quarta-feira, 19 de agosto de 2015

NO BRASIL É UM CASTIGO SE APOSENTAR - Germano


 

NO BRASIL É UM CASTIGO SE APOSENTAR - Germano

 

Com dezenove anos de idade, ingressei no BNB como  Praticante de Escritório. Dois anos depois já era Chefe de Setor,  em seguida , Gerente de Agência. Devido aos cargos ocupados sempre contribuí para uma aposentadoria de  vinte salários mínimos que  hoje seria em torno de  R$ 15.000,00. Após contribuir muito, o Governo baixa para dez salários mínimos, sem devolver, é claro, o que arrecadou anteriormente.  E hoje recebo o equivalente a  três salários mínimos.

As manchetes  abaixo  nos dão uma ideia da  falta de compromisso do Governo para com os aposentados da Nação.

“Em uma década, teto da Previdência cai de dez para seis salários mínimos”.

“Ao longo de uma década, despencou a desigualdade entre os aposentados que recebem o maior valor autorizado pela legislação e os beneficiários do piso previdenciário, equivalente ao salário mínimo”.

“O teto do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) será fixado em algo próximo a R$ 4.392,00 equivalentes a seis vezes o piso.”

“Em janeiro de 2004, as aposentadorias mais altas excluídas, é claro, às pagas no regime dos servidores públicos  equivaliam a dez salários mínimos.”

Lembro que tínhamos o IAPB, Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários que funcionava bem. Depois o governo fez a incorporação dos institutos, criando outros como IAPAS ,INPS ,INSS etc.

Lembro também, que há alguns anos foi criado o  FUNRURAL para beneficiar os trabalhadores rurais que nunca contribuíram com nada e ele Governo, arcava com as despesas. Até aí tudo bem, pois o agricultor merece, face o nível de pobreza em que vive, todavia, alguns espertinhos brasileiros conseguiram criar uma rede de quadrilhas que  conseguiam aposentadorias indesejáveis através de falcatruas. Passado alguns anos  as despesas foram incorporadas ao INSS e isso deu ao Governo o direito  de  dizer que a Previdência Social estava dando prejuízos.  Ora, ele próprio acelerou as despesas do Instituto e passou a não dar aumentos reais. O resultado foi este, castigar os aposentados da nação.

Os aposentados que tiveram redução consubstancial em suas aposentadorias, para receber o que lhes  é devido  são obrigados a ingressar com ações judiciais para obrigar o INSS a lhes pagar o que é de direito, e isto demora muitos  anos.

 

 

terça-feira, 18 de agosto de 2015

UM DIA AS PESSOAS MORREM NA GENTE-



UM DIA AS PESSOAS MORREM NA GENTE

É isto, nada além: um dia as pessoas morrem na gente. Pode ser um amigo que parece não se importar mais ou então aquele que te...lefona só quando quer ajuda, um amor que gastou todas as chances que tinha e nem toda dedicação do mundo comoveu, um primo de longe, qualquer um. Pode ser a criança que um dia morou dentro da gente, o sujeito que viajou pra longe sem dar adeus ou dizer que ia ou o visitante que chegou e nem ao menos um oi. Um dia as pessoas morrem na gente.

Pode ser um dia qualquer, como hoje ou ontem ou a terça passada, um dia de agosto ou no meio do carnaval, um dia de formatura ou até no ano novo, um dia de vento sul ou calor dos infernos, de vestido curto ou jeans surrado, de boca nervosa ou falta de apetite, de cabelo desgrenhado ou os cachos no lugar.

Um dia as pessoas simplesmente morrem na gente, e a gente esquece as tardes divertidas que passou no boteco, a esperança que alimenta quando ainda não viveu muito, a promessa de nunca esquecer; a gente esquece que um dia quis ficar junto pra sempre, que jurou um monte de coisas. A gente faz força pra esquecer, porque sabe que precisa. É isto, nada além: um dia as pessoas morrem na gente, embora continuem vivinhas da silva.

 

domingo, 16 de agosto de 2015

O SÍTIO BARREIRO - Germano










O SÍTIO BARREIRO – Germano

Hoje, 16.08.2015, eu e o meu amigo Elias Bezerra combinamos de iniciar uma caminhada na casa dele, descendo pela estrada antiga do Sítio Barreiro, indo até o Sítio Rio  Grande e de lá retornar pelo asfalto.

Após o café matinal, iniciamos a caminhada sob intensa  neblina, que molhava os nossos semblantes, uma das característica das serras matagrandenses. O caminho, no entanto, está abandonado, não dando condições de trânsito para carros de pequeno porte, tendo em vista os buracos, a lama e as ramagens que cobrem as suas margens.

 As terras são fecundas, principalmente as baixadas, em face da abundância de água, haja vista as fontes perenes e o riacho que corre  pelo vale, onde os capinzais  e as matas, parte delas ainda virgens, estão com um verde clorofila exuberante.

A última vez que passei por lá foi no ano de 1958 quando o casal Moisés Alves Machado e Antônia Florentino Villar comemoraram as bodas de ouro.  Ele, primo legitimo do meu avô Lucio Alves Bezerra e ela, tia da minha mãe Luiza Villar de Mendonça.  Passamos em frente a casa  onde  relembrei o alpendre, as fotos em preto e branco, clicadas naquela época.

Prosseguindo a nossa caminhada, ao chegarmos a próxima residência perguntamos a um rapaz se o caminho dava passagem para irmos até o sítio Rio Grande, tendo resposta positiva. Perguntamos ainda se a casa era de Zé de Maroca e ele respondeu afirmativamente. Então, decidimos fazer uma visita, pois o mesmo é nosso amigo de longas datas e há muitos anos não conversávamos. Qual não foi a alegria dele e da esposa em nos receber.  Insistiram para que tomássemos café, que foi servido com queijo de manteiga, pães e bolos. Tivemos que aceitar porque é uma bondade do povo da nossa região.

O interessante é que nas conversas,  soube que Dona Maroca era casada com Livino Alves Bezerra, irmão do meu avô, portanto, José Pereira dos Santos (Zé de Maroca) era primo legítimo do meu pai Balbino Alves Bezerra. Aí um abraço de primos foi inevitável.

Perguntei a ele de quem era uma casa abandonada, construída com pedras e ele disse que era de Pedro Inácio, cuja família era dos Quirinos da finada Maria Roque. Acrescentou que o homem era rico e lá funcionava uma loja de tecidos. Que o homem era trabalhador porém, dizia que “ os barreiristas são uns amarelos e carregam a abertura pendurada no pescoço”. Isto fazia com que ele fosse estranho com os  residentes no sítio.  O resultado dele foi triste, pois faleceu pobre e quem cuidou dele foi o  Teodóro Alves Bezerra tio de meu pai, conhecido como Doro Barros.

Despedimo-nos e seguimos para o Sítio Rio Grande aonde chegamos numa residência que funciona como  bar e pedimos um guaraná de litro e um prato de carne de carneiro com feijão verde e verdura. Depois retornamos à residência de meu amigo Elias, pelo asfalto. Lá fomos recebidos por Dona Vina, sua esposa, com um lauto almoço.

Foi um domingo maravilhoso, graças a Deus!


sexta-feira, 14 de agosto de 2015

AMBIÇÃO - Germano


 

AMBIÇÃO- Germano
Ambição quer dizer: desejo de poder, de glória, riqueza, aspiração imoderada, pretensão cobiça.
Nada mais temeroso que o ser humano, quando consegue o poder e é dominado pela ambição.
Não resta a menor dúvida de que é importante que se tenha ambição na vida, todavia, que seja  uma virtude, sobre o assunto veja o que escreveu Màrio Sergio:
“É muito importante que se tenha ambição na vida. Mas entendida como uma virtude e não como um vício. A Ambição de querer saber mais, de conhecer mais, de querer uma carreira mais estruturada, uma condição material mais extensa. Isso é ambição, que leva à capacidade de se fazer elevar as coisas que se tem.
Nesse sentido, a ambição se diferencia da ganância, que é querer só para si, a qualquer custo. E  é um custo que jamais deve ser pago, porque é eticamente apodrecido. A ambição movimenta a capacidade de buscar mais e melhor.
O filosofo espanhol Miguel de Unamuno dizia que “ quem não sente a ânsia de ser mais não chegará a ser nada. É preciso ter um projeto, um desejo de elevar-se, de ir adiante, de crescer, não só para si, nem a qualquer custo.”
Ao longo dos anos tenho observado o desgaste que a ambição desenfreada  tem submetido alguns amigos a situações de penúria, principalmente na saúde, face as noites mal dormidas com preocupações e ânsias de crescimento a qualquer custo, porque a humildade não toma assento e é esmagada pelo desejo  incontrolável de se destacar no seu convívio laboral e social.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

TRIBUTO A LUIZ GONZAGA - Filoca


 
 
 

02/08/2015 26 ANOS DA MORTE DE LUIZ GONZAGA.

TRIBUTO A LUIZ GONZAGA

 Peço ao nosso criador
 que me dê inteligência
pra falar do grande gênio
 e de sua competência


 De nome Luiz Gonzaga
 homem de bom coração
 foi o melhor sanfoneiro
que nasceu lá no sertão


 Nas quebradas dos sertões
 nas terras do céu azul
 nasceu este sanfoneiro
 no município de Exu


 Filho do seu Januario
 a mãe chamava-se Santana
 E foi lá em Pernambuco
 que aprendeu tocar sanfona

 
 Nos meus tempos de crianças
 Nas festinhas de são João
 Só tocava um sanfoneiro
 Luiz o nosso rei do baião

 
Agradou de norte ao sul
do nosso grande pais
O som que mais se tocava
Era as músicas do Luiz

 
Falava da grande seca
que tanto nos castigava

do sofrimento do povo
Nas músicas ele relatava


 Já cantou triste partida
 A feira de Caruaru
Também o meu pé de serra
 E o buraco de tatu

A volta da asa branca
Juazeiro e Petrolina
A moda da mula preta
O cheiro da Carolina

 
Assum preto e velho macho
Olha a pisada e frei Damião
Maceió e Juazeiro
pau de arara e pássaro carão

 
Apologia ao jumento
mais o xote das meninas
olha pro céu meu amor
e também cintura fina

 
Ta danado de bom
fumando cigarro de palha
contando uma lorota boa
Em sua rede de malha


 Como é regra em nossas vidas
 ninguém fica pra semente
 agosto de oitenta e nove
 Deus o levou para sempre


 Em sua cidade natal
 que ele falava tanto
 Até hoje o povo chora
 Vivem em eterno pranto


 Deus do céu que me perdoe
 se for pecado o que eu digo
 um homem como Gonzaga
 não devia ter morrido


 Rogamos ao criador
que não nos deixe na mão
 nos mande o substituto
 do nosso rei do baião


 Vinte e um anos se passaram
 ainda não apareceu ninguém
 pra substituir este o homem
 Em nenhum lugar não tem


 O povo do meu nordeste
 que sempre foram festeiro.
 Perderam o grande motivo
 o velho e bom sanfoneiro


 Deus sabe bem o que faz
 pois ele é o grande mestre
 Levou para trabalhar com ele
 o grande rei do nordeste


 Só resta pedir a Deus
 mesmo em forma de oração
 que dê o céu por descanso
 Para o nosso rei do baião.



 ESTES VERSOS SÃO DE MINHA AUTORIA
A UTILIZAÇÃO É LIVRE PARA TODOS.
Zezinho de Laura ( Filoca )