terça-feira, 23 de agosto de 2011

CONTERRÂNEOS HISTÓRICOS -Gildo Marçal Brandão

Gildo Marçal Brandão (1949-2010)



Maceió (AL),09 de agosto de 2011.


Hoje iniciei a minha navegação como internauta pelos recados do Orkut e para minha surpresa o orkuteiro Etevaldo Amorim me induziu a pesquisar no blog HTTP://magellablog.blogspot.com sobre o matagrandense Gildo o que não consegui, todavia, como ele me aconselhou, no Google também, conseguiria reunir outras notícias sobre ele.


Gildo nasceu em Mata Grande, na casa que ainda hoje pertence ao seu pai, embora totalmente reformada. Foi meu contemporâneo na adolescência, era um dos únicos que possuía um velocípede, também, ainda muito jovem veio estudar na Capital, e daí em diante poucas notícias tive dele, haja vista , ter se deslocado para São Paulo, onde veio a falecer , no decorrer do ano passado.


Era filho de José Brandão e Dona Eva, ele um ilustre promotor público e ela professora de renome, foi inclusive Diretora do Grupo Escolar Demócrito Gracindo, quando residiam em Mata Grande.


Gildo sempre teve algumas deficiências no coração, sempre falavam que ele não chegaria aos doze ou quinze anos de idade, porém, os seus pais procuraram os centros mais adiantados e ele ultrapassou todos os errôneos cálculos de vida que lhe atribuíram naquela época.


Por sermos primos pelo lado das famílias Alves , Bezerra e Mendonça sempre ia a casa onde residia uma vez que ficava localizada em frente a Padaria do meu pai Balbino Alves Bezerra.

Não sabia, todavia , do grande expoente que foi Gildo em terras paulistanas, uma vez que era renomado professor, cientista político e escritor muito respeitado.
Leiam agora alguns trechos que o grande jornalista Juca Kifuri,escreveu sobre ele, a saber:


A sua mãe... "recorreu a tudo que a medicina naquela época poderia fazer para salvar seu filho.
Assim, teve início uma batalha que durou quase sessenta anos, porque exatamente hoje Gildo completaria 61 anos de idade.
Mas essas seis décadas foram, sobretudo uma sequência de sofrimentos e sacrifícios inauditos desse alagoano fisicamente fraco, mas com fibra de aço. Volta e meia era internado em hospitais e sempre estava preso a dietas intoleráveis.

Duas vezes seu músculo cardíaco teve de ser aberto e na primeira delas sua vida dependeu da perícia do doutor Zerbini.
Recentemente, recorreram à implantação de um marca-passo, que, afinal, não impediu o enfarte que o derrotou anteontem.
Sua grande amiga, cardiologista do Incor, a doutora Ana Maria Braga, sempre nos advertiu: “Fiquem preparados para o que pode acontecer com Gildo”.


Então, na verdade, o sucedido anteontem foi um fato absurdo, mas anunciado, pois a falência de seu sistema cardíaco fora adiada durante seis décadas.
Em primeiro lugar pelo extremo cuidado recebido na infância e na mocidade, graças ao carinho de seus familiares.


Outros fatores básicos foram essenciais na formação dessa figura excepcional como teórico e militante político em nosso país.
Em segundo lugar contribuiu decisivamente seu profundo amor à vida, ao trabalho que realizava como cientista político, sua convicção de que suas pesquisas seriam de enorme importância para o futuro do país.
Note-se que fugiu de São Paulo para uma praia a fim de poder terminar a aula que deveria prestar na segunda semana de março.
Todos sentiam como seus deveres como professor o consumiam, embora sempre apreciasse as coisas boas da vida.


Não por acaso seu último de vida foi um passeio maravilhoso numa praia.
O outro fator básico que permitiu essa atividade espantosa foi o apoio absoluto, total e vigilante de Simone, sua companheira que tudo fazia para que Gildo pudesse viajar, tomar parte na vida social e manter em sua residência um afetuoso e acolhedor clima de amizade com inúmeros amigos, com estudantes estrangeiros que ali se hospedavam, e auxiliando os pós-graduandos orientados por Gildo.
A contribuição de Simone também foi essencial para garantir um melhor padrão de vida da família.


Pois bem, esse alagoano travou essa batalha sem se submeter às normas impostas a uma pessoa fisicamente frágil.
Sua vida é um exemplo de um envolvimento permanente com toda a sorte de dificuldades financeiras, políticas, policiais e de extremo amor a diversas instituições de pesquisa, particularmente a Universidade de São Paulo.
Agora a fatalidade o derruba quando dentro de um mês iria disputar o mais alto posto na academia, a função de professor titular da USP.
O ponto de partida de Gildo na universidade foi o estudo sistemático de filosofia, o que lhe deu uma base teórica que sempre lhe permitiu fazer análises profundas na ciência política e na sociologia.
Daí suas posições ao lado dos que no movimento comunista assumem uma atitude firme na defesa do valor universal da democracia e da firme disposição de aprofundar a correção dos erros cometidos pelos que se engajam na luta por uma sociedade mais justa.
Com orgulho Gildo Marçal Brandão relatava sua qualidade de militante comunista.
Relembro sua disposição de participar ativamente da rearticulação da direção comunista em São Paulo, quando a repressão policial assassinou diversos dirigentes comunistas em 1974 e 1975.
Naquele ambiente de absoluto terror, Gildo cuidou de reorganizar a direção estadual dos comunistas e participou do lançamento do semanário “Voz da Unidade”, que circulou durante vários meses.
Essa atuação criou um problema para ele, porque o afastou durante vários meses da vida acadêmica.
Assumiu o compromisso de uma participação teórica mais intensa no lançamento da revista “Temas de Ciências Humanas”, abordando aspectos essenciais da atividade comunista no Brasil e no mundo.
Para sobreviver viu-se forçado a trabalhar em várias publicações, na qualidade de “free-lancer”, inclusive na “Folha de S. Paulo”, quando foi acolhido por Cláudio Abramo.


Retornando à atuação na academia, Gildo jamais deixou de lado sua atuação destacada como um dos teóricos que dedica parte de seu tempo à elaboração programática do ideário comunista no Brasil e no mundo.
Comecei meus contatos com Gildo depois da minha saída da prisão, em 1979.
De início era um relacionamento distante, mas que foi se estreitando cada vez mais.


Com o passar dos anos diariamente debatíamos problemas e desafios. Tudo o que eu fazia submetia a ele. E ele sempre exigia minhas opiniões. Raramente discordávamos. Agora fico meio perdido sem saber como vou trabalhar sem antes ouvir suas observações.
Assim minha sensação é de perplexidade e de insegurança.
Mas tenho clareza em relação a um ponto.


A contribuição de Gildo foi poderosa e profunda, deixando dois importantes legados.
De um lado, foi sua colaboração intensa para a criação na USP — principalmente nos Departamentos de Ciência Política e de Sociologia — de um clima de renovação entre os professores, visando o aggiornamento do ensino superior no Brasil nas ciências humanas.
De outro lado, pode-se medir a repercussão de seu trabalho na USP através da formação de um grupo de doutores e mestres que leva em conta suas análises críticas.


Encerro minhas palavras fazendo um apelo para que esforços sejam feitos a fim de ser publicado o memorial preparado por ele para o concurso de professor titular da USP.

Documento que, no dizer dele, é um resumo de suas opiniões.
Assim, a divulgação dessa derradeira reflexão será a maior homenagem a um mestre cujo exemplo é um orgulho para a comunidade acadêmica brasileira.”
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Fala de Marco Antônio Coelho, no crematório da Vila Alpina, em São Paulo, 17 de fevereiro de 2010.

DICAS PARA O IDOSO – Não se deixe abater...

Maceó (AL), 23 de agosto de 2011.

“Tem sempre presente que a pele se enruga, o cabelo embranquece, os dias convertem-se em anos... Mas, o que é mais importante não muda. A tua força e convicção não tem idade.
O teu espírito é como qualquer teia de aranha. Atrás de cada linha de chegada, há uma de partida. Atrás de cada conquista, vem um novo desafio. Enquanto estiveres vivo, sente- te vivo. Se sentes saudades do que fazias, volta a fazê-lo. Não vivas de fotografas amarelecidas...
Continua, quando todos esperam que desistas. Não deixes que enferruje o ferro que existe em ti. Fazes com que, em vez de pena, te tenham respeito.
Quando não conseguires correr através dos anos, trota. Caso não consiga trotar, caminha. Quando não puderes caminhar, usa uma bengala, mas nunca te detenhas”.
Autoria desconhecida.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

DICAS DE AUTO AJUDA - Não Ame Hoje

Maceió (AL), 22 de agosto de 2011.

EXISTEM CONTOS, CRÔNICAS, DEPOIMENTOS, POESIAS E ATÉ MÚSICAS QUE NOS FAZEM PERGUNTAR:
POR QUE EU NÃO ESCREVI ISTO SE É, DE FATO, TUDO AQUILO QUE SINTO?
ESTE TEXTO DA "ROSA GUERRERA" QUE COM PRAZER LHES TRANSMITO, É UM DELES.


NÃO AME HOJE...

Não ame hoje este sorriso que tenho sempre no rosto, porque na realidade ele traz emolduradas rugas de muitos dissabores e lutas.

Não ame hoje o carinho das minhas mãos, os anos já começaram também a enrugá-las e pouco a pouco perderam a suavidade de outrora.

Não ame hoje a melodia que canto docemente, pois minha voz não possui a vibração de ontem, mas a rouquidão de lágrimas abafadas.

Não ame hoje meus cabelos revoltos e desalinhados porque nuvens brancas do tempo já ofuscaram a sua beleza.

Se quiser me amar procure a poesia que ainda nasce a cada dia dentro de mim. Ame esse coração menino e vagabundo que teima em engatinhar nos compassos das sensações e das paixões.
Ame o meu olhar que se ilumina quando fala de amor, ame a verdade de todos os anos que vivi, ame os meus sonhos saboreados, as minhas alegrias que não feneceram, as minhas esperanças que naufragaram a nudez dos orgasmos sentidos.

Só me amando assim você conseguirá rasgar o invólucro das rugas, do tempo e do cansaço. E como num passe de mágica (tenho certeza) conseguirá escutar a gargalhada sonora da criança que nunca envelheceu dentro de mim.

Enviado pelo amigo BIRA.

CONTERRÂNEAS HISTÓRICAS - Maria Judith Malta

Maceió (AL), 22 de agosto de 2011.

MARIA JUDITH MALTA - “ Educadora “da página virada”, Maria Judith Malta, nascida em 1907, era ainda jovem e solteira quando passou a lecionar em Mata Grande – onde nasceu – e Água Branca, cidades do alto sertão alagoano.

Seu estado civil, de “mulher não casada”, e o fato de ter rompido com o estigma de apenas os homens dirigirem os poucos automóveis nas ruas de Penedo causaram um certo reboliço na própria família e na sociedade local das cidades em que lecionou, que almejavam para suas filhas, apenas casamentos e maternidade.

Escritora, teve como temas dominantes em seus ensaios a educação e a condição feminina. Em Antologia de escritoras alagoanas, Rita Murici destaca que a educadora, falecida em 1986, “ alinhada com a perspectiva defendida por Júlia Lopes de Almeida em seus vários ensaios sobre educação publicados no Brasil e em Alagoas, escreve sobre a necessidade de mães cultas para ensinar as primeiras lições (...) aos filhos, justificando a educação das mulheres”, revelando-se uma transgressora ao afirmar que o caráter do homem depende do caráter da mulher”.


Texto cedido pela Prof. Márcia Machado.

VALE A PENA RELEMBRAR - O Manuê










Maceió (AL), 22 de agosto de 2011.

Quem já subiu a Serra da Onça, principalmente na época da Semana Santa, certamente, jamais se esquecerá do tubérculo conhecido como MANUÊ, principalmente os conterrâneos que todos os anos o saboreiam. Uma faquinha do cabo preto ou um canivete era primordial para descascá-lo e o saborear com o seu gosto agridoce uma vez que além de minimizar a sede ainda alimentava, fazendo com que a demora se prolongasse no topo da serra.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

AS IGREJAS DE MATA GRANDE - Germano



A IGREJA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO.









Maceió (AL), 19 de agosto de 2011.

Construída recentemente pelo Padre Josemário que substituiu o Padre Aloysio. As instalações são pequenas, porém, muito aconchegantes e conta com a participação da comunidade que também realiza a sua manutenção. O Padre era dinâmico e ainda iniciou os trabalhos de construção da Igreja São João no bairro do Colosso, esta não foi concluída.


A Igreja fica localizada mais ou menos no meio da Rua do João Felix, que conta com vários acessos, uma visão parcial da cidade e serras bem como estacionamento para vários veículos. As missas são celebradas no primeiro horário da manhã dos domingos, onde grande parte da população comparece e participa ativamente.


Aos domingos, quando estou em Mata Grande gosto de assistir a missa naquela Igreja, depois, (Eu,Icléa e Comadre Nélia) fazemos uma visita a minha grande amiga TINA, (Albertina Correia) que reside em frente a Igreja.

DICAS DE REFLEXÃO: Perguntaram ao Dalai Lama...

Maceió (AL), 19 de agosto de 2011.

“O que mais te surpreende na humanidade?”
-Ele respondeu:

“OS HOMENS... PERDEM A SAÚDE PARA JUNTAR DINHEIRO,
DEPOIS PERDEM DINHEIRO PARA RECUPERAR A SAÚDE.

E POR PENSAREM ANSIOSAMENTE NO FUTURO, ESQUECEM DO PRESENTE DE TAL FORMA QUE ACABEM POR NÃO VIVER... NEM O PRESENTE NEM O FUTURO.

E ...VIVEM COMO SE NUNCA FOSSER MORRER...
E MORREM COMO SE NUNCA TIVESSEM VIVIDO”

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

DICAS DE CULTURA - A Coisa

Maceió (AL), 15 de agosto de 2011.


Eis aí, gente amiga,uma coisa bem coisada. Não sei quem é o autor dessa coisa,mas só sei que essa coisa é uma coisa boa de ser lida.

COISA


A palavra "coisa" é um ”Bombril” do idioma. Tem mil e uma utilidades. É aquele tipo de termo-muleta ao qual a gente recorre sempre que nos faltam palavras para exprimir uma idéia. Coisas do português.


A NATUREZA DAS COISAS: gramaticalmente, "coisa" pode ser substantivo, adjetivo, advérbio. Também pode ser verbo: o Houaiss registra a forma "coisificar". E no Nordeste há "coisar": "Ô, seu coisinha, você já coisou aquela coisa que eu mandei você coisar?".


COISAR, em Portugal, equivale ao ato sexual, lembra Josué Machado. Já as "coisas" nordestinas são sinônimas dos órgãos genitais, registra o Aurélio. "E deixava-se possuir pelo amante, que lhe beijava os pés, as coisas, os seios" (Riacho Doce, José Lins do Rego). Na Paraíba e em Pernambuco, "coisa" também é cigarro de maconha.


Em Olinda, o bloco carnavalesco Segura a Coisa” tem um baseado como símbolo em seu estandarte. Alceu Valença canta: "Segura a coisa com muito cuidado / Que eu chego já." E, como em Olinda sempre há bloco mirim equivalente ao de gente grande, há também o Segura a Coisinha.
Na literatura, a "coisa" é coisa antiga. Antiga, mas modernista: Oswald de Andrade escreveu a crônica O Coisa em 1943.


A Coisa é título de romance de Stephen King. Simone de Beauvoir escreveu A Força das Coisas, e Michel Foucault, As Palavras e as Coisas.
Em Minas Gerais, todas as coisas são chamadas de trem. Menos o trem, que lá é chamado de "a coisa". A mãe está com a filha na estação, o trem se aproxima e ela diz:"Minha filha, pega os trem que lá vem a coisa!".
Devido lugar: "Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça (...)". A garota de Ipanema era coisa de fechar o Rio de Janeiro."Mas se ela voltar, se ela voltar / Que coisa linda / Que coisa louca." Coisas de Jobim e de Vinicius, que sabiam das coisas.
Sampa também tem dessas coisas (coisa de louco!), seja quando canta "Alguma coisa acontece no meu coração", de Caetano Veloso, ou quando vê o Show de Calouros, do Silvio Santos (que é coisa nossa).


Coisa não tem sexo: pode ser masculino ou feminino. Coisa-ruim é o capeta. Coisa boa é a Juliana Paes. Nunca vi coisa assim!
Coisa de cinema! A Coisa virou nome de filme de Hollywood, que tinha o seu Coisa no recente Quarteto Fantástico.
Extraído dos quadrinhos, na TV o personagem ganhou também desenho animado, nos anos 70. E no programa Casseta e Planeta, Urgente!, Marcelo Madureira faz o personagem "Coisinha de Jesus".


Coisa também não tem tamanho. Na boca dos exagerados, "coisa nenhuma" vira "coisíssima". Mas a "coisa" tem história na MPB. No II Festival da Música Popular Brasileira, em 1966, estava na letra das duas vencedoras: Disparada, de Geraldo Vandré ("Prepare seu coração / Pras coisas que eu vou contar"), e A Banda, de Chico Buarque ("Pra ver a banda passar / Cantando coisas de amor"), que acabou de ser relançada num dos CDs triplos do compositor, que a Som Livre remasterizou.
Naquele ano do festival, no entanto, a coisa tava preta (ou melhor, verde-oliva). E a turma da Jovem Guarda não tava nem aí com as coisas: "Coisa linda / Coisa que eu adoro".
Cheio das coisas. As mesmas coisas, Coisa bonita, Coisas do coração, Coisas que não se esquece, Diga-me coisas bonitas, Tem coisas que a gente não tira do coração. Todas essas coisas são títulos de canções interpretadas por Roberto Carlos, o "rei" das coisas. Como ele, uma geração da MPB era preocupada com as coisas.
Para Maria Bethânia, o diminutivo de coisa é uma questão de quantidade (afinal,"são tantas coisinhas miúdas"). Já para Beth Carvalho, é de carinho e intensidade ("ô coisinha tão bonitinha do pai"). Todas as Coisas e Eu é título de CD de Gal. "Esse papo já tá qualquer coisa...Já qualquer coisa doida dentro mexe." Essa coisa doida é uma citação da música Qualquer Coisa, de Caetano, que canta também: "Alguma coisa está fora da ordem."
Por essas e por outras, é preciso colocar cada coisa no devido lugar. Uma coisa de cada vez, é claro, pois uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa. E tal coisa, e coisa e tal.


O cheio de coisas é o indivíduo chato, pleno de não-me-toques. O cheio das coisas, por sua vez, é o sujeito estribado. Gente fina é outra coisa. Para o pobre, a coisa está sempre feia: o salário-mínimo não dá pra coisa nenhuma.


A coisa pública não funciona no Brasil. Desde os tempos de Cabral. Político quando está na oposição é uma coisa, mas, quando assume o poder, a coisa muda de figura. Quando se elege, o eleitor pensa: "Agora a coisa vai." Coisa nenhuma! A coisa fica na mesma. Uma coisa é falar; outra é fazer. Coisa feia! O eleitor já está cheio dessas coisas!


Coisa à toa. Se você aceita qualquer coisa, logo se torna um coisa qualquer, um coisa-à-toa. Numa crítica feroz a esse estado de coisas, no poema Eu, Etiqueta, Drummond radicaliza: "Meu nome novo é coisa. Eu sou a coisa, coisamente." E, no verso do poeta, "coisa" vira "cousa".
Se as pessoas foram feitas para ser amadas e as coisas, para serem usadas, por que então nós amamos tanto as coisas e usamos tanto as pessoas? Bote uma coisa na cabeça: as melhores coisas da vida não são coisas. Há coisas que o dinheiro não compra: paz, saúde, alegria e outras cositas más.
Mas, "deixemos de coisa, cuidemos da vida, senão chega a morte ou coisa parecida", cantarola Fagner em Canteiros, baseado no poema Marcha, de Cecília Meireles, uma coisa linda. Por isso, faça a coisa certa e não esqueça o grande mandamento:


"AMARÁS Á DEUS SOBRE TODAS AS COISAS".


Texto enviado por e-mail pelo conterrâneo Manoel Emilson.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

DICAS DE SAÚDE - Limpeza da Casa com Vinagre Branco

Maceió (AL), 08 de agosto de 2011.



SABIA QUE O VINAGRE ERA USADO NOS ASILOS E HOSPITAIS.

VINAGRE BRANCO

Use esse poderoso ingrediente na faxina e livre-se de produtos perigosos. Incrível como gastamos dinheiro com produtos de limpeza, não é mesmo?
Mas saiba que isso pode ser diferente. Basta conhecer as utilidades de um ingrediente simples da cozinha: o vinagre branco.
Ele pode ser aplicado na faxina da casa.
Reunimos algumas dicas de uso do vinagre na limpeza de paredes, armários e até de panelas. Além de ficar livre de produtos tóxicos(*), você irá eliminar odores, desinfetar e lustrar com facilidade. E por um custo bem menor do que o dos limpadores comuns.

PAREDES:

Faça uma solução de vinagre e água morna em partes iguais. Aplique-a sobre riscos de lápis e marcas espalhadas pelas paredes. Esfregue o local com um pano macio até que as manchas desapareçam.

ARMÁRIOS:

Para eliminar o odor de mofo, esvazie os compartimentos e deixe pernoitar, dentro do móvel, uma bacia ou assadeira com vinagre branco puro. Em seguida, passe um pano embebido nesse líquido.

ODORES DE ANIMAIS:

Para eliminar o cheiro de urina e fezes dos bichos de estimação, remova a parte sólida dos resíduos. Em seguida, aplique uma solução de dois terços de água morna e um terço de vinagre branco. Logo depois, aplique um pouco de vinagre puro sobre o local e deixe secar naturalmente.

BANHEIRO:


Remova o mofo do rejunte dos azulejos aplicando uma boa quantidade de vinagre branco puro com uma escova de dente velha. Deixe-o agir por duas horas e, depois, lave a superfície com água e sabão. Para esfregar registros e as peças de louça, use uma esponja macia embebida numa solução (meio a meio) de água e vinagre.

LAVANDERIA:

Coloque num borrifador a mesma quantidade de água e vinagre branco. Aplique sobre manchas nas roupas antes de colocá-las na máquina. Para aumentar o poder de limpeza do seu sabão em pó, espere a máquina de lavar encher e adicione à água uma xícara de chá de vinagre puro. Depois, deixe lavar normalmente.

COZINHA:

Esqueceu a panela no fogo? Para retirar resíduos queimados do fundo de panelas e frigideiras, encha-as de água e adicione 4 colheres (sopa) de vinagre branco. Leve ao fogo e deixe ferver. Espere esfriar e lave normalmente.

Mas há mais benefícios do vinagre na cozinha:

.. para desinfetar a máquina de lavar louças, dê um ciclo de pré-lavar com uma xícara (chá) de vinagre.
.. para deixar os copos de vidro brilhantes, deixe-os de molho numa bacia com água e gotas de vinagre branco. Depois, lave-os com detergente.
.. para deixar o fogão novinho em folha após fazer frituras, deixe um pouco de vinagre sobre a gordura 15 minutos antes de começar a limpeza.

SUGESTÃO:

AO LAVAR TOALHAS DE BANHO NA MÁQUINA, SUBSTITUA O AMACIANTE POR VINAGRE.(*)
(*) Lavar as mãos com vinagre para anular a ação da soda cáustica.
É ensinado para quem trabalha com a substância.

(*) Tenho um cliente médico, especialista em doenças respiratórias, que condena o uso de amaciante, desinfetante e alvejante; principalmente quando há bebês, crianças ou adolescentes em casa.
Recomenda sempre o uso do vinagre branco.
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Fonte:Enviado por e-mail.


domingo, 7 de agosto de 2011

DICAS DE CULTURA - Mensagem aos Leitores

Sítio Almeida – Mata Grande- Al., 01 de agosto de 2011.

Podemos dizer que éramos felizes e não sabíamos porque fomos criados com severidade, ensinamentos de humildade quando não, uma disfarçada pobreza. Tínhamos que orar nas refeições e pedir a bênçãos dos pais e das pessoas mais velhas que nos visitavam. O domingo, nem se fala, era diferente, tínhamos que vestir a melhor roupa e ir assistir a missa matinal, não importava o frio e tampouco o calor.

O Padre celebrava em latim, de costas para os fiéis e era rigoroso com quem conversava na Igreja, todavia, todos respeitavam porque Deus era Louvado acima de quaisquer situações. Se fosse para o bem da família era uma Graça concedida por sua Infinita Bondade, no entanto, se algo de mal acontecia ninguém incriminava porque era a vontade de Deus, daí, aprendemos a ter uma trajetória firme na fé.

Os tempos passaram, muitas famílias si quer, sentam a mesa para as refeições normais, quanto mais haver diálogos entre pais e filho , pedir a bênção dos pais é coisa do passado. As atitudes mudaram consubstancialmente e, hoje presenciamos as mais horríveis histórias de pessoas que passam por privações sociais, movidas pelo desregramento de condutas e atitudes dos filhos que escapam dos controles dos chefes das famílias.

Queridos leitores, relembrem a forma como foram criados e tentem repassar aos filhos e netos, visando corrigir quaisquer distorções familiares atualmente existentes. Pensem no que deu certo em suas existências e desejem o mesmo aos seus descendentes.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

DICAS DE SAÚDE- ALCOOLISMO-Décadas de Negação.

Maceió (AL), 05 de agosto de 2011.

A vida de alcoólatra em recuperação é cheia de momentos que servem, todos eles, de exemplo para receber e transmitir experiências. Por mais singelas que sejam, essas experiências sempre ajudam aos outros, que compartilham conosco e procuram explicações sobre cada fase do alcoolismo e da recuperação.

Se ficamos atentos a cada abordagem, temos sempre uma analogia, uma comparação, um caso prático relacionado com o que diz a literatura de Alcoólicos Anônimos a respeito do comportamento do alcoólatra. Um desses exemplos é a negação, muito presente em nossas vidas.


Segundo a literatura relacionada ao assunto, negação é um estado que envolve o indivíduo, uma espécie de escudo, através do qual ele, seus familiares e amigos procuram sempre justificativas para tentar provar que ele não é alcoólatra. Nessas argumentações, sempre quem tem problema são os outros, quem é alcoólatra é sempre quem fez algo além do que aquela pessoa já fez, embora muito tenha feito sem deixar dúvidas de que tem problemas com o álcool. São pessoas que já causaram problemas na família, no trabalho, na vizinhança, mas cujo comportamento é atribuído a situações isoladas, que minimizam o problema e tentam afastar a caracterização real do alcoolismo, há muito já instalado.


No tempo em que eu bebia – lá se vão cerca de 21 anos – tinha um colega de copo que bebia comigo, freqüentava os lugares que eu freqüentava e tinha situação idêntica, mas nem eu nem ele achava que tinha problema. Quando compreendi que era alcoólatra e precisava de ajuda, procurei o A.A., ingressei e desde então nunca mais bebi. Consegui, graças a um Poder Superior, ficar afastado do primeiro gole durante todo este tempo.


Nos meus primeiros anos de A.A., naquela ânsia de trazer para a Irmandade todos os que eu achava que tinham problema com o álcool, comecei a abordar aquele colega. Ele dizia que não tinha tanto problema com o álcool, mas admitia algum dia participar de uma reunião. Faz mais de vinte anos e nunca me acompanhou.

De repente, estou em casa no meu café da manhã e recebo uma ligação daquele colega, pedindo informações sobre como proceder para ajudar a um alcoólatra que estava na sarjeta. Ele queria ajudar àquela pessoa, sabia que A.A. deveria ser seu caminho, marcou com ele e disse até para levar a mala no encontro que teriam para encaminhá-lo. Eu mostrei que o caminho poderia ser um hospital psiquiátrico próximo ao trabalho daquele colega, seguido certamente de Alcoólicos Anônimos, para o que forneci endereços e horários de reuniões dos Grupos mais próximos.


Percebi que ele ficou meio frustrado, mas estava com o problema para resolver. Achava que nossa Irmandade daria alojamento ao seu companheiro, mas ficou sabendo que A.A. não cuida de internações nem tem instalações para isto. Devem ter encaminhado aquela pessoa para a recuperação do seu problema. Mas tanto tempo depois ele, meu colega, findou me fornecendo um dos mais fortes e sérios exemplos de negação. Pois ele continua bebendo, já foi casado quatro vezes e desfez as famílias no dia-a-dia das suas bebedeiras, tem muitos problemas por conta da bebida alcoólica, mas continua achando que quem tem problema são as pessoas que o cercam ou que dele se aproximam.

Publicado na revista VIVÊNCIA Ed. nº 130

AS RUAS DE MATA GRANDE - Rua Rosalina Gomes Nunes



Maceió (AL), 05 de agosto de 2011.

Nos idos anos sessenta era conhecida como o Beco de Zé Lúcio, posteriormente, o Beco de Lulú e agora Rua Rosalina Gomes Nunes, esposa de Lulú.

Quando Beco de Zé Lúcio (Zé Lúcio era meu tio José Alves Bezerra) existia a casa de Dona França de um lado e o vapor de descaroçar algodão do Dep. Antonino Malta em frente ao Fomento Agrícola (atual Afonso de Carvalho) e do lado da Rua Nova (atual 5 de Julho), residiam o meu tio de um lado e Seu Laurentino do outro.

Quando Beco de Lulú (Leandro Fortes Nunes) que tinha um grande comércio onde residia o meu tio Zé Lúcio já existiam garagens e casas residenciais.
Hoje, transformada em rua não existem mais terrenos sem construções.

Onde era a casa de Dona França, funciona a Delegacia da Polícia Civil, onde era o sítio de mangueiras, construíram o Grupo Escolar Lisete Lisboa Martins, onde era o Vapor hoje é o Paz e Amor Clube afora várias residências que foram construídas, dispondo a rua atualmente, até de asfalto, coisa impensável há alguns anos .

A ESTRADA DO ALMEIDA - Recuperação

Maceió (AL), 05 de agosto de 2011.

A ESTRADA DO ALMEIDA-
Queremos registrar que a Prefeitura Municipal, finalmente, iniciou as obras de recuperação da Estrada do Almeida, não obstante, as constantes chuvas caídas em nosso município o que obrigou a paralização dos serviços.
Várias pessoas reclamam por esta paralização e solicitam a finalização, todavia, explicamos que tão logo cessem as chuvas as obras serão reiniciadas e o trecho será totalmente recuperado, segundo informações que recebemos.
Agradecemos, desde agora e em nome da comunidade, ao Prefeito Jacob Brandão por atender as reivindicações dos usuários daquela região e adjacências, uma vez que a estrada é bastante movimentada, quando em boas condições de tráfego.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

NOTÍCIAS DE MATA GRANDE - O retorno do Pe. Sizo de Juazeiro do Norte-CE.













No dia 31.07.2011, estando em Mata Grande com a minha esposa, nos dirigimos ao Sítio Gato e paramos na antiga “Apertada Hora” localizada no Sítio Boa Sombra de onde se vislumbra as Serras da Lagoa, Sobrado, Grude , Embrejado e também, Serras do Município de Água Branca e Delmiro Gouveia, cliquei várias fotografias , que estão disponibilizadas em minha página no ORKUT.

De lá também avistamos os peregrinos que acompanhavam o Pe. Sizo que retornava do Juazeiro do Norte-Ce., de sua quarta viagem empreendida à pé, acompanhado de várias pessoas. Na receptividade a nossa cidade, a comitiva se dirigiu até a Praça da Matriz tendo como ponto de chegada o Santuário de Santa Terezinha.

Não temos condições de avaliar a quantidade de pessoas que acompanharam a comitiva, porém, vimos as ruas de Mata Grande lotadas de pessoas e carros das mais variadas cidades da região, não só de Alagoas como de cidades de Pernambuco, Sergipe e Bahia. Pelas fotos acima dá para se ter uma ideia.
Falar do Santuário de Santa Terezinha, encravado na Rua Itarcy Barbosa, e do Pe. Sizo torna-se desnecessário uma vez que já registramos neste blog e também, vários jornais já publicaram matérias sobre a grande obra erguida em nossa cidade.

O que causa estranheza, no entanto, é que outras cidades, a exemplo de Belo Jardim-Pe., que procura erguer um Santuário, visando elevar a religiosidade do povo, transformar a cidade em ponto turístico que incrementa o desenvolvimento em vários campos, principalmente o comercial, Mata Grande que já dispõe de um, construído pela garra e determinação do Pe. Sizo não tem a divulgação que merece e tampouco o apoio dos políticos locais.

Notamos que poucos comerciantes abriram as portas e que os peregrinos de outras cidades ficam à deriva, sem ter um restaurante para se alimentar com razoabilidade, afora outros, de melhor poder aquisitivo que poderiam permanecer na cidade para curtir outras atrações como o frio e a neblina, tão peculiar nesta época do ano, não tem um hotel ou mesmo uma pousada para se abrigar confortavelmente com a família e por isso, retornam para as suas cidades ou se deslocam para Delmiro Gouveia.

Causa-nos estranheza também, que o grande líder religioso do Santuário possa aglutinar uma multidão de religiosos em suas festividades sem contudo, poder celebrar uma missa no Santuário para atender os anseios dos fiéis.

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