terça-feira, 30 de dezembro de 2014

RETALHOS DO HOMEM - Joelder Pinheiro


Retalhos do homem

 

Por Seminarista Joelder Pinheiro Correia de Oliveira

 

            A vida é um mistério a ser desvendado no decorrer do tempo, entretanto, se mistério é, nem o tempo o revela, sendo assim, a vida é um conjunto de retalhos que só revelará o todo na eternidade. A vida é, no tempo, uma dança harmônica repleta de contradições e o tempo é o maestro que ritma cada passo da vida a caminhar nas curvas da existência.

            Nestas relações da vida com o tempo, o homem surge como um ser fragmentado, incompleto e desejoso de se conhecer por inteiro. Interessante a vida! Muitas coisas que fazem parte do nosso ser hoje, ontem eram impensáveis e o que seremos amanhã é tão incerto quanto a certeza de que o amanhã existirá. Sendo assim, o homem é um ser que existe no limite entre o passado que não mais existe e o futuro que poderá não existir. O homem é presente!

            O presente é o tempo dos retalhos que chamamos de identidade. A identidade que singulariza cada pessoa, nada mais é do que o conjunto de experiências adquiridas, com as quais o homem aprende e vai se modelando ou constituindo sua personalidade. De fato, o presente é o tempo do homem e de tudo aquilo que ele é.

            Se o presente é o tempo do homem, é neste tempo que ele deve mudar. Se o homem é um ser em construção, engana-se quem pensa estar pronto, ser perfeito e nunca admitir sua necessidade de melhorar. Do mesmo modo, engana-se quem reconhece precisar melhorar e decide esperar para mudar no futuro. O presente é o tempo dos acertos e erros, logo, é nele que há possibilidade de mudar. Quem muito prorroga o tempo de mudar, pode não ter tempo nem para existir no tempo!

            Quanta beleza está escondida da vida: existência, tempo, mudança, aperfeiçoamento... Beleza porque em tudo isto há relação, ou seja, somos capazes de deixar nossas marcas, pedaços de nós, e levarmos conosco pedaços, retalhos, fragmentos dos outros e/ou das realidades vividas. O homem é um ser composto de retalhos porque ainda que seja único, não se constitui sozinho, não consegue sobreviver isolado do mundo. Desde seu nascimento é um ser necessitado.

            Por fim, a maior beleza do ser consiste em juntar todos os seus retalhos para manifestar a magnitude do ser humano, mesmo sabendo que ainda não está completo. Esta manifestação ou exteriorização pode ser percebida na fé, na família, nas amizades, na sociedade e assim por diante, pois onde há pessoas, há seres desejosos de realização e onde este desejo é verdadeiro, há esperança de um mundo melhor, com pessoas melhores.

            Não esperemos o próximo ano para mudar, para buscar retalhos melhores, pois o ano só será novo se a vida for nova!

AINDA SOBRE A FAMÍLIA - Germano


 

No dia 25 de dezembro postei um artigo sobre a família, agora vejo excelentes conselhos que o Papa Francisco disponibilizou, justamente na semana dedicada a família sagrada.

Não faço nenhum comentário, pois, os achei de suma importância para a leitura e reflexão de qualquer membro de uma família.

 

 Confira:

 

"Familía:

Sete conselhos do Papa Francisco para as famílias

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014, 6h00 Modificado: terça-feira, 23 de dezembro de 2014, 13h14

 

Papa Francisco, em seus discursos e mensagens no Twitter, deixa sete conselhos para as famílias

1 – Diálogo entre mãe e filhos


O espírito de amor que reina numa família guia tanto a mãe quanto o filho nos seus diálogos, nos quais se ensina e aprende, se corrige e valoriza o que é bom.

2 – Não dormir sem se reconciliar


Não acabeis o dia sem fazer as pazes. A paz se faz, de novo, a cada dia em família. Um “desculpe-me” e assim se recomeça. “Com licença”, “obrigado” e “desculpe-me”! Podemos dizê-los juntos? Pratiquemos essas três palavras em família, perdoando-se a cada dia!

Sete conselhos do Papa Francisco para as famílias

3 – Trocai afetos entre si


“A família é o lugar onde nós recebemos o nome, é o lugar dos afetos, o espaço de intimidade onde se aprende a arte do diálogo e da comunicação interpessoal”.


4 – Visitar os santuários e locais de peregrinação


«Caminhar juntos para os santuários e participar em outras manifestações da piedade popular, levando também os filhos ou convidando outras pessoas, é em si mesmo um gesto evangelizador». Não coarctemos nem pretendamos controlar essa força missionária.

5 – Ler juntos o Evangelho


“Seria maravilhoso rezar juntos em família o terço. A oração faz com que a vida familiar torne-se ainda mais sólida.” Twitter de 6 de maio de 2013

“Uma família iluminada pelo Evangelho é uma escola de vida cristã. Nela se aprende fidelidade, paciência e sacrifício.” Twitter 10 de maio de 2014

6- Cultivar relações sadias


Conscientes de que o amor familiar enobrece tudo o que o homem faz e lhe dá um valor agregado, é importante incentivar as famílias a cultivarem relações sadias entre seus membros, como dizer uns aos outros “perdão”, obrigada”, “por favor” e dirigir-se a Deus com o belo nome de Pai.

7- Esposos cristãos, testemunhem seu matrimônio


Por um ato de amor livre e fiel, os esposos cristãos testemunham que o matrimônio, por ser sacramento, é a base onde se funda a família e faz mais sólida a união dos cônjuges e sua entrega recíproca."

 

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

A FAMÍLIA - Germano


A FAMÍLIA  - Germano
 
Brasília-DF., 25 de dezembro de 2014.

O termo “família” é derivado do latim “famulus”, que significa “escravo doméstico”. Este termo foi criado na Roma Antiga para designar um novo grupo social que surgiu entre as tribos latinas, ao serem introduzidas à agricultura e também escravidão legalizada

A família é unidade básica da sociedade formada por indivíduos com ancestrais em comum ou ligados por laços afetivos.

Parentes
Grau
Porcentagem de sobreposição genética
Pais/Filhos
Primeiro
50%
Irmãos
Primeiro
50%
Gêmeos Idênticos
Primeiro
100%
Meio-Irmãos
Segundo
25%
Avós/Netos
Segundo
25%
Tios/Sobrinhos
Segundo
25%
Primos
Segundo
25%
Meio-Tios/Meio-Sobrinhos
Terceiro
12,5%
Bisavós/Bisnetos
Terceiro
12,5%
Trisavós/Trisnetos
Quarto
6,2%
Primos (2º Grau)
Quinto
3,1%

Fonte: Wikipedia.

 

Nesta época natalina há uma reaproximação dos integrantes da família onde as mágoas e os rescaldos são relegados a segundo plano quando não esquecidos. Já ouvi a frase de uma comadre que dizia: "A aproximação melhor é nas festas de casamento para tirar as fotos, depois, espalha". Claro que existem muitas famílias unidas, todavia, a grande maioria se encontra no estado família mosaico, integrada por filhos e enteados de uma ou mais separações, daí a convivência recheada de gostos e arrogâncias de diversos níveis com ensinamentos advindos através de madrastas ou padrastos, nem sempre favoráveis a educação dos jovens.

Copiei do facebook do professor Bruno o trecho abaixo originado do livro:

 

 
"O Arroz de Palma" de Francisco Azevedo.

"Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema...Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir...Mas a vida... sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite.

 O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele, o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente...Já estão aí? Todos? Ótimo.

 Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola. Não se envergonhe de chorar. Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza. Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco.

 Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa. Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto: é um verdadeiro desastre. Família é prato extremamente sensível. Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido. Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é verdadeira arte.


As vezes o ídolo da família, o bonzinho, o bola cheia que sempre ajudou azedou a comida só porque meteu a colher. O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Família é afinidade, é à Moda da Casa. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito. Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada, seria assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha. Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.


Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia. A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança. O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie.

Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro.
Aproveite ao máximo. Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete."

Pois é meu caro leitor, como se lê acima os temperos familiares são os mais variados possíveis que juntamente com a modernidade estão contribuindo para uma mudança radical nos usos e costumes da família brasileira. Feliz o homem que hoje em dia consegue juntar os filhos, netos, bisnetos, genros e noras em reuniões familiares onde não se registre algum tipo de desavença.

Os sadios e sábios ensinamentos bíblicos vão, paulatinamente, perdendo a sua eficácia, desvinculando a consideração entre si, dos integrantes que formam a maioria da família brasileira nos dias atuais.

Fique atento, aceite as mudanças de trilhas, no entanto, procure manter a bandeira norteada para os princípios básicos da educação, consideração, ética e costumes tradicionais.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

PRESÍDIOS ALAGOANOS - Germano



Brasília - DF.,12/12/2014.

Com  este título a Gazeta de Alagoas do dia 12/12/2014  fez uma publicação. A restrição diz respeito ao envio de presos do interior para a Capital, devido a superlotação existente nos presídios nela construídos.

Devido a isto, veio a minha mente a tão falada restauração da  CADEIA PUBLICA DE MATA GRANDE, prédio que abrigava os presos alcoólatras por pelo menos um pernoite, criminosos apenados pela justiça bem como de outros delitos de somenos importância. O fato é que detentos do município e de outros circunvizinhos não iam engrossar o número dos que estavam encarcerados  na Capital.

No que concerne a restauração, queiram ler os artigos já amplamente divulgados neste blog. A construção do monumental prédio foi com dinheiro da realeza, no século dezenove, o uso sempre foi do Estado de Alagoas, que depois que o deteriorou, o abandonou totalmente. A prima  Márcia Machado encabeçou um movimento para a restauração, todavia, até o presente não obteve o êxito desejado. Continua a esperança de que, o novo governador que assumirá em janeiro próximo se sensibilize com a causa. Necessário se faz, recomeçar toda a movimentação anterior, incluindo o prefeito  e os vereadores, haja vista que tudo depende da força política.

Um fato interessante e digno de ser novamente citado diz respeito a recuperação dos presos. Antes quem era incriminado, permanecia na Cadeia Pública, recebendo as refeições normais de casa, bem como a consideração dos outros presos e ainda, a visita  diária dos familiares ou mesmo a  semanal dos amigos que, aos domingos, após a missa, os visitavam e levavam o apoio da amizade. Aqueles presidiários quando cumpriam a pena, retornavam ao convívio social e familiar sem nenhum tipo de mágoa e bastante felizes. Hoje ao contrário, quando retornam da  Capital , normalmente, voltam  visivelmente embrutecidos, revoltados e  alguns, se tornam malfeitores especializados em várias diretrizes contrárias as leis vigentes no País.

Daí, torna-se salutar que, OAB, o judiciário,  governo municipal e vereadores juntem-se à sociedade para  exigir a restauração das antigas cadeias públicas nos vários municípios alagoanos, isto sim, evitará a demanda de presos do interior para os presídios de Maceió.