quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

O CARNAVAL MATAGRANDENSE - Germano


 
 
 
Chegou mais uma época carnavalesca e naturalmente o pensamento se volta para os grandes carnavais vividos em Mata Grande.
O carnaval é uma festa pagã e começou pelo costume de se fazer um período de longa duração onde a abstinência e o jejum predominavam daí o nome “adeus à carne” que em latim se escreve como “carnis levale”, surgindo então o nome carnaval. Havia muitas festas extravagantes onde se brincava conforme o costume de cada  região.
Acredita-se que foram os gregos que o inventaram depois a igreja Católica adotou as festas para que o jejum fosse adotado até a quaresm
Por isto foi adotado de maneiras diferentes entre várias partes do mundo, sendo que Paris foi   quem mais exportou a festa para outras cidades, inclusive,  para o Rio de Janeiro  que  com  suas escolas de samba,  é considerado o maior carnaval do mundo, as quais, já foram adotadas também por São Paulo. Isto sem esquecer Recife que hoje concentra o maior bloco carnavalesco do mundo. O galo da madrugada.
Os portugueses foram os nossos colonizadores e trouxeram o hábito, inclusive o de jogar maisena, farinha de trigo, água e ovos nas pessoas que brincavam. Já nos salões, as fantasias, confetes, serpentinas e lanças perfumes davam a tônica da animação.

O primeiro grito  de carnaval oficial de rua no Brasil foi realizado em 1884, em Salvador, na Bahia. No início era uma espécie de imitação do Carnaval de Veneza,com todo o luxo que o desenvolvimento da cidade baiana, na época permitia.
Já o frevo, um dos mais populares ritmos do Brasil, grudado no DNA do povo pernambucano, esse  ritmo faz o sangue de milhões de foliões ferver ou “frever”. Uma adaptação em bom “pernambuquês” para o termo ferver virou assim a designação de um dos ritmos mais fascinantes da música popular Brasileira (Fonte Revista Agerip)
E assim ele também chegou a Mata Grande, onde os frevos e marchas carnavalescas pernambucanas dominam os salões de festas.

Logo que chegava o sábado, o bloco do Zé Pereira, saia pelas ruas , juntamente com Mariquinha e Juvenal, anunciando um excelente carnaval com a música:

VIVA ZÉ PEREIRA
VIVA JUVENAL
VIVA MARIQUINHA
TODOS TRÊS NO CARNAVAL.
O carnaval de Rua em Mata Grande era o melhor do alto sertão, principalmente o da terça feira onde  foliões de Maceió, Delmiro Gouveia, Inajá, Inhapi e Canapi sempre marcavam presença, animando os blocos do mela, mela, rasga camisas e outras brincadeiras.
Na segunda feira não tinha como não prestigiar o bloco do URSO PRETO comandado por seu Joaquim de Belo, saindo da Rua Nova,  cuja música era mais ou menos assim:
MAS COMO FOI
MAS COMO É
O URSO PRETO 
TÁ NA ARCA DE NOÉ.

TODO MUNDO JÁ DIZIA
QUE ESTE URSO NÃO SAIA
MAS O URSO ANDA NA RUA
COM PRAZER E ALEGRIA.

Na terça feira outro bloco famoso era o do BACALHAU que saia do Mandacaru sob o comando de João Caju e a música dizia:
OLHA O BACALHAU
PRA MIM É UM COLOSSO
AZEITE COM VINAGRE
O SALGADO E O INSOSSO.
A noite havia no Mercado da Farinha o baile com as fantasias. Posteriormente, a política local dividiu a sociedade matagrandense com a criação do PAZ E AMOR CLUBE. Eram dois grandes bailes o que formou dois grandes blocos nas ruas, divididos e  que não poderiam se cruzar nas ruas pois as insinuações provocavam brigas.
Paulatinamente, famílias foram deixando de se deslocar para passar o carnaval em Mata Grande que, com o surgimento das bandas e palanques armados no meio da rua tornaram o carnaval da cidade menos atraente. Hoje em dia os conterrâneos fazem é se deslocar para outras cidades a fim de se divertirem melhor. E aos poucos, foi perdendo a graça. Às vezes se anuncia um carnaval como antes, mas não se consegue a alegria e a beleza que o tempo levou.

 
 

domingo, 1 de fevereiro de 2015

O PAPEL DO VEREADOR - Germano


O PAPEL DO VEREADOR.

                             
“Cabe ao vereador, mostrar os problemas da comunidade e buscar providências junto a quem de direito”.


Mas não é só isso, Cabe-lhe também a função de fiscalizar as contas do Poder Executivo Municipal e do próprio Legislativo.


Um dos pré-requisitos da democracia é a existência de um Poder Legislativo independente. Sem isso, a  a democracia é deficiente, capenga. No Brasil, apesar das leis falarem claramente em "poderes independente e harmônico entre si", ainda falta muito para que isso vire realidade.

                                                                      
Lamentavelmente, as contradições começam a nível nacional e estadual, quando temos parlamentares, em sua maioria, subservientes e fieis aos interesses políticos e econômicos do Executivo.


Em especial, com raras exceções, nas Câmaras Municipais, é vergonhoso. Prefeitos detêm a maioria dos vereadores os quais mantêm com um empreguinho para esposa, um benefício aqui, outro ali... e assim, o edil fica cada vez mais distante do verdadeiro papel do vereador, passando a ser apenas um encabrestado, boneco de marionete.
Isso vem de longe. São os costumes "coronelísticos" que persistem como herança política da Republica Velha.

Cabe ao vereador, expor os problemas da comunidade e buscar providências junto Cabe aos órgãos competentes, mas não é só isso, cabe-lhe também a função de fiscalizar as contas do Poder Executivo Municipal, os atos do Prefeito, denunciando o que estiver ilegal ou imoral à população e aos órgãos competentes. Portanto, o vereador é o fiscal do dinheiro público, também vale lembrar que pela estrutura Cabe social brasileira, ao vereador é sempre cobrada a função de assistente social.

Isso vem de longe. São os costumes "coronelísticos" que persistem como herança política da Republica Velha.


“Vereador consciente contribui efetivamente para o desenvolvimento humano do seu município, ajudando o povo a pensar e se organizar”.