AS GRANDES FESTAS DA MINHA TERRA.
Mata Grande, a suíça
alagoana, localizada no alto sertão sempre
foi palco de grandes festas, cujos bailes, antigamente, eram realizados na parte superior da cadeia
pública, depois na Prefeitura Municipal onde existia o salão e atrás, ficavam as mesas.
A festa mais importante era
a religiosa em homenagem a Nossa Senhora da Conceição, comemorada de 22 de dezembro
até 01 de janeiro, dia da procissão,
sendo que o baile sempre é realizado no dia 31 de dezembro. Vale relembrar que,
não obstante o dia de Nossa Senhora da Conceição ser comemorado em 08 de
dezembro, houve antigamente , um acordo, para a festa ser realizada , primeiro em Água Branca
e no final do mês em Mata Grande. Ainda hoje atrai muita gente e os
matagrandenses ausentes, aproveitam para visitar os parentes e rever os amigos
já que o dia da Confraternização Universal coincidentemente, é o dia da maior
procissão realizada pela paróquia.
Em seguida a festa mais
importante é o carnaval onde no
sábado à noite o Zé Pereira, Juvenal e
Mariquinha desfilam pelas ruas e recebem a chave do prefeito da cidade. Quem
não se lembra da música mais tocada:
“VIVA ZÉ PEREIRA
VIVA JUVENAL
VIVA MARIQUINHA
TODOS TRÊS NO CARNAVAL”.
Prosseguindo existia o grande baile do
São Pedro e em setembro o baile da primavera, estas eram as festas mais
importantes e que todos participavam com muito júbilo.
Por volta dos anos sessenta,
com a construção do Ginásio Felix Moreno
os famosos bailes passaram a ser
realizados lá, uma vez que existia o salão de festas com local próprio para abrigar os músicos, área reservada para
se dançar e também arrumação das mesas e
cadeiras.
Já por volta de 1965 assume
o gerenciamento do município o Prefeito Cristiniano Fortes Nunes, conhecido
como Cristo que alavancou o crescimento da cidade, abrindo ruas onde era o cemitério velho e construiu o
Mercado da Farinha que passou a abrigar
os grandes bailes matagrandenses que integrava a sociedade.
A ala oposicionista resolve
então fundar o PAZ E AMOR CLUBE o que veio por muitos anos dividir a sociedade
e também os bailes. Cada facção política mantinha as suas festas com músicos próprios
e quem participava de uma não ia para o
outro, salvo a juventude e raras pessoas que, independentemente, faziam questão
de participar dos dois eventos. No
carnaval de rua era uma preocupação
constante, evitar que os dois blocos se encontrassem pois, não raras vezes
haviam agressões, mesmo as verbais.
Vivenciamos naqueles anos uma
situação desagradável quando chegávamos para rever os amigos e parentes, alguns
no Mercado outros no Clube. Graças ao nosso bom e generoso Deus o tempo se encarregou de
mudar essa situação, voltando a sociedade a se reintegrar nas comemorações tradicionais.
Atualmente, com o advento da
modernidade, surgiram as bandas e as
festividades são realizadas no meio da rua a céu aberto
e por isto , mais uma festa foi
adicionada ao calendário o MATA GRANDE
FEST que agrada muito mais
aos jovens.