LUIZ LUA GONZAGA |
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Peço ao nosso criador | |||||||||||
que me dê inteligência | |||||||||||
pra falar do grande gênio | |||||||||||
e de sua competência | |||||||||||
De nome luiz gonzaga | |||||||||||
homem de bom coração | |||||||||||
foi o melhor sanfoneiro | |||||||||||
que nasceu lá no sertão | |||||||||||
Nas quebradas do sertões | |||||||||||
nas terras do ceu azul | |||||||||||
nasceu este sanfoneiro | |||||||||||
no municipio de exú | |||||||||||
Filho do seu Januario | |||||||||||
a mãe chamava-se Santana | |||||||||||
E foi lá em Pernambuco | |||||||||||
que aprendeu tocar sonfona | |||||||||||
Nos meus tempos de crianças | |||||||||||
Nas festinhas de são joão | |||||||||||
Só tocava um sanfoneiro | |||||||||||
Luiz o nosso rei do baião | |||||||||||
Em sua cidade natal | |||||||||||
que ele falava tanto | |||||||||||
Até hoje o povo chora | |||||||||||
Vivem em eterno pranto | |||||||||||
Agradou de norte ao sul | |||||||||||
do nosso grande pais | |||||||||||
O som que mais se tocava | |||||||||||
Era as musicas do Luiz | |||||||||||
falava da grande seca | |||||||||||
que tanto nos castigava | |||||||||||
do sofrimento do povo | |||||||||||
Nas musicas ele relatava | |||||||||||
Já cantou triste partida | |||||||||||
A feira de caruaru | |||||||||||
Também o meu pé de serra | |||||||||||
E o buraco de tatú | |||||||||||
A volta da asa branca | |||||||||||
Juazeiro e Petrolina | |||||||||||
A moda da mula preta | |||||||||||
O cheiro da carolina | |||||||||||
Assum preto e velho macho | |||||||||||
Olha a pisada e frei Damião | |||||||||||
Maceio e Juazeiro | |||||||||||
pau de arara e passaro carão | |||||||||||
Apologia ao jumento | |||||||||||
mais o xote das meninas | |||||||||||
olha pro ceu meu amor | |||||||||||
e também cintura fina | |||||||||||
Ta danado de bom | |||||||||||
fumando cigarro de palha | |||||||||||
contando uma lorota boa | |||||||||||
Em sua rede de malha | |||||||||||
como é regra em nossas vidas | |||||||||||
ninguém fica pra semente | |||||||||||
agosto de oitenta e nove | |||||||||||
Deus o levou para sempre | |||||||||||
Deus do céu que me perdoe | |||||||||||
se for pecado o que eu digo | |||||||||||
um homem como gonzaga | |||||||||||
não devia ter morrido | |||||||||||
Rogamos ao criador | |||||||||||
que não nos deixe na mão | |||||||||||
nos mande o substituto | |||||||||||
do nosso rei do baião | |||||||||||
Vinte e nove anos se foram | |||||||||||
ainda não apareceu ninguém | |||||||||||
pra substituir este o homem | |||||||||||
outro igual a este não tem | |||||||||||
O povo do meu nordeste | |||||||||||
que sempre foram festeiro. | |||||||||||
Perderam o grande motivo | |||||||||||
o velho e bom sanfoneiro | |||||||||||
Deus sabe bem o que faz | |||||||||||
pois ele é o grande mestre | |||||||||||
Levou para trabalhar com ele | |||||||||||
o grande rei do nordeste | |||||||||||
Só resta pedir a Deus | |||||||||||
mesmo em forma de oração | |||||||||||
que dê o céu por descanço | |||||||||||
Para o nosso rei do baião. | |||||||||||
Zezinho de Laura ( Filoca ) | |||||||||||
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terça-feira, 25 de dezembro de 2012
LUIZ LUA GONZAGA - José Freitas -
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