Segundo Augusto Miranda é um
substantivo feminino e quer dizer:
disfarce, refolho,fingimento, camuflagem.
Leia o que escreveu sobre o tema Mário Sergio Cortella:
“Algumas pessoas nos
festejam com uma alegria imensa, o que nos leva até a imaginar que estão querendo alguma coisa. Afinal de contas, como
dizia a música cantada por Ataulfo Alves: “Laranja madura, na beira da estrada,
tá bichada,Zé, ou tem marimbondo no pé”.
Nós sabemos da necessidade
de parte alegre da vida, da capacidade de juntos estarmos, mas, quando há
um certo exagero, colocamos o pé atrás.
O carioca Mariano Jose Pereira da Fonseca, Marques de Maricá, foi ministro da
Fazenda logo no início do nosso Império em 1823. Ele nos alerta:”Quem muito
nos festeja, alguma coisa de nós deseja”
. Claro que não é sempre assim, há pessoas que são sinceras no
festejamento quando nos encontramos , e há outras, que sabemos, dissimulam”.
Esta assunto chamou a minha
atenção por vários casos que passei no
decorrer da minha carreira profissional, pois, exercia o cargo de gerente geral de Agência do Banco do Nordeste
do Brasil,S/A. Um deles foi com um
próprio colega de trabalho. Ao chegar à Capital ele me avistava e dizia: Meu
Gerente! Chove lá no interior? Tempos depois deixei de ser gerente e vim
trabalhar na mesma agência que ele. Pela manhã ,
esse colega baixava a cabeça para não responder ao meu bom dia. Acontece
que, após alguns anos resolvi retornar a função de gerente e, pasmem,
aquele colega voltou a me tratar com a mesma atenção que
, doravante, vou chamar de dissimulação.
O mesmo aconteceu com um
cliente do interior de Canapi. Fazia a maior festa quando me via. Quando deixei
de ser gerente ele não me dava a menor
atenção. Quando voltei a ser gerente, eis que a dissimulação aflorou a todo vapor. E hoje nem olha em minha direção.
Em Mata Grande outro cliente, meu conterrâneo e adversário
pessoal, não nos falávamos há mais de dez
anos, adentrou pela agência e
quando me viu sentado na gerência, exclamou: Puxa, é você aqui? Sentou, tomou cafezinho
e passamos a ser camaradas novamente, muito embora que, após a minha
aposentadoria repetiu-se aquela máxima
que diz: AQUELE QUE DEIXA DE SER AMIGO É POR QUE NUNCA FOI”. Então, o puxa, é você aqui? Foi mais um fato que caracterizou uma dissimulação.