SEU
MANOEL PISTOLA - Germano.
Sempre gosto de relembrar de
conterrâneos que conhecemos durante a adolescência. Hoje aqui em Brasília me
veio a lembrança de seu Manoel Pistola.
Como aconteceu? Você até pode perguntar. Bem, estava vendo o Bom Dia Brasil,
quando apareceu uma entrevistada que achei parecida com sua neta Edeilde. Imediatamente pensei em Quinca Pistola, seu filho que residia no Mandacarú e possuía um carro de
bois. Já o pai, Manoel Pistola era
querido por toda a garotada matagrandense. Ele proprietário de uma "onda"
(espécie de carrosel) e nos finais de ano quem arranjava uns trocadinhos ,
guardava para andar na onda de seu Manoel Pistola. Residia no bairro Mandacaru onde ainda permanece
alguns dos seus descendentes, todos de boa índole e queridos pela sociedade
local.
Seu Mané Pistola como era
conhecido também trabalhava nos engenhos de rapadura, principalmente no de seu
Manoelzinho Matias que ficava localizado no Sítio Almeida, zona rural do
município de Mata Grande.
Icléa, minha querida esposa,
quando me ouviu falar nele me contou que...
"certo dia foi com a colega Luzanira (Luza) filha do saudoso
comerciante e grande oposicionista
político Jônatas Alencar Dores
conhecido como João Nata, foram para o
engenho de seu Manoelzinho Matias e lá estava sentada na janela que ficava
entre o local onde os bois rodavam as
engrenagens do engenho que moíam as
canas de açúcar e os tachos destinados ao fabrico de mel, os quais são
aquecidos pela fornalha.
Inesperadamente, um boi de
pontas, a arremessou para o alto e ela ia cair justamente dentro de um tacho em
alto grau de temperatura. Seu Mané Pistola, que era também "mestre"
na arte do fabrico do mel, largou a peneira e me segurou no ar." Completou a história e disse: "DEVO A
MINHA VIDA A ELE".
Se eu já tinha boas
recordações de Seu Mané Pistola, doravante, jamais o esquecerei não somente
pela onda, mais também pelo bravo gesto acima mencionado.
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