O SÍTIO BARREIRO – Germano
Hoje, 16.08.2015, eu e o meu
amigo Elias Bezerra combinamos de iniciar uma caminhada na casa dele, descendo
pela estrada antiga do Sítio Barreiro, indo até o Sítio Rio Grande e de lá retornar pelo asfalto.
Após o café matinal, iniciamos
a caminhada sob intensa neblina, que
molhava os nossos semblantes, uma das característica das serras matagrandenses.
O caminho, no entanto, está abandonado, não dando condições de trânsito para
carros de pequeno porte, tendo em vista os buracos, a lama e as ramagens que
cobrem as suas margens.
As terras são fecundas, principalmente as
baixadas, em face da abundância de água, haja vista as fontes perenes e o
riacho que corre pelo vale, onde os
capinzais e as matas, parte delas ainda
virgens, estão com um verde clorofila exuberante.
A última vez que passei por
lá foi no ano de 1958 quando o casal Moisés Alves Machado e Antônia Florentino
Villar comemoraram as bodas de ouro. Ele,
primo legitimo do meu avô Lucio Alves Bezerra e ela, tia da minha mãe Luiza Villar
de Mendonça. Passamos em frente a casa onde
relembrei o alpendre, as fotos em preto e branco, clicadas naquela
época.
Prosseguindo a nossa
caminhada, ao chegarmos a próxima residência perguntamos a um rapaz se o
caminho dava passagem para irmos até o sítio Rio Grande, tendo resposta
positiva. Perguntamos ainda se a casa era de Zé de Maroca e ele respondeu
afirmativamente. Então, decidimos fazer uma visita, pois o mesmo é nosso amigo
de longas datas e há muitos anos não conversávamos. Qual não foi a alegria dele
e da esposa em nos receber. Insistiram
para que tomássemos café, que foi servido com queijo de manteiga, pães e bolos.
Tivemos que aceitar porque é uma bondade do povo da nossa região.
O interessante é que nas
conversas, soube que Dona Maroca era casada
com Livino Alves Bezerra, irmão do meu avô, portanto, José Pereira dos Santos
(Zé de Maroca) era primo legítimo do meu pai Balbino Alves Bezerra. Aí um
abraço de primos foi inevitável.
Perguntei a ele de quem era
uma casa abandonada, construída com pedras e ele disse que era de Pedro Inácio,
cuja família era dos Quirinos da finada Maria Roque. Acrescentou que o homem
era rico e lá funcionava uma loja de tecidos. Que o homem era trabalhador
porém, dizia que “ os barreiristas são uns amarelos e carregam a abertura
pendurada no pescoço”. Isto fazia com que ele fosse estranho com os residentes no sítio. O resultado dele foi triste, pois faleceu
pobre e quem cuidou dele foi o Teodóro
Alves Bezerra tio de meu pai, conhecido como Doro Barros.
Despedimo-nos e seguimos
para o Sítio Rio Grande aonde chegamos numa residência que funciona como bar e pedimos um guaraná de litro e um prato
de carne de carneiro com feijão verde e verdura. Depois retornamos à residência
de meu amigo Elias, pelo asfalto. Lá fomos recebidos por Dona Vina, sua esposa,
com um lauto almoço.
Foi um domingo maravilhoso,
graças a Deus!
Eh amigo, que prosa saudosista essa 💝👏👏👏👏
ResponderExcluirObrigada!