério e compreensão para o Amante aturdido de tarefas e compromissos, e com amores já definidos e família constituída. A preservação do status quo é sua maior legitimidade.

A Amante conhece os instantes em que terá que aguardar as migalhas da mesa do prazer e que com certeza sobram pela contingência da má ingestão num casamento em desalinho. Mas sem que ela se torne o depósito dos maus feitos ou choradeira como se fosse o desaguadouro de cornos do passado dele. Daí a extrema necessidade de ela ser só. Livre de vínculos jurídicos, afeita à tomada de consciência de que o ser visitante, amado, terá que retornar melhor, mais carinhoso e amigo dos seus preestabelecidos.

Com esse nascente/antigo estatuto, a Outra desenha seu traçado de escolhas que mais condigam com seu caráter, suas afeições e feições, seu intimorato modo de viver.

Sabe que não pretende concorrer ou interromper qualquer tipo de relacionamento anterior daquele a quem se afeiçoou, ou por quem foi conquistada. Ausente de punições ou culpas, vive a harmonia do ser libertário, consciente de que a vida é uma só e somente a ela cabe as decisões do traçado de si própria. Só os candidatos virtuosos lhe cairão na bandeja das pretensões. Ficam terminantemente excluídas as taras de sexo mecânico, coberturas do que não tem o que fazer, ou doentios da propagação da difamação ou reputação em ambiente de trabalho.

Por isso a mulher, Amante, a Outra  não tem  pátria. Ela pousa onde o amor a encanta; ela vive das emoções, da sensação de saber-se desejada, e espera  dias, meses, anos sem fim. Porque  vive o compasso da espera, enquanto tem a certeza de que um olhar a cobrirá de satisfação, um abraço reviverá todas as instâncias e carências antes deglutidas. Se ele promete vir às cinco horas, já dizia analogamente a personagem raposa ao Pequeno Príncipe, então desde as quatro horas ela, amante, já se sentirá feliz.  Na verdade, ela sabe o prenúncio do cio das horas, na aquilatação do ser mulher .Nesse sentido ela é de extrema autenticidade, porque desconhece o ser promíscuo, a mulher devassa. Há nela o mesmo sentido de fidelidade que mantém a esposa, sendo ou não correspondida. No interior da Amante só cabe uma certeza – viver a gravidez e gestação de um afeto cujo prazo limite para nascimento é pendular. Ela oscila de um momento a outro, na aceitação das vicissitudes do amado, com suas fragilidades, inconstâncias e endividamentos anteriores. Ela existe? Só os condignos desse conluio  amoroso é que poderão ratificar ou contestar.














segunda-feira, 23 de maio de 2016

A SINGULARIDADE DE UM QUARTETO DA PREFEITURA – Ubireval Alencar


A SINGULARIDADE DE UM QUARTETO DA PREFEITURA – Ubireval Alencar
É muito comum nas cidades interioranas defrontar-se o visitante com o inusitado modo de viver de determinadas personalidades. Pela sua conformação física, segundo o modo como se portam, trabalham ou se exprimem, elas se constituem um dos modos singulares de vida, distinguindo-se do proceder normal e rotineiro das pessoas habituadas à grande cidade.
O quarteto aqui referido não diz respeito à composição de membros para efeito musical. A sinfonia do modo de vida das personagens é o texto que interessa e que deverá ser posto em questão. Aproveito-me de nomes à época conhecidos por apelidos locais, hoje certamente não mais vivos, e que se tornaram quase lendas interioranas. Mas a história real de cada uma delas deve ter sido bem diferente e com certeza com muito mais interesse que as qualidades aqui apontadas.
Zé Grilo, Mané Moco, Corró e (seu Bié) Sete-Bundas eram apelidos atribuídos aos lixeiros que faziam a coleta  da cidade, num interior qualquer ainda de extremo subdesenvolvimento.  Zé Grilo era um dos mais franzinos, de pequena estatura, boca larga e olhar esbugalhado. Mané Moco, antes de tudo meio surdo, era um dos mais ágeis no desempenho do trabalho, talvez pelo porte médio e compleição física mais forte; Corró era deficiente de um olho, muito magro e com sequelas de subnutrição; Sete-Bundas era o tipo bonachão, de traseiro reforçado, que lhe valeu o epíteto da conta do mentiroso.
Tudo isso coexistiu na cidade de clima dos mais agradáveis em pleno sertão nordestino, entre as fronteiras de Alagoas, Pernambuco e Bahia.
Por anos seguidos, entregaram-se à partitura de comandar a carroça de lixo, que na verdade era a metade de uma carroceria de caminhão, puxada a animal. O boi de Zé Grilo, como era conhecido pela meninada local, percorria as ruas da pequenina cidade arrecadando aqui e ali os despojos das latas. Tamanho caráter assumiu esse quarteto que até virou modinha na cidade, cujo estribilho terminava sempre na divisão dos hexassílabos         

                                                                A carroça do lixo

                                                                parece uma zabumba,

                                                                Zé Grilo, Mané Moco

                                                                Corró e Sete-Bunda

                                                                                                                                                                                     
 Mas, antes da coleta propriamente dita, todas as ruas eram varridas, e só posteriormente eram arrecadados os entulhos deixados por animais, crianças e adultos.
Ecólogos prematuros, não se limitavam apenas à apanha do que encontravam pelas ruas, mas também tomavam a liberdade de preservar as poucas árvores que a molecada teimava em destruir. Haviam plantado aquelas árvores, por elas sentiam-se responsáveis, e por isso impediam que elas fossem destruídas gratuitamente. Havia também um efeito catalisador. Aquelas árvores serviam-lhes de abrigo durante o sol inclemente. Eram uma espécie de apaziguamento e refrigério momentâneo, nas horas de calor escaldante.
O quarteto também se caracterizava por uma outra peculiaridade, que os fazia mais conhecidos, um tanto admirados, e, em determinados instantes, principalmente aos sábados, dia de feira, excelentemente aplaudidos. É que nesses dias se realizava a feira de frutas, verduras, carne e outros gêneros alimentícios. O universo dos supermercados ainda não havia adentrado aquele espaço interiorano. Em contrapartida, toda população
 comprimia-se na busca de angariar o suficiente para a família e na quantidade satisfatória para a duração de uma semana. Ao final da tarde, começava a limpeza grande, com a recolha dos restos de feira que muitas vezes servia, para muitos desfavorecidos, desempregados e pobres, de migalhas comestíveis. 
Concluídos os trabalhos, exaustos, os componentes do quarteto começavam a etapa comemorativa do dia no bar mais próximo. Afeitos ao sabor da cachaça mais forte, prosseguiam naquela bebedeira à proporção que surgia um pagante mais pródigo. Criaram esse hábito ao longo dos anos. Agora, na idade avançada, tinham nesses momentos sua rara oportunidade de desafogar mágoas e carências de outros bens que efetivamente nunca se decidiram a lutar por eles. E a cachaça ia-se repetindo em mais uma, mais outra, agora sob os auspícios de um pequeno grupo de rapazes que os instigavam. O ponto ideal dava-se quando começavam a discutir e brigar entre si. A plateia que os havia preparado para esse momento se põe a exercer seu papel influente. Fazem provocações, xingam-nos, dizem que um dos componentes havia xingado o outro, inventam mentiras a torto e a direito, de modo a que os contendores se exaltem e o litígio se instaure.                                                       
Raras vezes essas discussões tiveram proporções maiores, com derramamento de sangue ou fatos similares. O mais comum nessas bebedeiras é haver troca de empurrões, tapas, xingações e depois as coisas terminavam em abraços desencontrados ou até choros catárticos, que se juntavam aos propósitos de eterna amizade. O que não seria capaz de realizar o miraculoso álcool nas mãos desses sacerdotes da vida pública? Por toda vida acompanharam esse ritual fascinante, cujo modelo foi passando de geração a geração. Por que haveriam de negar, também eles, essa prática inveterada do festim dos deuses?
É chegado o momento da contagem regressiva para o retorno às suas casas. Cada um dos componentes tem seu caminho mais tortuoso. Mas a desordem mental os faz entrar em portas que não deveriam, tropeçam em batentes imaginários, e ainda deixam extravasar atos e paixões nunca antes confessados. São verdadeiras notas musicais em desacordes. A essa altura, o cortejo de moleques e desocupados de todas as idades se põe à espreita do desenrolar dos acontecimentos, ou ajudam a compor aquela cena hilariante com a algazarra de uns, assobios e vaias de outros, constituindo-se a nota dissonante, excêntrica e desejável daquela tarde.




sábado, 21 de maio de 2016

LUIZ CORNETEIRO - Ubireval Alencar


LUIZ CORNETEIRO – Ubireval  Alencar

LUIZ CORNETEIRO – assim chamado o conhecidíssimo Luiz Gonzaga Malta Gaia. Filho de dona Alzira Malta. Que senhora imponente e carismática e de forte personalidade! O seu Luiz Gaia herdou esses traços de personalidade de uma mãe carismática.
Foi prefeito eleito pelo povo logo após a tragédia das mortes de Eustáquio, Ubaldo e Sonia Malta. Ainda se ouvem os gritos de Gerusa Malta nas calçadas da Rua da Cruz e  dona IZA sendo alvejada sem maior gravidade no tiroteio em pleno dia de eleição.
O combativo Luiz Corneteiro tomou a vertente do Papa Francisco. Pós mandatos eletivos (Prefeito e Deputado) instaurou o pragmático Pombo – Correio entre Mata Grande e Maceió. Disponível e inteiramente gratuito, fazia o transporte de encomendas, cartas e tudo que lhe fosse solicitado. O Beco  São José em Maceió era o Sedex da época. Prestimoso, amigo, caixa eletrônico nas horas necessárias de tantos estudantes que já acorriam a capital em busca do conhecimento e profissionalização.
Ninguém ali chegava em busca de um favor sem que fosse atendido. A mesma parcimônia e alegria de servir. Não lembro que corneta esse grande amigo tocava, mas as portas de sua casa estavam sempre abertas nas férias de Mata Grande pros famosos “assaltos dançantes” nas noites pré e pós natalinas. Não se apagarão da nossa memoria  gestos  beneméritos assim como a cordialidade continuada dos filhos Joao Roberto, Jose Luís, Maria Isa e Luiz Antônio.
Luiz Gaia continuará como marco de um ser humano pleno de humanidades. Visitei-o no seu leito enfermo, e ainda tive como tributo maior desse Homem de personalidade impar a dádiva de ver escorrer em seu rosto lágrimas de agradecimentos pela visitação. Nós o abraçamos amigo Luiz. Os céus não terão falta de festejos. VOCE é o símbolo da festividade humana.  A sua memória a sua superioridade de ter vivido como  homem, esposo e pai de lindos  filhos.



sexta-feira, 20 de maio de 2016

MATA GRANDE DOS MEUS TEMPOS DE MENINO- Remi Bastos






MATA GRANDE DOS MEUS TEMPOS DE MENINO



Quanta saudade eu sinto
Da querida Mata Grande,
Dos meus tempos de menino,
Rua da Cruz onde morei
E dos belos dias que passei
Naquele torrão divino.


Mata Grande dos meus sonhos
Dos sítios e dos engenhos,
Meu paraíso encantado
Rua de Baixo, Rua de Cima,
Mata Grande das belas meninas
Berço dos meus pecados.


Ah! Se eu pudesse outra vez
Retornar ao meu passado,
Ser criança novamente
Jogar bola com João Bodinho
Naquele antigo campinho
Em frente à velha nascente.


Mata Grande eu confesso
Que depois de tantos anos
Ainda me lembro de você,
Recordo com muita saudade
Os meus dias nesta cidade
Que não consigo esquecer.



Remi Bastos,
Aracaju, 19.05.2016.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

JOSÉ VERÍSSIMO GUIMARÃES - Ubireval Alencar






José Veríssimo Guimarães, o Zequinha Veríssimo ou Zequinha Guimarães. Filho de Júlio Veríssimo Guimarães e Joana Felismina Barbosa. Um dos oito filhos do casal, seis mulheres e dois homens, João Veríssimo Guimarães e José Veríssimo.

Hoje se mantém viva D. Sebastiana, viúva, residente em Arapiraca. A família estabilizara-se no sítio de nome Gato, na circunvizinhança das terras de João Barbosa, agricultor e pecuarista. Lá havia cultivo do milho, feijão, além do capim e palma para alimento do gado.

Em face às cobranças reiteradas de Virgulino Ferreira ( Lampião), sempre reincidente em pedidos de mantimentos, dinheiro, Zequinha Guimarães que já se adiantara para o sudeste do país, RJ, poupa os ganhos na cidade grande, e adquire o casarão para a família, na rua de Baixo, Ubaldo Malta.

De retorno à cidade natal, investe na condição de comerciante e de transporte de cereais, com armazéns de milho, feijão, mamona, farinha, revendendo-os por todo o nordeste. Aos poucos, reabre nos distritos próximos armazéns do mesmo gênero, Inhapi, Canapi e Santa Cruz, ainda distritos de Mata Grande.

Um belo dia, em suas tardes à porta do casarão, do outro lado da rua havia o estabelecimento comercial do Sr. Joaquim Aureliano Alencar e D. Adelaide Albuquerque, uma linda moça filha do Sr. Quinca - Edinete - de tanto ouvir aquele vozeirão do outro lado da rua, enamora-se do ilustre recém-chegado das terras do sudeste. E em dois meses de conhecimento já se deu o casamento, indo morar inicialmente na Rua 5 de julho (antiga rua Nova).

Do casal Zequinha e Edinete nasceram Ubiratan, Ubireval, Ubirandir, Ubiracir, Cleide e Maria José. Com breve temporada no sítio Gato, retorna a família para Mata Grande, com a aquisição do casarão na subida do Alto do João Felix, Praça João Pessoa, com excelente arborização e muitas fruteiras, que era antiga propriedade dos tios de Edinete, Antônio Rodrigues. 

Edinete Alencar sempre foi doméstica, mas iniciadora da leitura e escritos dos filhos. Relia textos de José de Alencar, de Machado de Assis, sabia-os de cor em várias passagens. Mas nem todos na descendência se deram ao interesse para os estudos. Ubiratan, Ubirandir e Ubiracir preferiram a vida de caminhoneiros, e faziam a substituição de motoristas nas cargas de cereais a serem transportadas. Ubireval, Cleide e Maria encetaram os estudos em Mata Grande, Maceió, e se estabeleceram na capital. Ubiratan e Ubiracir , vivem como microempresários do ramo de táxis, em Maceió

Zequinha se esmerava na ampliação dos negócios, e investe em compras de terrenos e construção de casas, armazém, como o antigo bar de Noca, e o prédio onde está situado o Banco do Brasil (recentemente destruído por vândalos dos assaltos). E era o último dos dezesseis  imóveis  que restava do espólio  pós morte de Zequinha, inicialmente e por último Edinete, há 7 anos atrás.

O casal como a média dos esposos e interioranos, viveu dias de altos e baixos. Ele de sangue fervente e galanteador, granjeava fácil o interesse e atração de alguma necessitada, e aí se somaram casos de amantes, que resultaram em sérios desabonos, atritos, clima de insatisfação e mal-estar entre filhos e pais. Afora as boas cachaçadas entre amigos, Luiz Dentista (Dr. Luiz Luna Torres), entre tantos, o velho Zequinha tinha dedicação e esmero para com netos, da cidade e os recém-chegados de Maceió. Numa tradicional caminhoneta fazia o passeio matinal ou vespertino com toda tropa nos períodos de final de ano e festejos momescos.

Edinete era excessivamente ciumenta, e cobrava do marido atenções e cuidados com internatos para os filhos, o que efetivamente se deu, e só não obtiveram formação secundária e superior os que deliberadamente não o quiseram . Cleide cursou  Letras, e recentemente pós-graduação, lotada na Assembleia Legislativa do Estado, mediante concurso público. Ubireval formou-se em Direito, Letras, trabalhou no Banco do Estado de Alagoas, Banco do Estado de São Paulo, prestou vários concursos no âmbito da esfera federal. Aposentado como  servidor público federal. Membro eleito pela Academia Alagoana de Letras, em 1993. Ubirandir foi acometido de problemas de saúde, e, aos 35 anos de idade,  vítima de acidente de carro, próximo a Delmiro Gouveia.










terça-feira, 17 de maio de 2016

DONA LUIZINHA - Ubireval Alencar


LUIZA VILAR DE MENDONÇA : 10.10.1910 + 21.04.2000


Desde 1956, aos 12 anos de idade, comecei a ausentar-me de Mata Grande, vida de seminário e estudos, e somente acompanhava na igreja matriz, algumas presenças marcantes.

Entre tantos, o Sr. Balbino, sempre assíduo às missas dominicais, fervoroso, um próspero negociante de víveres, cereais, e que também mantinha uma padaria no mesmo local de comércio, na chamada Rua de Baixo, hoje Ubaldo Malta. Sempre cabisbaixo nos passos, compungido nas orações da igreja, ouvia atentamente as preleções do vigário, Pe. Aloysio Viana Martins.

Havia a ala exclusiva para os homens, à frente, diferenciada da ala feminina das inúmeras devotas, Tia Dona, Tia Marieta, Ana Rosa, e tantas em maior número que o dos homens. Não me lembro da presença do casal, embora em casa a família vivesse um silêncio de separação. O silêncio dos filhos fora de casa complementava o silencio maior, interno, de D. Luizinha. Raramente era vista à soleira da porta, durante a passagem da procissão de N. S.de Conceição, em primeiro de janeiro , e de São Sebastião, no dia 20 do mesmo mês, lá na Rua Nova, hoje  Rua 5 de Julho.

Três lindas garotas - Helena, Valderez e Valdecy - cresciam em graça, beleza, e estudos. Helena em breve ganharia a capital, em busca de maiores estudos, e lá fez carreira toda a vida, onde permanece aposentada;    Valderez e Valdecy cursavam o ginásio em Mata Grande, vindo a inscreverem-se em concurso do Banco do Nordeste. Valderez, hoje aposentada,  mantém o mesmo enclausuramento vivido na infância e Valdecy, também aposentada, vive na Capital do Estado.

Os rapazes, Faustino, Guilherme e Hildebrando, tomaram destinos diferentes, rumando para São Paulo, sempre uma expectativa e ambição de todos os nordestinos em avanços maiores ;  e o mais novo, Germano cursaria estudos em Mata Grande,  logo vindo a enamorar-se da filha muito atraente de D. Hilda e Sr. Otacílio, a bela Icléa. Bancário também do Banco do Nordeste, bem-sucedido na carreira, hoje,  aposentado, bacharel em direito, agropecuarista e colunista social da memória de Mata Grande,  é pai de Geovanna Lea, hoje competente médica exercendo suas atividades em Brasília; Marcus Vinicius , bacharel em direito e também agropecuarista; e Germano Enrico, contabilista; estes exercem suas atividades profissionais em Arapiraca e Santana do Ipanema, respectivamente.

Que segredos guardou toda vida D. Luizinha, deixando filhos tão esmerados na educação, prestimosos na postulação de suas vocações para o trabalho e responsabilidade? Nunca se ouvia qualquer queixa da senhora sempre recolhida, de vida pacata, e que se ausentou das ruas e cultos religiosos na cidade. As moças, belas, sempre esboçavam um sorriso comunicador, e transbordando alegria na boa convivência. Os rapazes, comunicativos e simpáticos, jamais deixaram passar qualquer ranhura na vida em família. A dignidade do lar, os laços de afeição vividos intra-muros sempre foram as colunas que os mantinham e irmanavam. Uma devoção à genitora que com certeza somente lhes incutia palavras engajadoras de conhecimento de vida, apreço ao bem-estar  e à convivência maior entre os demais citadinos.

A casa da Rua Nova tornou-se nas tardes ensolaradas um autêntico monastério. Havia uma reclusão de uma senhora de linda presença, ausente dos festejos natalinos nas ruas da cidade, um distanciamento dos cultos religiosos a que sempre tivera assiduidade, e, em contrapartida, respirava-se o ar e temperatura que exalava daquela família com filhos bem educados e todos se encaminhando nas sendas da vida.

Certas portas nunca se descerram, já dizia o excelente Graciliano Ramos. A leitura do tempo e o passar das gerações hão de ler nas consciências e corações atingidos toda uma razão de ser, e só os que viveram, vivem hão de guardar consigo os matizes e motivos de nossos passos certos ou erradios nessa existência. Importa o bem do ensinamento que ficou impregnado em cada vida, em cada filho, e a bonomia de viver entre os demais. Exemplos de mães que tudo fazem para poupar os filhos de aspectos negativos ou menores jamais fomentariam em suas consciências um futuro assassino, uma filha perdulária, um gestor irresponsável.

Uma mãe zelosa gestava dia a dia, antevendo o futuro dos filhos, a linha de conduta e encaminhamento nos passos das responsabilidades sociais futuras. E se fizeram homens e mulheres de reputação ilibada. O silêncio da genitora os acobertou contra as perversidades da vida mundana; seu enclausuramento de escolha  de mãe foi o longo preparatório da geração que viria ao mundo dar o seu sim de responsabilizações.

As preces do pai religioso os imunizou contra as pestes daninhas da sociedade de drogas e maus feitos. Se não juntos toda vida, num mesmo lar, mas se tornaram os genitores guardiões da célula maior da sociedade - a preservação dos filhos da influência perniciosa de um mundo já em desvario. E ficamos com a imagem do homem devoto, Sr. Balbino,  presente aos ensinamentos eclesiais, e a vida compungida e de recolhimento da senhora Luizinha, guardando-se no anonimato de viver, existir e de ser mãe  protetora. Os céus complementarão a leitura do que a nós não é dado compreender.


domingo, 15 de maio de 2016

HINO DA PADROEIRA DE MATA GRANDE – Germano


HINO DA PADROEIRA DE MATA GRANDE – O Autor foi padre em Água Branca.



FOI A VIRGEM DO CÉU



Foi a Virgem do Céu
Foi Nossa Senhora
Que escolheu este chão  e
Quis nele habitar
No Altar onde vives
No Altar onde moras
És dos filhos da terra
Ventura sem par


Eia sus, Mata Grande
Eia sus,  gloriosa
Revivendo feliz teu  antigo esplendor
Sob o manto real desta virgem formosa
Hoje canta com fé o teu hino de amor.



Destes vales e serras
Verdes campinas
Sobe aos céus Virgem Mãe
O amor maior dos filhos teus
Teu olhar de ternura e nós todos ensina
A viver como irmãos

Como filhos de Deus.



Guarda a todos do mal
Ó Virgem Maria
Mãe do Céu protegida  da culpa primeira
És a nossa esperança vem ser nossa guia
E abençoa teu povo
Ó Excelsa Padroeira.



Eia sus, Mata Grande
Eia sus gloriosa
Revivendo feliz teu  antigo esplendor
Sob o manto real desta virgem formosa
Hoje canta com fé o teu hino de amor.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

MATA GRANDE - DO PROTÉTICO AO IMPLANTODONTISTA - Germano


MATA GRANDE – Do Protético ao Implantodondista  - Germano

Quem viveu a sua adolescência nos anos  sessenta  em nossa  cidade, certamente deve lembrar do saudoso  protético Domingos Ferreira que posteriormente mudou-se para a cidade de Santana do Ipanema . Ele tratou das cáries dos nossos dentes ainda movimentando a broca com um pedal. Naqueles tempos  ainda extrai dois dentes, passando a usar uma chapa que carinhosamente chamávamos de “perereca”.
No ano de 1974, por motivos  profissionais passei a residir em outras cidades nordestinas locais aonde fiz outros tratamentos  dentários com diversos profissionais, tendo como destaque especial o meu amigo Doutor Antônio Lopes Canuto em Santana do Ipanema e a minha prima , Doutora Carine Malta em Maceió, profissionais de excelente competência.
Eis que agora me deparo com uma necessidade premente de efetuar uma implantodontia e por acaso encontro um amigo de longas datas na Igreja Matriz de Santana do Ipanema – Al., o jovem implantodontista  Doutor Gilmar Nobre que em conversas nos disse que era especialista na área, então,  acertamos o começo do tratamento, pensava eu que, em Santana do Ipanema, local onde fica situada a  sua clínica.
Para minha surpresa, posteriormente,  ele determinou que o trabalho seria efetivado em seu consultório localizado na Rua Eustáquio Malta (Rua da Cruz) local onde funcionava a farmácia de seu Dalvino Alencar, aqui no centro de Mata Grande.  O primeiro passo, foi a extração dos dois dentes incisivos, e implantação de quatro pinos, trabalhos efetuados com êxito pela sua equipe, composta pelo Dr. Reinaldo  de Pão de Açúcar -Al. Aguardo agora, as adaptações necessárias para o término dos trabalhos. Acredito que, depois, vou ficar rindo à toa.
Mata Grande, eu não sabia, conta hoje com diversos profissionais na área, trabalhando em diversos seguimentos dentários, inclusive, implantodontia, e pasmem, conterrâneos, filhos de nossos amigos.
Estamos realmente bem servidos. Motivo de orgulho para nós. O que falta é divulgação!





sexta-feira, 6 de maio de 2016

DIA DAS MÃES - Giuseppe Antidoro Ghiaroni




Dia das Mães



 Giuseppe Artidoro Ghiaroni



 Mãe! eu volto a te ver na antiga sala
Onde uma noite te deixei sem fala
Dizendo adeus como quem vai morrer.
E me viste sumir pela neblina,
Porque a sina das mães é esta sina:
Amar, cuidar, criar, depois... perder!


Perder o filho é como achar a morte.

Perder o filho quando, grande e forte,
Já podia ampará-la e compensá-la.
Mas nesse instante uma mulher bonita,
Sorrindo, o rouba, e a velha mãe aflita
Ainda se volta para abençoá-la


 Assim parti, e nos abençoaste.
Fui esquecer o bem que me ensinaste,
Fui para o mundo me deseducar.
E tu ficaste num silêncio frio,
Olhando o leito que eu deixei vazio,
Cantando uma cantiga de ninar.

 Hoje volto coberto de poeira
E te encontro quietinha na cadeira,
A cabeça pendida sobre o peito.
Quero beijar-te a fronte, e não me atrevo.
Quero acordar-te, mas não sei se devo,
Não sinto que me caiba este direito.

 O direito de dar-te este desgosto,

De te mostrar nas rugas do meu rosto
Toda a miséria que me aconteceu.
E quando vires e expressão horrível
Da minha máscara irreconhecível,
Minha voz rouca murmurar:``Sou eu!"


 Eu bebi na taberna dos cretinos,
Eu brandi o punhal dos assassinos,
Eu andei pelo braço dos canalhas.
Eu fui jogral em todas as comédias,
Eu fui vilão em todas as tragédias,
Eu fui covarde em todas as batalhas.


 Eu te esqueci: as mães são esquecidas.
Vivi a vida, vivi muitas vidas,
E só agora, quando chego ao fim,
Traído pela última esperança,
E só agora quando a dor me alcança
Lembro quem nunca se esqueceu de mim.


 Não! Eu devo voltar, ser esquecido.
Mas que foi? De repente ouço um ruído;
A cadeira rangeu; é tarde agora!
Minha mãe se levanta abrindo os braços
E, me envolvendo num milhão de abraços,
Rendendo graças, diz:"Meu filho!", e chora.


 E chora e treme como fala e ri,
E parece que Deus entrou aqui,
Em vez de o último dos condenados.
E o seu pranto rolando em minha face
Quase é como se o Céu me perdoasse,
Me limpasse de todos os pecados.


 Mãe! Nos teus braços eu me tranfiguro.
Lembro que fui criança, que fui puro.
Sim, tenho mãe! E esta ventura é tanta
Que eu compreendo o que significa:
O filho é pobre, mas a mãe é rica!
O filho é homem, mas a mãe é santa!



 Santa que eu fiz envelhecer sofrendo,
Mas que me beija como agradecendo
Toda a dor que por mim lhe foi causada.
Dos mundos onde andei nada te trouxe,
Mas tu me olhas num olhar tão doce
Que , nada tendo, não te falta nada.



 Dia das Mães! É o dia da bondade
Maior que todo o mal da humanidade
Purificada num amor fecundo.
Por mais que o homem seja um mesquinho,
Enquanto a Mãe cantar junto a um bercinho
Cantará a esperança para o mundo!

terça-feira, 3 de maio de 2016

UM MATAGRANDENSE EM MACEIÓ - Germano




Hoje na minha caminhada matinal resolvi dar um passeio pelo  Corredor Vera Arruda. Visualizei coisas lindas, senti o odor da verbena o que me fez recordar da minha querida mãe, que tinha no quintal da nossa casa lá em Mata Grande um pé daquela cheirosa planta cuja muda  recebeu de Penedo-Al.

Vi também, com bastante tristeza muitas  coisas destruídas e entregues ao relento, outras puídas por falta de conservação. Depois fui andar na orla da Jatiúca e para minha surpresa li a propagando da  Prefeitura Local que pedia a preservação do património público.

Foi aí que me lembrei de minha terra, cujas praças, parque de diversão para crianças, bustos de matagrandenses notáveis está há décadas abandonadas pelos poderes públicos e deterioradas por vândalos.

Então me perguntei: Será que na Capital também existem vândalos? O meu pensamento devaneou e com a assertiva da  minha própria resposta concluí que alguns gestores são os grandes vândalos do patrimônio público por que não dão a devida manutenção as obras  construídas por seus antecessores. Estas obras ficam sem vigias , portanto, a mercê dos demais vândalos. O interessante é que não existem leis que os punam severamente por nada fazerem em defesa  do patrimônio público.

Então, resta a você que esta lendo, quando em conversas informais, comentar que é fundamental a conservação das obras públicas. É uma prática natural e eficiente de cidadania. Consta nos estudos que, uma conversa ruim, atinge até dezesseis pessoas, no entanto, uma conversa boa atinge somente quatro pessoas, portanto, você tem o poder de eliminar quatro vândalos, quer esteja em Maceió ou em Mata Grande.