A VINGANÇA – Germano
Vingança – s.f. – Ato ou efeito de vingar, desforço, desforra,
castigo, represália, vindita. (Augusto Miranda).
O nordestino é reconhecido
nacionalmente pelo desejo de vingança, fruto da cultura reinante em quase todos
os estados e que passa de pais para filhos, muito embora, com um declínio bastante acentuado nas últimas gerações, tudo isso, devido a melhoria dos estudos nas
escolas públicas municipais onde os filhos dos sertanejos ruralistas tem
assento nas escolas e lanchonetes das cidades. Como passaram a viver em
comunidades mais evoluídas, ficaram mais tolerantes. Com o
advento do celular, que proporciona maior ligação entre os integrantes das comunidades urbanas e rurais os relacionamentos de amizade subiram a níveis admiráveis.
Os jovens da zona rural não
tinham acesso aos bailes das cidades interioranas, hoje em dia eles participam
até das comissões que organizam as
festas. Esse convívio social tem
modificado o pensamento vingativo das novas gerações, que passaram a dispensar
pequenas afrontas, fruto também, da mídia e das facilidades de locomoção
atualmente existentes.
Não resta a menor dúvida de
que ainda existem famílias que permanecem com o que se chama de “carrancismo”
onde ainda prevalece o desejo de vingança. Estes costumam agir à margem da lei,
fazendo justiça ao seu bel prazer, ignorando as consequências que os seus atos
possam trazer.
Perdoar ainda é difícil e
isto faz parte da natureza humana.
Vejam o que disse Mário
Sergio Cortella, sobre o assunto:
Nas nossas cidades não tem
sido incomum situação de violência inacreditável – mas não o será para sempre. Ficamos imaginando como um ser humano
é capaz de fazer aquilo. E aí vem o desejo de vingança, de colocar em cena o famoso “olho por olho, dente por
dente”, a clássica Lei de Talião, que é
uma expressão que vem do latim, do “tal
e qual”. Tal isso, tal aquilo. Talião
não era um lugar, mas uma expressão latina tal e qual , talis (tal, igual).
Lembremos o líder indiano Mahatma Gandhi, que foi um
pessoa que pensou na possibilidade de enfrentamento sem violência de
resistência pacífica – não a inação, o conformismo, mas o combate à violência
sem o uso de uma violência idêntica.
Ele dizia “Olho por olho e o
mundo fica cego”.
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