sexta-feira, 10 de agosto de 2012

A POLÍTICA DA MINHA TERRA – Germano

Brasília (DF), 10 de agosto e 2012. 




Mata Grande sempre teve uma forma diferenciada na prática do exercício político partidário. Consta na história que no século passado algumas desavenças foram resolvidas na troca de tapas, outras com o uso do revólver  trinta e oito, já que o outro, de menor calibre, era considerado como “arma de atirar em compadre” o que  caracterizaria  um crime culposo, isto é, sem intenção de matar.

Esta diferenciação, no entanto, fez com que muitas vidas fossem ceifadas, muitas famílias se mudassem para outras cidades, ou mesmo outros estados da federação, passando as suas casas a serem habitadas por pessoas que se mudaram dos sítios adjacentes e que aprenderam a se acostumar com o que poderemos denominar de politicalha, face o aprendizado cultural implantado ao longo dos últimos anos. Vale frisar que nos meios sociais o assunto é debatido durante os  trezentos e sessenta e cinco dias do ano e, se o ano for bissexto, não se desperdiça a oportunidade.

Antes da revolução de 1964 a cidade tinha três representantes na Câmara Estadual, todavia, os tempos mudaram e, paulatinamente, passou  a ter somente um representante e, em decorrência da politicagem, atualmente não existe, si quer, um representante natural da cidade.

Ultimamente, com a evolução cultural dos políticos, com os meios de comunicações vigentes, com a mídia atuante e praticamente independente e uma justiça eleitoral que além de presente esta mais firme nas decisões, fez com que houvesse a mudança comportamental dos políticos que passaram a exercer os mandatos sem aparente violência, contudo, ainda não   conseguiram se livrar dos insultos descabidos, denúncias e outras mazelas que  denominam de corrupção, compra de votos e do apoio político de famílias inteiras que se deixam enganar pelas promessas de empregos sem concurso público.

Aproxima-se a realização de mais um pleito eleitoral e o que se vislumbra é uma politicagem de baixo nível, onde os eleitores se difamam mutuamente, ora acusando, ora defendendo àqueles que não possuem disposição para integrar com dignidade a ala oposicionista e se deixam corromper pelos favores inerentes aos detentores do poder.

Acabei de ler no "CADA MINUTO" uma reportagem lamentável, por sinal com uma foto que foi clicada por mim onde duas candidatas se desentenderam e passaram a se agredir fisicamente o que causa preocupação com os rumos políticos que advirão.
Resta, portanto, aos matagrandenses, continuar renovando as esperanças de que no porvir novas mudanças aconteçam para a melhoria do exercício democrático pelos concidadãos e que surjam novos lideres que tenham formação de nível superior e o pensamento desenvolvimentista voltado para um futuro promissor que melhore a qualidade de vida de todos os habitantes do município.
Autor: Germano Mendonça Alves.

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