quarta-feira, 8 de outubro de 2014

A OBRIGATORIEDADE DA VELHICE- Germano

A OBRIGATORIEDADE DA VELHICE- Germano

Passei  dos cinquenta sem notar. Já estou beirando os setenta decidindo pelo amadurecimento das ideias, sem, contudo, aceitar a obrigatoriedade da velhice. Cursei o período da adolescência  me preparando para a idade adulta sem notar. Passei pela fase do labor profissional sem me preocupar com o tempo.

 Agora, na fase da envelhescência, (fase preparatória para a velhice continua), permaneço  teimoso e sonhador. Sei que se parar de sonhar naturalmente  tornar-me-ei um velho. Os desafios são constantes e tento evoluir me adaptando as mudanças, aceitando as transformações que a vida moderna impõe.

Gosto de fazer parte do grupo das pessoas de alma leve, que acumula sabedoria e transmite aos semelhantes ensinamentos sadios, onde a possibilidade de superação é possível em todas as situações. Pessoas que olham o universo, são felizes ao ouvir uma boa música,  ao receber o abraço de um colega na presença dos netos. São gratas pelo sol, a lua, as estrelas, a chuva, a terra molhada, a primavera, o verão, o outono e o inverno. Colhem a rosa vermelha da paixão todos os dias e nem sentem as picadas dos espinhos protetores. Pessoas que são sábias e não podem nunca serem chamadas de ingênuas, pois sábios são os que conseguem ser felizes. Para estas pessoas  ter sessenta anos é pouco para o muito que desejam realizar; é pouco para realizar seus sonhos. Pessoas que quando morrerem levarão no rosto a expressão da ternura e seguirão tranquilos, levando ainda consigo um punhadinho de utopia, para que esta rasgue a terra em sua prenhes e germine.(Fonte: Adaptado de A Notícia).

Quiçá, possa assim permanecer durante toda a nova fase que tenho a obrigatoriedade de aceitar. Que seja uma velhice com  saúde e dignidade! Desde já, agradeço a Deus, o Grande Arquiteto deste maravilhoso Universo!


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