quinta-feira, 7 de abril de 2011

AS ASSOMBRAÇÕES DE MATA GRANDE- Estudante faz cada uma.

Esta se passou no cemitério velho. No tempo que existia o Teatro Público Municipal em Mata Grande, ao lado, próximo a entrada do cemitério, funcionava a marcenaria de Mané Malinha local onde costumávamos conversar. As aulas do Ginásio Felix Moreno terminavam por volta das 22,30 horas e nós que morávamos na rua Nova subíamos e conversávamos um pouco na esquina da padaria de seu Panta. Em uma noite, o marceneiro, estava terminando os serviços de um caixão de defunto, daqueles do pano preto. Tivemos então a idéia de colocar o caixão na calçada do teatro quando viesse uma só pessoa e nos escondíamos para ver a grande disparada que ela dava ao vislumbrar o caixão. Imaginem o medo que sentiam. Alguns retornavam , chamavam outras pessoas, e formando um grupo, apareciam para verificar a assombração, então, ligeirinho tirávamos o caixão e o escondíamos dentro da marcenaria. Pense no vexame que o assombrado passava para justificar aos outros que a coisa estava ali, naquele lugar, ele realmente viu, porém, não conseguia provar. Ríamos bastante, até que resolvemos colocar uma cabaça, com uma vela acesa dentro. Fazíamos alguns orifícios que eram cobertos com papel avermelhado, davam a impressão de olhos, nariz e boca e espreitávamos para ver quem dava a maior carreira. Uma noite, no entanto, um cidadão, tido como corajoso, falou grosso e pelo jeito estava armado, foi lá, quebrou a cabaça pisando, dizendo impropérios , doravante, ficamos receosos e nunca mais repetimos a façanha.

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