domingo, 27 de dezembro de 2015

MALDITO O HOMEM QUE CONFIA NO HOMEM- Joelder Pinheiro


“Maldito o homem que confia no homem”

Seminarista Joelder Pinheiro Correia de Oliveira

 

            De modo preliminar, vale ressaltar que não intencionamos fazer uma análise teológica deste versículo bíblico de Jeremias 17, 5, mas propomos uma reflexão antropológica da condição existencial do homem que está em constante relação com o seu semelhante.

            O homem não é uma ilha encerrada em si mesma, não é uma solidão carcerária e sombria, não é um grão de areia no meio do nada. O homem é relação, é abertura ao mundo e saída de si, do seu eu, para encontrar com o outro, numa relação não de desfiguração, mas de complementaridade. Deste modo, a identidade particularizadora do ser se afirma e reafirma na diversidade do outro, vislumbrando no semelhante aquilo que lhe falta.

              Ao se reconhecer e se afirmar enquanto uma identidade pessoal, o homem será capaz de sair de si mesmo com segurança e coerência para ir ao encontro do seu semelhante. É sobre esta saída de si que trataremos. De imediato podemos nos perguntar: se o homem é um ser relacional, por que ele é “maldito” ao confiar no outro? Não deve haver, portanto, confiança nas relações humanas? Veremos adiante.

            Poderíamos procurar diversas explicações filosóficas, sociológicas, históricas ou, quiçá, teológicas para dar respostas plausíveis, entretanto, acreditamos que a própria experiência, como mestra e pedagoga elevada, pode responder categoricamente. Vale ressaltar que maldita não é a confiança, esta é uma capacidade nobre da pessoa.

Existem muitas pessoas com feridas enormes e dolorosas causadas pela confiança depositada em outrem. Nas diversas esferas das relações humanas a confiança pode ser transformada na espada que trespassará a alma. É o que se constata no fim de matrimônios feridos pela traição, nas amizades findadas pela falsidade e indiferença, nos negócios relegados à trapaça, na dissolução de vínculos familiares pela ambição e avareza e etc.

            Em outras palavras, nenhum ser humano é tão perfeito a ponto de nunca falhar, ninguém é tão pronto a ponto de nunca precisar repensar e se corrigir. O homem caminha sempre entre o ‘seu ser’ (aqui e agora) e o que ‘deve ser’ (o ser que almeja), num caminho ascendente de perfeição pessoal que não alcançará de modo pleno na terra. Como as relações sempre acontecem no presente, elas sempre estarão sujeitas à decepção porque o homem ainda está em caminho. Contudo, mesmo o homem estando em ‘construção’, suas falhas não se justificam a si mesmas, a ponto de se pensar que é assim mesmo e pronto! Deve-se lutar contra elas e superá-las para o próprio bem e para o bem dos outros.

            Partindo desses pontos, ousamos fazer uma releitura do versículo: maldito não é somente o homem que confia no outro, mas, muito mais maldito é aquele que fere a confiança de alguém, que joga na lama uma capacidade tão nobre, que escarnece de tão profunda atitude. Sendo assim, a maldição não consiste em confiar nas lutas pela coerência de vida, pelo desejo de mudança, pela busca da fidelidade, pela verdade das atitudes ou pela nobreza das ações que estão presentes no ser humano, mas consiste – a maldição – em querer confiar, quase que cegamente, na fantasia de que as pessoas são infalíveis, que se bastam e que as tendo ao seu lado não se precisa de mais nada, nem de Deus.

            Por fim, como se constatou, grande é o risco de decepção ao confiar em alguém, contudo, a confiança é primordial para a construção das relações humanas, confiando não na infalibilidade do ser humano, mas na sua sincera e coerente busca pelo bem para si mesmo e para o outro, por meio de uma vida virtuosa, íntegra e idônea.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

É MANHÃ EM MATA GRANDE - José Fagner


É manhã em Mata Grande. Sinto bater com suavidade em meu rosto uma brisa matinal, uma brisa bem diferente das que já tenho sentido. Quando me ausento desta terra querida e quando o amanhecer desponta em terra estranha, logo me vem a vontade de comparar: será que o amanhecer desse lugar se parece com o de Mata Grande?

Ao me expor em terra estranha, pela manhã, aí percebo que nada se assemelha com a minha terra. Na minha terra, bem cedinho, tem brisa, tem o raiar do sol, tem noite se dissipando, tem o apagar das luzes. Tem banda tocando, tem pássaros cantando, tem a sinfonia das cigarras, tem o burburinho dos animais. E tem gente se acordando para um novo dia! Tem trilha, tem o ar puro, tem a relva das serras, tem perfume no ar. Eu não sei de onde vem esse perfume! Se da relva, se das serras, se das matas... só sei que eu sinto essa fragrância matinal que me faz bem. Aí eu vejo que nada se compara com o meu lugar.

O meu lugar é único, é lindo e é muito bom de viver. E ao passar o matutino, já recebo com ansiedade o vespertino, pois a alvorada já se foi. E estonteado de imaginação, logo me vejo assentado no mirante de pedras do Monte Santo, pois, sendo final de tarde, é de lá que em meio ao sussurro da ventania, contemplo mais um belo pôr do sol. Então o dia vai se findando, o sol tão empolgante se despedindo por trás dos montes e a penumbra sorrateiramente vai invadindo todo lugar, a começar pela fonte do Cumbe, a fonte-mãe de Mata Grande.

 E do alto do Monte Santo, sem querer perder nenhum detalhe de vista, os meus sentidos observam grandeza da natureza, revelada como um fascínio, pois não sendo dia e nem noite, o crepúsculo de cor alaranjado e a penumbra da tarde se misturam com o acender das luzes, tornando ainda mais o momento surpreendente, espetacular, fascinante. E ao vislumbrar tanta beleza, daqui do alto, ainda contemplo focos de luzes pontilhando toda cidade, a começar por suas ruas aladeiradas e a Serra da Onça tão apreciada e tão gigante aos nossos olhos, sendo ofuscada pela escuridão da noite. E percebendo que o tempo se foi e que o vento veloz ainda sopra sobre mim e que a hora de recolher-me em meu aposento chegou, então, com a saudade batendo forte em meu peito, digo: já vem raiando um novo dia! Logo, será manhã em Mata Grande!
José Fagner
(Fagner Box)

 

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

O FINAL DO ANO EM MATA GRANDE - Germano




 

Brasília (DF), 21 de dezembro de 2015.
 

Amanhã vai ser a primeira noite de novena, início das festividades alusivas a Nossa Senhora da Conceição com as nove noites, cujas organizações ficam a cargo dos integrantes da comunidade matagrandense. Por estar em Brasília vou tentar divulgar a programação diariamente no facebook, porém, a exemplo dos outros anos, acredito que pouca coisa deve mudar.

No dia vinte e quatro e vinte e cinco as festas tem uma conotação diferente, face às festividades de Natal, onde após a missa, as famílias se reúnem para as comemorações de praxe, com jantares diferenciados, amigos secretos e troca de presentes.

É um momento propício para elevar o pensamento a Jesus Cristo, e agradecer pelos benefícios alcançados no decorrer do ano e pedir perdão pelas ofensas proferidas aos semelhantes, porém, àquele que não conseguir, deve se omitir de rezar o Pai Nosso até que consiga se livrar das asneiras que rondam o seu pensamento.

Prosseguindo, vem o tão aguardado dia do final de ano, com a missa do galo, festas dançantes, leilões e no dia primeiro de janeiro, dia da Confraternização Universal, a tradicional procissão que empolga a todos os conterrâneos e visitantes.

Vale ressaltar que os matagrandenses ausentes também tem uma noite de novena a eles dedicada e uma grande maioria faz o impossível para estar presente na cidade nesta última semana do ano, deslocando-se de longínquas terras onde escolheram para trabalhar e residir.

O momento torna-se propício, para orarmos também, pela paz e desenvolvimento cultural e emocional dos nossos conterrâneos, pela saúde, para que se possa trabalhar em busca de uma economia familiar e comunitária, pelos nossos governantes para que consigam dirigir com seriedade e ética os destinos que todos almejam, buscando sempre, a melhoria da saúde, educação, transporte e acima de tudo a segurança pública, proporcionando assim, o bem estar e uma melhor qualidade de vida para os habitantes do município.

É também, o momento oportuno para desejarmos um feliz natal e próspero ano novo aos nossos leitores e familiares.

 

domingo, 20 de dezembro de 2015

O VENTO -


O VENTO


“Novamente, detenho a minha atenção em determinado fenômeno da natureza, desta feita, o vento.

Extasia-me todas as obras do Criador, por meio das quais angario inspirações, moldes para escrever prosas e versos e a felicidade de ser participante deste mundo maravilhoso recebido gratuitamente, sem qualquer reembolso.

Tenho ouvido o seu cantarolar, sob a forma de gemidos e assobios, nesta madrugada dormente e em tantas outras, como se me convidasse a presenciar a possível aparição do sol.

Atravesso, imaginariamente, para o verdadeiro mundo criado por Alguém que jamais assinou qualquer uma das suas obras; no entanto, são reconhecidas e exaltadas por todos os viventes, dispensando a imitação de qualquer uma delas, por mais competente que seja o autor.

E desafiando este conjunto de metáforas, linguagens geradoras de uma poesia simples e verdadeira, passo a escutar o sussurrar do vento, tangendo a ramagem das árvores mais próximas e alcançando todas as outras que bordam o mundo, ultrapassando todos os limites, penetrando em todos os lugares.

Retém os segredos mais invioláveis, mistérios indecifráveis, sem espalhá-los com os seus assobios agudos. Flauteia constantemente canções inéditas, pois os fenômenos da natureza não se repetem.

Rodopia dia e noite, mas oculta a assinatura de quem o instalou pelas faces do mundo. Cada instante, tudo é diferente: as flores, as ramagens das árvores, desde as mais raquíticas às mais frondosas, que se espreguiçam e se balançam, ao seu toque fraterno, pois o Artista que edificou o universo, não admite cópias.

É responsável e oculto, porém real. Jamais o vimos. Os seus ensinamentos prevalecem nos caminhos a serem trilhados por nós, quando os buscamos com fé e comunhão.

E interrogo, neste momento:- Quem criou tantas maravilhas, quem as fez cumprir horários, benefícios, sem o auxilio de qualquer ciência ou instrumentos dos mais sofisticados ao mais simples?

– Onde se encontra Aquele autor soberano que imaginou tantas diversidades e se escondeu, após fazer tantas obras, um universo diferenciado, sem falhas, sem repetições?

– Onde escondeu o seu autógrafo? Afirmamos que nada nos pertence; apenas somos adeptos a cópias que tentamos imitar fragilmente.

Esse Cientista único, não necessita de rubricar Suas obras, pois quer sejamos crédulos ou ateus, gênios ou ignorantes, jamais recriaremos algo semelhante a mais invisível das suas obras!!”

NOTA: Estou publicando para abrilhantar a nossa cultura, todavia,  o autor é ignorado.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

O ÁLCOOL E SUAS CONSEQUÊNCIAS - Germano


O ÁLCOOL E SUAS CONSEQUÊNCIAS    Germano

O álcool, substantivo masculino, é um líquido incolor, volátil, com cheiro e sabor típico, obtido pela fermentação de substâncias açucaradas ou amiláceas, ou por processos sintéticos. É uma bebida espirituosa,  segundo o pequeno dicionário de  Aurélio.

O álcool é  também uma substância tóxica,  conhecido ainda  como etanol  originado da tradicional cana de açúcar e, ao longo dos anos chamado de aguardente. É também uma bebida conhecida  pelo nome de cachaça. A sua descoberta foi genuinamente brasileira e pasmem, pelos escravos que trabalhavam nos engenhos. Eles colocavam as tibornas do fabrico de rapaduras para ferver e notaram que saia uma água (vapor) que  se transformava em água que ardia quando consumida, daí o nome: aguardente.  Quem o toma  constantemente tem o cérebro e todos os demais órgãos  alterados, principalmente o fígado , que tem levado inúmeros matagrandenses para a cidade dos pés juntos, cujos abrigos estão lá no bairro do Mandacaru recebendo  pessoas desde 1924.

É também o grande causador da grande maioria das desavenças existentes nas sociedades, pois, origina muitas separações de casamentos, vínculos empregatícios, provoca acidentes de trânsito e leva as pessoas a adotarem os mais variados  tipos de comportamentos sociais, inclusive, tirar a vida do semelhante.

Como  é uma droga, tem o poder de viciar as pessoas que iniciam dizendo que bebem socialmente, que o utilizam somente nos finais de semana e gradativamente, vão absorvendo em maiores quantidades.
Os males que causam são tão evidentes que nas propagandas recomendam usa-lo com moderação, coisa difícil de acontecer. Ultimamente, a Lei Seca, tem barrado o seu consumo. O brasileiro, muito criativo, quando é dono de um bar, em algumas  cidades, já disponibiliza o transporte gratuito para àqueles que excedem no consumo e atingem determinados graus de embriaguez.

 

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

O POR DO SOL EM MATA GRANDE-AL. - Germano






O POR DO SOL EM MATA GRANDE-AL – Germano

Brasília (DF), 15 de dezembro de 2015.

Não resta a menor dúvida de que o por do sol é sempre um espetáculo da Natureza e  merece ser visto e apreciado por qualquer ser humano sensível. É também  próximo das 18:00 horas (hora do Ângelus), momento em que nós católicos lembramos de rezar uma Ave-Maria e agradecemos por mais um dia de paz , saúde e tranquilidade.
 
Já presenciei vários, em diversas regiões do País, inclusive aqui no Planalto Central que, devido aos longínquos horizontes  se perdem no azul da terra e são de uma beleza incomparável. Outro que guardo gratas recordações é o da praia do Jacaré em João Pessoa, todavia, hoje senti saudades do por do sol  em Mata Grande.

Lá o sol vai se escondendo  ainda cedo  do dia, normalmente por trás das Serras do Agreste ou Lagoa de Santa Cruz, dependendo da época do ano ou  local aonde o admirador possa se encontrar. A luz do sol vai  diminuindo paulatinamente , obrigando o acendimento das lâmpadas por volta das  dezessete horas e alguns minutos, devido a escuridão reinante.

Os pássaros  se apressam em busca de abrigo e a juriti chamando a companheira  solta  seus arrulhos doces e  saudosos com que se despede do dia. O cantar das cigarras dão lugar ao cantar dos sapos que saem de suas tocas em busca de alimentos. Na zona rural , onde passo as minhas noites quando lá me encontro, surge o silêncio, somente  quebrado pelo latir dos cães. Isto me faz sentir saudades do por do sol da minha terra.

O Pe. Marcelo Araújo , que me inspirou a escrever este artigo, disse que:

“O silêncio sugere mistério que o  barulho do dia não pode contar. A escuridão revela segredos que os olhos do corpo não podem enxergar. O recolhimento da noite faz emergir a verdade que as palavras escondem. A insegurança de no escuro andar, desperta a confiança que o orgulho abafa. A  pobreza do ser revela a riqueza que a simplicidade das coisas nos faz conhecer”.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

DIALOGAR - Germano



Com o advento da televisão colorida, das novelas, do Orkut, facebook e agora o watshap, as famílias estão esquecendo-se de dialogar. É muito comum vermos em um restaurante o casal e os filhos, cada um com o celular na mão de cabeça baixa, clicando apressadamente.

Chacrinha, já dizia “ QUEM NÃO SE COMUNICA, SE TRUMBICA”, e é uma grande verdade, Frei Gustavo assim escreveu:

“O diálogo é fundamental em qualquer setor da vida. A troca de ideias, experiências e opiniões é um importante instrumento para o sucesso da vida pessoal, amorosa e profissional. A família que não dialoga vai se desgastando com o tempo. Os pais não se entendem entre si e muito menos com os filhos. Sem diálogo, um problema que  poderia ser resolvido com uma rápida conversa pode se transformar em um  transtorno.  No trabalho, a mesma coisa. Se a equipe não se comunica bem o ambiente profissional fica pesado. Portanto, não tenha medo de praticar a arte do diálogo”.

A televisão com suas novelas e seus noticiários, paulatinamente,  foi afastando os membros das famílias do  hábito de dialogar. Com a constância do manuseio  do celular a coisa foi se acentuando, de modo que, conversar hoje em dia é coisa rara.

Nesta época do advento, onde nos preparamos para a ceia natalina e também época da Confraternização Universal, nada melhor que iniciar a melhoria do diálogo  dentro do lar.

Segundo Augusto Miranda, diálogo que dizer: Comunicação, discussão, exposição de ideias por perguntas e respostas.

 

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

DISSIMULAÇÃO - Germano



Segundo Augusto Miranda é um substantivo feminino e quer dizer:  disfarce, refolho,fingimento, camuflagem. 
 Leia o que escreveu  sobre o tema Mário Sergio Cortella:
“Algumas pessoas nos festejam com uma alegria imensa, o que nos leva até a imaginar que estão  querendo alguma coisa. Afinal de contas, como dizia a música cantada por Ataulfo Alves: “Laranja madura, na beira da estrada, tá bichada,Zé, ou tem marimbondo no pé”.
Nós sabemos da necessidade de parte alegre da vida, da capacidade de juntos estarmos, mas, quando há um  certo exagero, colocamos o pé atrás. O carioca Mariano Jose Pereira da Fonseca, Marques de Maricá, foi ministro da Fazenda logo no início do nosso Império em 1823. Ele nos alerta:”Quem muito nos festeja, alguma coisa de nós deseja”  . Claro que não é sempre assim, há pessoas que são sinceras no festejamento quando nos encontramos , e há outras, que sabemos, dissimulam”.
Esta assunto chamou a minha atenção por vários casos  que passei no decorrer da minha carreira profissional, pois, exercia o cargo de  gerente geral de Agência do Banco do Nordeste do Brasil,S/A.  Um deles foi com um próprio colega de trabalho. Ao chegar à Capital ele me avistava e dizia: Meu Gerente! Chove lá no interior? Tempos depois deixei de ser gerente e vim trabalhar na mesma agência que ele. Pela manhã , esse colega baixava a cabeça para não responder ao meu bom dia. Acontece que, após alguns anos resolvi retornar a função de gerente e, pasmem, aquele  colega  voltou a me tratar com a mesma atenção que , doravante,   vou chamar de dissimulação.
O mesmo aconteceu com um cliente do interior de Canapi. Fazia a maior festa quando me via. Quando deixei de ser gerente ele não me dava  a menor atenção. Quando voltei a ser gerente, eis que a dissimulação  aflorou a todo vapor. E hoje nem olha em minha direção. 
Em Mata Grande outro  cliente, meu conterrâneo e adversário pessoal, não nos falávamos há mais de dez  anos, adentrou pela  agência e quando me viu sentado na gerência, exclamou: Puxa, é você aqui? Sentou, tomou cafezinho e passamos a ser camaradas novamente, muito embora que, após a minha aposentadoria repetiu-se  aquela máxima que diz: AQUELE QUE DEIXA DE SER AMIGO É POR QUE NUNCA FOI”.  Então, o puxa, é você aqui?  Foi mais um fato  que caracterizou uma dissimulação.

 

 

 

 

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

A ESTAÇÃO PRIMAVERA É ETERNA - Zezinho de Laura


 

EM MATA GRANDE NÃO IMPORTA

 A ESTAÇÃO PRIMAVERA É ETERNA.

 

Aos vinte e três de setembro
Tem inicio a primavera
Essa é a melhor estação
Que deus deixou para terra
Todas as arvores floridas
Na caatinga ou na serra

Os passarinhos cantando
Pois sabem que os frutos vem
As matas todas floridas
E perfumadas também
É bom andar pelo bosque
O ar é cheiroso e faz bem

São flores de toda espécies
De todas as cores e formato
Tem plantas criadas em casa
Outras que nascem nos mato
Que bom que todas são lindas
E enriquecem nosso olfato

 
Nos lindos pés de mulungus  
Cajazeira umbuzeiro e ipê roxo
Cada qual exalando o seu odor
E quem ganha com isso somos nos
Com a dádiva de Jesus o Criador

As pitombeiras e mangueiras
Mandam suas flores também
Mandacaru, marmelo e umbu
É o aroma que o serrado tem
A bonina e a espirradeira
Tem um perfume que faz bem

 
Tem as plantas tradicionais
As rosas, cravos e bromélias

Onze horas e flor de maracujá

Margarida, orquídeas e azaléas
E por falar de tantas flores
Fez-me lembrar de minha velha


A bela a estação das flores
Enchem de perfume as serras
Quem quiser que aproveite

Enquanto não vem a guerra
Quem nos mandou tudo isso
Foi o Grande dono da terra

Falei da estação das flores
Na próxima eu falo do verão
São todos projetos de Deus
Feitos pra quem tem emoção
Seja outono, verão  ou inverno
É bom para o nosso coração

Zezinho de Laura `` o poeta genérico .´

JOSÉ FLORENTINO VILAR - Germano





JOSÉ FLORENTINO VILAR – Germano

 

JOSÉ FLORENTINO VILAR ,  conhecido na época como ZECA BEÊ,  foi um grande industrial e um dos principais fundadores da cidade de Inhapi (AL), onde existem duas ruas com o seu nome.

O interessante é que ele chamava o local de TRAMBECA e acrescentava vocês ainda vão ver. A  Trambeca vai ser maior e mais desenvolvida do que Mata Grande.

Segundo a minha mãe Luiza Vilar de Mendonça que era sobrinha dele, o vapor do tio ZECA, como ela o chamava,  era um dos maiores da região o que despertou a inveja dos concorrentes, que contrataram Lampião para atacar a fazenda Buenos Ayres onde residia. Lampião chegou com mais ou menos trinta cangaceiros que atiravam no gado de fuzil , dizimando mais de trezentos animais em uma  única tarde que ficou na história.

Depois ateou fogo  ao vapor de algodão que queimou por muitos dias e noites. Ainda hoje existem vestígios  do prédio onde funcionava. Existe também, a igrejinha localizada na fazenda, onde  ele  rezava as suas orações junto aos familiares.

Zeca Beiêr , como alguns o chamava  deixou como descendente Dona Eva cujos filhos ainda residem na fazenda Buenos Ayres, cidade de Inhapi e Paulo Afonso (BA).

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

UM QUASE MENINO DE RUA - Filoca

UM QUASE MENINO DE RUA.
(1)...
Vou contar para vocês
Como foi minha infância
Lembrança do acontecido
O que passei como criança
(2)
Na idade de ir pra escola
Papai nos deixou sozinho
Sem as mínimas condições
Fomos morar num ranchinho
(3)
Até os moveis que tinha
Painho vendeu na hora
Sem ter outra alternativa
Tivemos que pedir esmola
(4)
Eu tinha apenas 10 anos
Quando vi esta tristeza
Eu sem poder trabalhar
Faltava comida na mesa
(5)
Faltando tudo em casa
A comida, leite e café
Éramos todos pequenos
Mais todos com muita fé
(6)
O povo de Mata grande
São generosos demais
É quem davam a comida
Eu não pagarei jamais
(7)
As roupas e os calçados
Eram doação dos amigos
Agradeço sempre a Deus
A todos eu sempre bem digo
(8)
Tinha um dos meus amigos
Com ele eu aprendi ler
Quando ele lia em voz alta
Que era pra eu aprender
(9)
Aquele montão de letras
Para mim era um desenho
Quando eu as via na seqüência
Era bom meu desempenho.
(10)
Foi Deus que enviou um anjo
Por nome de João praxedes
Que me chamou para trabalhar
Em quem a bondade excede.
(11)
Foi meu grande professor
Que eu considerava um pai
Era um grande guerreiro
Quantas saudades me trás.
(12)
Falo agora dos amigos
Que me ajudaram tanto
Que Deus abençoe a todos
E os cubra com seu manto.
(13)
Vou procurar não esquecer
Alguns amigos queridos
Mesmo não sendo citados
Ninguém será esquecido.
(14)
Só não vou falar os nomes
Pra não cometer injustiça
Meu abraço vai pra todos
Com amor e sem preguiça.
(15)
Jamais eu posso esquecer
Também não posso negar
As chances que ele me deu
Meu mestre Manoel cumbá.
(16)
Fui servente de pedreiro
Trabalhei com muito amor
Seu e Luizinho e seu Boleiro
Foram os meus salvadores.
(17)
Eu vou parar minha historia
Agradecendo ao meu povo
Pela ajuda que me deram
Hoje eu sou um homem novo.
(18)
Que o bom Deus pague a todos
Já que eu nunca poderei pagar
Saúde pra os que estão vivos.
Os que se foram um bom lugar.

Zezinho de laura (filoca)

SAUDADES DE MATA GRANDE - Filoca

SAUDADES DOS VERDES CAMPOS
DA MINHA TERRA.
MATA GRANDE-AL.
1
Às vezes eu sinto saudades...
Das secas que nos castiga
Que destrói nosso torrão
Mata o milho antes da espiga
2
Pensando tenho saudades
Das plantas e frutas boas
Do cheiro daquela relva
Do meu querido Alagoas
3
O chazinho de sabugueiro.
Que curava quase tudo.
Era um santo remédio.
Curava ate cego e surdo.
4
Do caju castanha e suco.
Da cana garapa e mel.
Alfenim e rapadura.
Parece um manjar do céu.
5
Mandioca ou macaxeira.
É boa de qualquer jeito.
Com manteiga da fazenda.
Pra mim Um prato perfeito.
6
Bolo de feijão de corda.
Com molhinho de pimenta.
Amassado com toucinho.
Não há regime que aguenta.
7
Maxixe abobora e andu.
Com carne seca e quiabo.
O almoço está completo.
A porca vai torcer o rabo.
8
Eu vou falar dos bons sucos.
De comer já estou cansado.
Quero um suco bem gostoso.
De carambola bem gelado.

9
Goiaba, seriguela e jenipapo.
Caju, manga rosa e cajarana.
Azedinha abacate e pinha.
Cajá melancia com laranja.
10
Peço Agora a sua licencia.
Pra falar das nossas matas.
Sejam das serras ou caatinga.
Eu sinto muito as suas faltas.
11
Carnaubeira e rama branca.·.
Algaroba Urtiga e mulungu.
Baraúna e capim santo.
Jurubeba Pitombeira e umbu.
12
Algaroba, Canafístula e mucunã.
Juazeiro, pitanga e mangueira.
Xiquexique e Moleque-duro.
Pau-ferro, aroeira e catingueira.
13
Aqui vão minhas homenagens.
Os passarinhos e aos animais.
Que alegram nossos momentos.
Pois nos precisamos de mais.
14
Galo de campina e Papagaio
Canário e rolinha fogo apagou
Andorinha e sabiá laranjeira
João de barro e o beija flor
15
Eu também sinto saudades
Dos lugares por onde andei
Bom Sucesso e rua da palha
Bairro onde nasci e me criei
16
Belo horizonte e Almeida.
Morada e perna quebrada
Morro vermelho e minagem
Padre João e encruzilhada.
17
Lagoa da vaca e sabonete.
Espanha, gato e sacão.
Serrote do gato e minagem.
Santa cruz e Lamararão.
18
Aqui deixo o meu abraço
Aos amigos do facebook
Que tiveram a paciência
De ler meus versos e truques.
________________________
Zezinho de Laura-

COISAS DO MEU BRASIL - Germano


COISAS DO MEU BRASIL - Germano

 

Não sou muito adepto a falar de certas coisas, todavia, fiquei indignado com o que o Ministério Público se propõe a realizar: Uma campanha pública contra a corrupção. Pelo que entendi é para a comunidade denunciar.
Ora, existem os vereadores para investigar e denunciar. Cada cidade tem o Promotor Público que, mesmo sem querer,  toma conhecimento  e fica sabendo dos políticos que enriquecem do dia para a noite. O Estado tem o Tribunal de Contas que analisa e aprova as contas. A Receita Federal tem o acompanhamento da evolução patrimonial dos cidadãos, então, por que não cumprem a contento as suas obrigações.
No momento atual, depois de tantas prevaricações, vão querer que o cidadão, arranje encrencas, denunciando uma coisa que não pode provar, já que as  licitações e as prestações de contas são efetivadas e aprovadas pelos  órgãos competentes  e dentro dos parâmetros legais, segundo eles  em suas justificativas.
Os gestores, com raríssimas exceções, vivem reclamando da falta de recursos, então porque não renunciam, quem sabe, poderia assumir o poder,  quem fosse  realmente, dotado de ética e seriedade, pois, pelo que se noticia, o Governo Federal disponibiliza mensalmente recursos suficientes para que se mantenha  uma administração eficiente e elogiável pelas comunidades.
Conforme se lê e se ouve quase que diariamente nos jornais e nas redes de televisão, os casos de corrupção são divulgados pelas ocorrências registradas em quase todos os recantos do País. Muitos  corruptos são apresentados com algemas e presos, todavia, os processos levam anos e anos para os julgamentos, dando margem a que gastem os recursos desviados e retornem a exercer cargos públicos novamente e desta feita, com mais experiência, que são transmitidas para os descendentes e o ciclo vicioso permance.
Particularmente, acho que com as denúncias e reportagens formuladas pelos jornalistas e órgãos de publicidade, não há necessidade de envolver o cidadão comum que, caso denuncie, passa a perder a tranquilidade. Nestes casos, VER, OUVIR e CALAR passa a ser a melhor opção.

 

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

ENVELHECER COM DIGNIDADE – Germano



Envelhecer exige bastante paciência e sabedoria do ser humano, para isto existe a fase da “envelhescência” que  é a fase preparatória para a aceitação do envelhecimento. Nesta fase há a necessidade de se tomar alguns cuidados, como por exemplo: fazer exercícios, tomar bastante água para não se desidratar, procurar não perder a própria identidade, respirar ar puro e fazer orações sempre em silêncio, se manter limpo e elegante e diariamente agradecer a Deus por ver o sol nascer.

Quando se está na  fase da infância se adquire gradativamente as opções de vida para o ingresso na  fase da adolescência que a fase mais difícil da vida. Nela as variantes se abrem e vêm as decisões mais difíceis, uma vez que, temos  duas principais, ser do bem ou do mal. Como se diz popularmente,  carregamos dentro de nós o lobo mau e o lobo do bem e, normalmente, vence aquele que você alimenta mais.  O estudo e preparo para o trabalho dão as condições para o enfrentamento da fase adulta, onde se adquiri bens e família.

Nesta fase adulta, as obrigações  cotidianas levam o ser humano a pensar em  progresso, quer seja financeiro, profissional ou mesmo o social. Com a aposentadoria  passa a preocupação do que irá acontecer no porvir, pois  aí,  constantemente, se rasga e se remenda.

Daí vem a temida fase da “envelhescência” que assim como  o adolescente se prepara para a vida adulta o  sexalescente se prepara para o enfrentamento da  velhice propriamente dita. Alguns se dão bem, outros não tem a mesma sorte.

“Uma bela velhice é, comumente, recompensa de uma bela vida”, já dizia  Pitágoras.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

A SEPARAÇÃO – Germano.


 
Segundo Augusto Miranda, quer dizer: “Ato ou efeito de separar;  afastamento; quebra de união  matrimonial; escolha.

Sou  descendente de um casal separado, pois quando tinha mais de  onze anos assisti o triste evento.  Fui  educado praticamente por  minha mãe, que sozinha liderou o destino de sete pessoas, tornando-as aptas para o enfrentamento da vida e que logo cedo amargou a separação de três filhos  além a do marido.
O afastamento causa transtornos irreversíveis ao casal e aos filhos, que gradativamente vão se distanciando do lar para formar novos lares e  passar pelos mesmos momentos que a vida reserva a cada ser humano em suas mais diversas circunstâncias.
Ao completar vinte e um anos formei um novo lar com Icléa Brandão Barbosa, vindo a nascer  uma filha Geovanna Lea  e dois filhos Marcus Vinicius e Germano Enrico Barbosa de Mendonça, que por motivos educacionais tiveram que se deslocar para a Capital. Foi um impacto muito grande, todavia, nos finais de semana sempre estávamos juntos.
No ano de 1992 senti os primeiros golpes da separação, porque dois se afastaram,  pode parecer estranho, cada um seguiu um rumo diferente, porém , a dor da separação transformou  os  nossos olhos em verdadeiras vertentes de lágrimas.
A saída dos filhos não é o fim do mundo, é apenas uma fase difícil que precisa ser superada, tendo em vista o imenso vazio criado, deixando lacunas, onde a saudade se aninha aos poucos e transformam a estrutura familiar que passa a  necessitar de muita união para superar  o temido vazio. Resta o consolo porque lá na frente virão os netos.
Eis que vem a fase dos netos que passam a necessitar de estudos mais avançados. Duas vieram residir conosco e esta semana uma desistiu de estudar após quatro anos e nos causou uma nova separação.
Ainda bem que já estamos acostumados com separações  contínuas.

ado, deixando lacunas , onde a saudade se aninha aos poucos e transformam a estrutura familiar que necessita de muita uniais

 

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

MINHA BIOGRAFIA - Zezinho de Laura


 Vou contar para vocês
Como foi minha infância
Lembrança do acontecido
 O que passei quando criança

Na idade de ir pra escola
 Papai nos deixou sozinho
 Sem as mínimas condições
 Fomos morar num ranchinho

 Até os moveis que tinha
 Painho vendeu também
Sem ter outra alternativa
Tinha que pedir a alguém

Eu tinha apenas 10 anos
 Quando vi esta tristeza
 Eu sem poder trabalhar
 Faltava comida na mesa


Faltando tudo em casa
 A comida, leite e café
 Éramos todos pequenos
 Mais todos com muita fé

 O povo de Mata grande
 São generosos demais
É quem davam a comida
 Eu não pagarei jamais

 As roupas e os calçados
Eram doação dos amigos
Agradeço sempre a Deus
A todos eu sempre bem digo

 Tinha um dos meus amigos
 Com ele eu aprendi ler
Quando ele lia em voz alta
 Que era pra eu aprender

 Aquele montão de letras
 Para mim era um desenho
 Quando eu as via na seqüência
 Era bom meu desempenho.

 Foi Deus que enviou um anjo
 Por nome de João praxedes
 Que me chamou para trabalhar
 Em quem a bondade excede

 Foi meu grande professor
 Que eu considerava um pai
 Era um grande guerreiro
 Quantas saudades me trás.

 Jamais eu posso esquecer
Também não posso negar
 As chances que ele me deu
 Meu mestre Manoel cumbá

Falo agora dos amigos
 Que me ajudaram tanto
 Que Deus abençoe a todos
 E os cubra com seu manto

 Vou procurar não esquecer
Alguns amigos queridos
 Mesmo não sendo citados
 Ninguém será esquecido.

 Só não vou falar os nomes
 Pra não cometer injustiça
 Meu abraço vai pra todos
 Com amor e sem preguiça.

 (Zezinho de Laura)

 Zezinho de laura.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

O TALENTO – Germano



TALENTO: É um Substantivo Masculino.  Peso e moeda da antiguidade grega e romana; aptidão natural ou habilidade; inteligência; engenho; força física: pulso; vigor; atento; intuição.(A.Miranda).
Pelo que se lê acima, são várias as condições para o homem talentoso demonstrar a que veio ao mundo, principalmente para aquele que se determina a ser um líder político, uma vez que tem  que reunir aptidão, inteligência, pulso, vigor e intuição, coisas raras nos dias atuais, tendo em vista que, as famílias, que ainda é a melhor escola para a formação moral vem deixando de lado os verdadeiros ensinamento cristãos.
A carência de pessoas talentosas tem  sido tão gritante que basta um grito corajoso de alguém no meio social; uma crítica contundente e persistente contra um gestor público;  uma mísera distribuição de sopas semanais etc., para que a comunidade induza logo a ideia desse alguém  se candidatar a cargos eletivos na esperança de dias melhores para a sociedade, dado os desequilíbrios que são divulgados cotidianamente.
É bem verdade que Deus,  sabiamente, distribui o talento de maneira diferenciada, concedendo a uns mais talentos e a outros menos, todavia,  de quem recebeu muitos , normalmente é mais exigido e tende a perder, face a enorme responsabilidade assumida, pois ao mais talentoso, cabe a  função de beneficiar os demais, o que na maioria das vezes não ocorre.
O que se  nota nos dias atuais são talentosos que trabalham em benefício próprio ou para grupos familiares e sociais restritos, se desvirtuando da intuição natural  de liderar para  todos os integrantes da comunidade regionalizada. E não raras vezes se tornam ímpios, usando do vigor e do poder para desestabilizar grupos concorrentes, de onde também, se nutrem esperanças de surgimento de um homem com verdadeiro talento.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

A MISSA DE ONTEM – Germano.



Costumo assistir a missa todos os finais de semana. A missa de ontem 20.09.2015  trouxe a tona  alguns preceitos de religiosidade e cidadania que temos alertado meus queridos leitores em escritos anteriores.
Na  Homilia, o padre  falou sobre a primeira leitura do Livro da Sabedoria , o que me chamou a atenção foram “OS ÍMPIOS”   que existiam para derrubar Jesus.  Os Ímpios eram os incrédulos, os ateus, os homens destituídos de fé.
Como o pensamento voa e devaneia  fiquei a pensar:  Os ímpios que existiam naquela época continuam atualmente, armando arapucas para derrubar os semelhantes, quer sejam familiares ou mesmo colegas de profissão , time de futebol ou mesmo meros conhecidos.
Na segunda Leitura, um texto diz: “onde há inveja e rivalidade, aí estão às desordens e toda espécie de obras más”; e complementando o Evangelho vem o tema de ser o primeiro de um lado e da humildade do outro que naturalmente é o último.
A inveja e a rivalidade, por sua vez,  continuam em pleno vapor, não obstante os mais de dois mil anos de ensinamentos cristãos, trazendo desarmonias e guerras entre famílias e abrangendo até as Nações do nosso planeta e neste contexto inclui àquelas que são  consideradas de primeiro mundo até as que não tem representatividade nem poder e estão nos últimos lugares. Nelas prevalece a ambição e a vaidade pelo poder e seus  gestores esquecem a coisa mais importante: O AMOR.
Ora, em suas pregações Jesus Cristo  nunca se preocupou com  aqueles que ocupavam os primeiros lugares, pois , procurava sempre os pobres e doentes.
Segundo o Pe. Nilo Luza “ Para Jesus, os famosos são os que se doam livremente e sem pretensões em favor do seu projeto. Famosos são os trabalhadores honestos que levam  o sustento para a família com o trabalho do dia a dia. Diante de uma sociedade que busca e propõe o carreirismo e a fama, somos convidados a trabalhar pelo reino sem ambicionar status”.
E complementa: “Muito pais ensinam os filhos a serem sempre e em tudo os primeiros e se descuidam da honestidade e da ética. Como aceitar a proposta de Jesus diante dessa mentalidade?”.
Concluindo os meus devaneios  vejo que a  humildade, a ética, a seriedade e o amor continuam carecendo de melhores ensinamentos nos lares brasileiros para que tenhamos grandes líderes  no porvir.

domingo, 20 de setembro de 2015

MANIFESTAÇÕES - Germano


MANIFESTAÇÕES -  A sociedade brasileira tem mudado nos últimos anos, quer no comportamento, quer na honestidade, quer na política.  Hoje se deseja  muito mais dos políticos. A simples prestação dos serviços públicos não agrada aos cidadãos, pois não existe eficiência nem das fornecedoras de água e tampouco das de energia e quando se vai a um hospital público a decepção é ainda maior, porque na maioria das vezes não tem fichas, médicos para o atendimento desejado nem também os remédios recomendados.

As escolas são deficitárias e não oferecem o conforto e alimentação para os estudantes como divulga o governo. Não resta a menor dúvida de que o governo federal até que envia os recursos, acontece que são desviados sorrateiramente com a anuência de muitas pessoas que se locupletam para burlar as fiscalizações constituídas.

Temos visto constantemente na televisão e nos jornais as reclamações das pessoas que necessitam dos serviços públicos e também das apurações que estão  conseguindo realizar, pelas denuncias apresentadas.

O cidadão comum paga os impostos, todavia, estão começando a denunciar e querer a prestação dos serviços que lhes cabe por direito. O Estado não tem cumprido a contento as reivindicações que parte de diversos segmentos comunitários.

Ainda bem que a população está perdendo o medo, se organiza em manifestações com a queima de pneus e fechamento do trânsito em ruas ou estradas. O que me preocupa, no entanto, é com a falta de respeito às autoridades constituídas. Aprendi  através dos ensinamentos caseiros e escolares a prestar continência a Bandeira Nacional, a cantar o Hino Nacional, respeitar as autoridades que exercem o poder e hoje, o que assistimos na mídia são brasileiros que agem sem o mínimo de civilidade.

 

A IRA – Germano.



IRA,  s.f. Cólera, raiva, desejo de vingança. Isto é o que diz Augusto Miranda em seu dicionário.

Já Mário Sérgio escreveu que  “ A ira, a raiva exagerada, é entendida por uns como um dos sete pecados capitais. Vez ou outra, dizemos “ que raiva que me dá”, “Que raiva de ter que fazer isso que eu não quero fazer”.

A ira não chega para as pessoas do mesmo modo. Ela é uma emoção, mexe com a gente. Há situações que deixam as pessoas extremamente iradas e outras, nem tanto.

Há controvérsia em relação a essa temática, até cães e gatos que são da mesma família, um deles na ninhada sai menos espaventado, menos emocionado e o outro sai mais raivoso.

 A ciência ainda não sabe, com toda clareza, o que é que nos move nessa direção.

O poeta norte americano Ralph Waldo Emerson, num dos seus ensaios no século XIX escreveu: “Fervemos em graus diferentes”.

Particularmente, não sei dissertar sobre  a mudança comportamental do ser humano que é educado, manso e de uma calma admirável e, quando irado    se transforma em um homem bruto, violento e encolerizado, comete atos injustificáveis e que, posteriormente, se arrepende.

Já nos pronunciamos algumas vezes a respeito do perdão. Como é difícil esquecer uma ofensa, quer seja física ou verbal, às vezes somente pelo que ouviu dizer.

Portanto, o domínio da ira torna-se  necessário, principalmente, nos dias atuais. Uma maneira eficiente é sentar e contar até dez antes de tomar qualquer iniciativa, quando alguém o provocar e a ira vier à tona.

 

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

O ALCOOLISMO - Germano



O alcoolismo é  considerado como uma doença, é o vício que o ser humano adquire gradativamente com a ingestão do álcool que é retirado da cana de açúcar e de outros tipos de fermentação, como o da cevada. Quando o tempo passa vai prejudicando o consumidor que passa a agredir os amigos e a família. No começo tudo é alegria, depois vem os vexames causados nos meios sociais e também no local de trabalho causando consequências irreparáveis que dão margem as dispensas do emprego.

Quando vem a dependência propriamente dita o viciado  sofre de perdas de memória, tem alucinações, delira, fica ansioso o quando   passa a ter o “delirium tremens,” está no fundo do poço, pois somente melhora depois de tomar uma dose ainda em jejum.

Como é considerado uma doença pela Organização Mundial de Saúde,o consumo por longo período leva o consumidor a pedir doses que excedem a sua capacidade de absorção, para que se sinta saciado.

O consumo  do alcool é aceito pela cultura popular, todavia causa  transtornos irreversíveis para os grupos que rodeiam o viciado, sendo o maior deles,dirigir embriagado, que causa acidentes  que ceifam muitas vidas. Por esta motivo o governo vem executando com muita eficiência a chamada “Lei Seca”, multando os usuários que insistem em não cumpri-la.

Vários são os motivos para evitar o vício e o principal deles é a vontade própria do consumidor. Muitos deixam naturalmente, outros  necessitam do apoio familiar e de tratamento médico para a desintoxicação.

 

sábado, 12 de setembro de 2015

PECULATO - Germano


PECULATO -  Germano

No Brasil, peculato é um crime, um dos tipos penais próprios de funcionário público contra a administração em geral, isto é, que, em razão do cargo, só pode ser praticado por servidor público, embora admita participações de terceiros, se este souber que está atuando com um funcionário público.

Os verbos núcleos do tipo são apropriar ou desviar valores, bens moveis, de que o funcionário tem posse justamente em razão do cargo ou função que exerce.

A pena para este crime é de reclusão sendo a mesma, caso o funcionário publico  tenha posse do dinheiro, valor ou bem, mas a subtrai e ou concorra para que seja subtraída em proveito próprio ou alheio em virtude da facilidade decorrente do cargo que ocupa. Há três modalidades de peculato:  apropriação, desvio e furto.

Atualmente ouvimos diariamente pela mídia televisiva a prática de peculato por integrantes das administrações, quer no campo municipal, estadual ou federal. Seria de bom alvitre que os candidatos a cargos eletivos fossem forçados a uma sabatina onde os juízes eleitorais ficassem convictos de que o provável gestor estaria dotado de condições para exercer o mister e tivesse conhecimento de ética e seriedade.