sexta-feira, 18 de julho de 2014

ENVELHESCÊNCIA - Germano


           

ENVELHESCÊNCIA  - Germano

Desconhecia totalmente a palavra, entretanto, lendo uns comentários  da jornalista Adília Belotti sobre uma crônica do escritor Mário Prata, onde a pergunta “VOCÊ É UM ENVELHESCENTE?”  chamou a minha atenção pelo fato de já ter adotado a palavra “SEXALESCENTE”  (mistura de sexagenário  com adolescente) para caracterizar uma nova fase da  minha vida , tão logo  ultrapassei  os sessenta anos.

Adília Belotti comenta que  adorou a crônica e veja  o porquê em alguns tópicos:

 “Se você tem entre 45 e 65 anos, preste bastante atenção no que se segue. Se você for mais novo, preste também, porque um dia vai chegar lá. E, se já passou, confira. Sempre me disseram que a vida do homem se dividia em quatro partes: infância, adolescência, maturidade e velhice. Quase correto. Esqueceu-se de nos dizer que entre a maturidade e a velhice (entre os 45 e os 65), existe a ENVELHESCÊNCIA.”

“Então é preciso preparar-se para a velhice. A nova velhice. Sim, nova, por que dizem que nós, os baby boomers, que nascemos entre 1946 e 1964, na onda  de desenvolvimento e bem-estar que, logo depois da Segunda Guerra, fez aumentarem as esperanças e os bebês do mundo, fomos adolescentes contestadores e que, por isso mesmo vamos reinventar a velhice. Não vamos, apostam os especialistas em comportamento, envelhecer ‘como nossos pais’.  Nas nossas costas, já meio doloridas, cá prá nós, o peso de construir não apenas algo ‘novo’, mas algo melhor.”

A palavra envelhescente, de fato, me  fez refletir sobre o tempo em  que me tornei  independente e  adulto perante as leis que formam o cidadão brasileiro. Quando menos  esperei, estava casado,  veio os trinta , quarenta e, passados mais alguns anos a aposentadoria. Eis um grande  problema na vida do cidadão uma vez que o governo em suas gastanças irresponsáveis, vem ao longo do tempo, dificultando a vida do aposentado com os  achatamentos dos benefícios, quer com a diminuição de vinte para dez salários, quer com a criação do famigerado  fator previdenciário, quer com aumentos não condizentes com a inflação.

Preparei-me para enfrentar, no porvir,  os novos desafios que a aposentadoria, haveria de me presentear, como envelhescente,  careca  e  de cabelos grisalhos fiquei  lotado de expectativas.

Sobre esta frase, leia o que escreveu  Mário Prata:

 “A envelhescência nada mais é que uma preparação para entrar na velhice, assim como a adolescência é uma preparação para a maturidade. Engana-se quem acha que o homem maduro fica velho de repente, assim da noite para o dia. Não. Antes, a envelhescência”.

Eis que, no momento, já passei dos sessenta e cinco e sem querer admitir, naturalmente, passei pela fase da envelhescência e quiçá,  possa curtir  o  primeiro centenário de vida, ao lados dos trinetos a  invenção de uma nova fase de vida.

 

 

 

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