segunda-feira, 17 de maio de 2010

MATA GRANDE - A CIDADE QUE JÁ TEVE:



                                                 Maceió - Al., 17 de maio de 2010.



Nas comunidades do Orkut "Amo Mata Grande" e "Matagrandenses & Amigos" fizemos  alguns comentários sobre o tema, infelizmente  não consegui localiza-los. Recentemente um conterrâneo de nome Jorginho, neto de Seu Antonio de Justo, antigo morador da rua da Matriz, criou um tópico denominado "que pena" onde lamenta alguns descasos administrativos corriqueiros dos gestores municipais. Relembrei então que tantas repartições federais e também, estaduais já tiveram os seus escritórios bem estruturados em nossa cidade, porém, por falta de interesse político elas foram relocalizadas em outras cidades circunvizinhas ou mesmo extintas.
Tentaremos, doravante, deixar alguns escritos sobre o assunto, visando informar aos mais jovens  o que Mata Grande já teve em termos de repartições, indústrias, lazer, etc., com  suas descrições , fotos, (quando possível ) e também, as finalidades para as quais foram criadas .
Iniciaremos  falando sobre os engenhos de rapadura, isto eu escrevi em 10.11.2007:


"ENGENHOS DE RAPADURA

S.O.S. - ENGENHOS DE RAPADURA

1970 - Existiam 38 engenhos funcionando normalmente.

1992 - Existiam l8 engenhos, alguns funcionando normalmente.

2007 - Existem 08 engenhos funcionando precariamente.



TENDÊNCIA - Mata Grande passa a ser a cidade do "já teve engenho" como tantas outras indústrias que "já teve".



OBSERVAÇÕES - A rapadura e o mel dos nossos engenhos teem sabor inigualáveis, se comparados com as produzidas no Ceará e Pernambuco.

No Sítio Almeida, existiam 08 engenhos, alcancei 03 funcionando e hoje existe apenas um que funciona às quintas-feiras, precariamente, utilizando até açucar, para produzir seus produtos. engenhos de rapadura"
 
Desnecessário se torna informar da quantidade de mão de obra necessária para o funcionamento de um engenho, desde o preparo da terra, o plantio da cana, os tratos culturais, o corte o carregamento e por último o funcionamento de um engenho que diariamente , ocupa uma média de quinze homens. Vale frisar que estes trabalhadores passaram a exercer as suas atividades nas usinas de açucar.
 
Um registro importante: O Senhor de Engenho Albérico Carvalho, produzia a cachaça artezanal  em larga escala, além de mel e rapadura. Foi um dos engenhos mais modernos  que conheci em nossa terra. Visitei um similar em março deste ano, visitando Juazeiro do Norte no Ceará. Lá presenciei que o uso do açucar é uma constante. Já não se fabrica a repadura  pura como antigamente.
Nas feiras semanais de Mata Grande  existem duas bancas onde os donos de engenhos vendem os seus produtos. Mel e rapadura com sabores inigualáveis porque ainda não desenvolveram a técnica de usar o açucar para a produtividade aumentar.
 
OBSERVAÇÃO:  A foto é do engenho dos herdeiros de seu  Eneas no Sítio Flores. A cliquei do pátio da  Igrejinha do Urubu. Este engenho , por ser movido por junta de bois  foi alvo de uma grande reportagem da TVGazeta.

2 comentários:

  1. Quanta riqueza já tivemos !!!
    e hoje tem pessoas que passam fome.
    Mas a riqueza continua, basta a boa ação de quem
    a governa pra termos de volta tudo o que já se teve um dia. Até hoje não sabia que já existiu tudo isso, mas quando você olha naqueles prédios antigos em Mata Grande, você começa a imaginar mil coisas, o que foi um dia ali...


    Adorei os textos são de muito bom gosto da sua parte Germano. Que você continue a nos informar das riquezas que um dia já existiu em nossa terra. Parabéns mesmo.
    abraço

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  2. QUANDO MATA GRANDE ,NÃO TINHA ,NEM TINHA TIDO UMA AGENCIA BANCARIA,O SR. MANOEL ALVES MARTINS,FOI O PRIMEIRO REPRESENTANTE DO BANCO DO BRASIL,;ONDE OS COMERCIANTES IAM A SUA LOJA DEPOSITAR DINHEIRO OU FAZER TRANSAÇÕES BANCÁRIAS POR SEU INTERMÉDIO.

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