segunda-feira, 13 de julho de 2015

A VINGANÇA - Germano


A VINGANÇA – Germano

Vingança – s.f. – Ato  ou efeito de vingar, desforço, desforra, castigo, represália, vindita. (Augusto Miranda).

O nordestino é reconhecido nacionalmente pelo desejo de vingança, fruto da cultura reinante em quase todos os estados e que passa de pais para filhos, muito embora, com  um declínio bastante acentuado  nas últimas gerações,  tudo isso, devido a melhoria dos estudos nas escolas públicas municipais onde os filhos dos sertanejos ruralistas tem assento nas escolas e lanchonetes das cidades. Como passaram a viver em comunidades  mais evoluídas, ficaram mais tolerantes. Com o advento do celular, que proporciona maior ligação entre os integrantes das  comunidades urbanas e rurais os relacionamentos de amizade subiram a níveis admiráveis.

Os jovens da zona rural não tinham acesso aos bailes das cidades interioranas, hoje em dia eles participam até das comissões  que organizam as festas.  Esse convívio social tem modificado o pensamento vingativo das novas gerações, que passaram a dispensar pequenas afrontas, fruto também, da mídia e das facilidades de locomoção atualmente existentes.

Não resta a menor dúvida de que ainda existem famílias que permanecem com o que se chama de “carrancismo” onde ainda prevalece o desejo de vingança. Estes costumam agir à margem da lei, fazendo justiça ao seu bel prazer, ignorando as consequências que os seus atos possam trazer.

Perdoar ainda é difícil e isto faz parte da natureza humana.

Vejam o que disse Mário Sergio Cortella,  sobre o assunto:

Nas nossas cidades não tem sido incomum situação de violência inacreditável – mas não o será para  sempre. Ficamos imaginando como um ser humano é capaz de fazer aquilo. E aí vem o desejo de vingança, de colocar  em cena o famoso “olho por olho, dente por dente”, a clássica Lei  de Talião, que é uma expressão que vem do latim, do  “tal e qual”. Tal isso, tal aquilo.  Talião não era um lugar, mas uma expressão latina tal e qual ,  talis (tal, igual). 

Lembremos  o líder indiano Mahatma Gandhi, que foi um pessoa que pensou na possibilidade de enfrentamento sem violência de resistência pacífica – não a inação, o conformismo, mas o combate à violência sem o uso de uma violência idêntica.

Ele dizia “Olho por olho e o mundo fica cego”.

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