quinta-feira, 31 de dezembro de 2009



Augusto César Malta de Campos (1864-1957) foi fotógrafo oficial da Prefeitura do então Distrito Federal, nomeado por Pereira Passos.


De 1903 a 1936, documentou um período de notáveis transformações urbanísticas e arquitetônicas na cidade, acompanhando as grandes remodelações do Rio de Janeiro de seu tempo, como o desmonte do Morro do Castelo, a abertura da Av. Central, a Exposição Nacional de 1908 e a Exposição Internacional de 1922, em comemoração ao Centenário da Independência do Brasil.

Malta também, registrou a execução e a inauguração de obras públicas, monumentos, prédios históricos, carnavais antigos, os corsos e as batalhas de flores, flagrantes do momento, o surgimento das favelas, notícias e acontecimentos da época, em obra de inestimável valor histórico para a preservação da memória da cidade.

Esta é uma homenagem dedicada a este grande matagrandense e fotógrafo do passado Carioca.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

POESIA DE JOSÉ FREITAS -UM MATAGRANDENSE AUSENTE

É AMOR DEMAIS É COISA DE DEUS

Autor: José Freitas



Mata Grande é minha terra

Não nego meu natural

Gosto muito deste chão

Não existe outro igual



Eu deixei minha terrinha

Por uma força maior

Procurei por toda parte

Mais nunca encontrei melhor.



Já revirei Pernambuco

Fui até ao Cabrobó

Achei muito lugar bom

Mais Mata Grande e melhor!



É grande a minha pesquisa

Em todo lugar que eu ande

Mais nunca encontrei lugar

Melhor do que Mata Grande



Estive em vários lugares

Rio de janeiro e na China.

Procurei e não achei

Lugar que tenha o seu clima



Quando a lua aparece em Mata Grande

Ilumina toda a região

As casinhas feitas fora da cidade

Não precisam de velas nem Lampião



Mata Grande é um orgulho

Para todo filho seu

Tem até filho adotivo

Que gostam de ti como eu.



Terra de clima excelente

Terra boa pra viver

Terra de gente decente.

Tendo duvidas, venha ver.



Fontes limpas e cristalinas

Temos por toda a cidade

Todos dizem a água é fina

E dá melhor qualidade



Quem fala de agricultura

Lembra logo da terrinha

Da cana faz rapadura

Da mandioca a farinha



É no campo do turismo

Que acendem as esperanças

Esperamos que os políticos

Façam tudo sem lambanças



O que falta em Mata Grande

Eu vou falar a verdade

E um homem com coragem

Pra investir na cidade.



Quem visita Mata Grande

Não esquece nunca mais

Vai saber por que eu digo

Meu lugar é bom demais!



Se Deus me desse outra vida

E eu pudesse escolher

Outra vez em Mata Grande

Ia pedir pra eu nascer



Já pedi aos meus parentes

E eles vão atender

Me levar pra Mata Grande

No momento em que eu morrer.

domingo, 27 de dezembro de 2009

AUGUSTO CESAR MALTA DE CAMPOS

Germano                                                                          Maceió-Al,                          21.11.07

Augusto César Malta de Campos (1864-1957) foi fotógrafo oficial da Prefeitura do então Distrito Federal, nomeado por Pereira Passos.

De 1903 a 1936, documentou um período de notáveis transformações urbanísticas e arquitetônicas na cidade, acompanhando as grandes remodelações do Rio de Janeiro de seu tempo, como o desmonte do Morro do Castelo, a abertura da Av. Central, a Exposição Nacional de 1908 e a Exposição Internacional de 1922, em comemoração ao Centenário da Independência do Brasil.

Malta também registrou a execução e a inauguração de obras públicas, monumentos, prédios históricos, carnavais antigos, os corsos e as batalhas de flores, flagrantes do momento, o surgimento das favelas, notícias e acontecimentos da época, em obra de inestimável valor histórico para a preservação da memória da cidade.

Esta é a comunidade dedicada a este grande fotógrafo do passado Carioca.
 

27.12.2009 - Na comunidade "MATAGRANDENSES & AMIGOS"  em 21.11.07, no tópico VULTOS MATAGRANDENSES, fizemos referência a Augusto Malta e na minha página do ORKUT tem fotos dele, já que mantenho contato com Pablo Malta Campos, descendente dele e que reside em Juiz de Fora -MG.
A GAZETA DE ALAGOAS  de hoje em  caderno especial publicou uma reportagem sobre Augusto Malta, caso seja autorizado,  republicarei neste blog.

PROGRAMAÇÃO DA FESTA DA PADROEIRA DE MATA GRANDE-AL.

IGREJA DE N.SENHORA DA CONCEIÇÃO Cidade: MATA GRANDE - AL Detalhes:


PROGRAMAÇÃO EM DEZEMBRO-2009:

22 -Abertura da festa com hasteamento da bandeira, sainda da residêndia de seu Francisco e Dona Maria, às 19 horas do Bairro do Mandacaru.

23 -Noite dos aposentados, pensionistas e pessoas idosas.

24 - Noite: dos movimentos e pastorais da paróquia e juventude.

25 - Donas de Casa

26 - Filhos ausentes e crismandos.

27 - Motoristas, motoqueiros e mecânicos.

28 - Comerciantes.

29 - Educação.

30 Órgãos Públicos

31 - Noite dos visitantes, comunidades, agricultores criadores e vaqueiros.

01/01/2010 -ENCERRAMENTO DA FESTA:

10:00 horas - Missa Solene.

16:00 horas Procissão pelas ruas da cidade e Benção do Santíssimo Sacramento.

HINO DA PADROEIRA DE MATA GRANDE

HINO DA PADROEIRA


Foi a Virgem do céu, foi Nossa Senhora

Que escolheu esse chão e quis nele habitar

No altar onde vives, no altar onde moras

És dos filhos da terra, ventura sem par.



Eia, sus Mata Grande, eia sus gloriosa

Revivendo feliz seu antigo esplendor (REFRÃO)

Sob o manto real desta Virgem formosa

Hoje canta com fé o teu hino de amor.



Destes vales e serra e verdes campinas

Sobe aos céus,Virgem Mãe, o amor dos filhos teus.

Teu olhar de ternura, a nós todos ensina

A viver como irmãos, como filhos de Deus.



Refrão:



Guarda a todos do mal, ó Virgem Maria

Mãe do céu protegida da culpa primeira.

És a nossa esperança, vem ser nossa guia

E abençoa Teu povo, Ó Excelsa Padroeira.



Refrão:





Letra e música - Mons. Rosevaldo Caldeiras de Souza.

sábado, 26 de dezembro de 2009

A RUA DO MANDACARU



26.12.2009 - A antiga rua do Mandacarú, prolongamento da rua 5 de Julho (Rua Nova) que começa no local do cemitério velho, passando pela "Baixinha"  e vai até o "Lava Pé",  hoje está totalmente diferente, as suas casas já estão crescendo na vertical, devido a falta de espaço, ninguém conhece mais a "Baixinha", (fonte), e tampouco o  riacho do  "Lava Pé", porque nestes locais, foi construído uma  galeria fluvial e uma ponte, respectivamente,  nesta, começa o asfalto que vai em direção ao Inhapi, Delmiro Gouveia, Paulo Afonso e também a Pernambuco e a Capital do Estado. Existem duas COHABs, vários bares, mercadinhos, padarias, lojas, casa de peças, duas belissimas praças e numa delas o Santuário da Virgem Maria Mãe dos Pobres .          O cemitério novo já  foi ampliado por duas vezes e  continua pequeno. A antiga mercearia do primo do meu pai Manoel  Tributino hoje  é um mercadinho. O interessante foi que casualmente ví a foto acima, origem desta reportagem, onde  o nome da rua é MANOEL ALVES BEZERRA, justamente em homenagem a Manoel Tributino como era conhecido por todos. Foi um comerciante honesto e  batalhador, gostava de cavalos baixeiros, criou  e educou a família com a renda da mercearia e pequenas propriedades rurais que possuia no município

FUNCIONÁRIOS DA ADEAL CONTINUAM EM GREVE


21.12.09 - A Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (ADEAL) , Unidade da cidade de Mata Grande, continua sem atender aos  pecuaristas, haja vista a greve , conforme se vê na foto.              Isto tem impedido os criadores de efetuarem as suas declarações das vacinações dos seus rebanhos bovinos, ovinos e caprinos no prazo estipulado. O estado de Alagoas através dos seus administradores  não deu a devida atenção aos anseios dos funcionários o que motivou o impasse. De igual forma procedeu quando não dispensou atenção ao problema da febre aftosa o que  causou enormes prejuízos aos produtores rurais que ficaram impedidos de venderem os seus produtos, principalmente para o vizinho estado de Pernambuco tendo em vista as barreiras criadas. Certa vez em uma reunião na Federação da Agricultura sugeri que todos se reunissem e colocassem o Estado na Justiça,  em uma ação indenizatória aos prejuízos causados face a morosidade em cumprir a sua parte. Posteriormente vem o mesmo , cobrar  multa , com outras exigências , para quem não cumpriu a vacinação em dia.
Agora mais uma vez, sentimo-nos impossibilitados de cumprir as determinações em declarar o rebanho, devido  a greve e, não seja surpresa,  a ADEAL, querer faturar, multando os criadores que não declararam o seu rebanho.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

UM AMANHECER NO INVERNO EM MATA GRANDE


25.12.2009 - Após as assertivas inseridas na mensagem anterior, resolvi buscar no baú das minhas fotografias a que registrei a temperatura  alí citada, bem como, uma  clicada, em uma manhã invernosa. Ao fundo, a Serra do Agreste encoberta pela densa neblina. É importante frisar, que  a neblina,  em determinados horários não permite fotografias, porque, até o capim, casa  e fruteiras você não vislumnbra.
Isto é uma constante nos invernos em Mata Grande e lembro que, já  vivenciamos deles, onde o sol não aparecia por dezesseis dias consecutivos, o frio e a chuvinha fina aumentavam muito à noite e em variados horários diurnos.

UM AMANHECER NO VERÃO EM MATA GRANDE


20.12.2009 - Ao amanhecer do dia, vislumbrei a Serra da Onça de longe e não resisti a clicar uma foto para registrar  o restante da neblina que ainda teimava  em encobri-la, mesmo com  o adiantado da hora, onde o sol tórrido em nosso alto sertão alagoano já iluminava toda a região. Neste local, mesmo  em uma baixa, entre as Serras do Agreste e Boa Sombra, já registrei temperatura de 13 gráus. Não tenham a menor dúvida  que no horário do meio dia , nesta época de verão, a temperatura ultrapassa os 30º, todavia, ao anoitecer ela chega  a mínima de 17/21º.                                                                                                        Mata Grande por ser uma cidade onde os romeiros frequentemente visitam o Santuário de Santa Terezinha já deveria ter um hotel fazenda para abrigar  os turistas que gostam de neblina e frio. Na Serra da Lagoa de Santa Cruz seria uma ótima opção, lá as temperaturas nos meses de julho/agosto beiram os dez gráus.

O PRIMEIRO VAQUEIRO


20.12.09 -  Ainda em frente a igreja de Nossa Senhora do Rosário, localizada no Alto do João Félix, eis que vai  descendo o primeiro vaqueiro do dia montado em  seu elegante cavalo (vaqueiro integrante do grupo de apoio), pedi para que voltasse e assim foi fotografado. Trabalhou muito e nos ajudou  (a comissão julgadora de cavalos baixeiros), fazendo com que os cavalos se apresentassem  e voltassem do local onde  a comissão estava instalada.

A IGREJA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO - MATA GRANDE-AL.

Dia 20.12.2009, domingo, fomos eu e minha esposa, assistir a missa na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, localizada na Rua do João Felix, como assim é conhecida. A igreja foi pintada, forrada com pvc e está com uma aparência interna e externa muito agradável, fruto da abnegação dos fiéis, que aqui queremos parabenizar. De lá se vislumbra a maior parte da cidade, uma vista inigualável da Serra da Onça , Monte Santo e porque não citar, o azul constante da Serra do Parafuso, esta,  localizada no município de Inajá no Estado de Pernambuco.




A missa foi celebrada pelo Conego Washington, de quem temos o privilégio de participar da sua particular amizade.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

VII MISSA DO VAQUEIRO

8ª MISSA DO VAQUEIRO
20.12.08 - Casualmente cheguei em Mata Grande e para minha surpresa seria realizada a oitava missa do vaqueiro, mais uma vez, fui convidado pela comissão organizadora para participar da comissão julgadora dos cavalos baixeiros. Este ano foi difícil, haja vista, a quantidade de bons cavalos desfilando. Não divulguei na coluna de eventos porque não recebi nenhuma comunicação antecipada. No que tange a festa foi muito bonita, em paz e bem organizada. O que me chamou a atenção foi a mudança na festa que passou a ser mais política do que de costume. As toadas, as faixas, as constantes citações e até o lançamento de projeto político davam mais a impressão de um palanque político do que missa do vaqueiro. No mais tudo normal e em paz. A missa contou com a participação do Padre Eraldo Cordeiro que sempre abrilhanta os ambientes onde chega pela sua simpatia e fidalguia. então, quando ele canta o Lengo Tengo,do inesquecível Luiz Gonzaga, empolga a todos. Vejam as fotos que disponibilizei em minha página no orkut.

SANTUÁRIO DE SANTA TEREZINHA

Sábado estive visitando o Santuário, juntamente com os meus filhos Marcus Vinicius e Geovanna Léa, os quais ficaram boquiabertos com a imponência do Santuário. Fomos muito bem recebidos pelo Pe. Sizo de Santa Terezinha. O Santuário estava quase lotado com um pessoal que veio de Pernambuco. O Padre , por sua vez, muito ocupado, mesmo assim, dispensou atenção especial aos meus filhos, que foram seus contemporâneos de infância e adolescência. Na ocasião ele falou que "na última reunião em Xingó, chegaram mais ou menos 120 mil romeiros". Disse ainda qu" pretende construir na Serra do Angico uma estátua de Santa Terezinha com aproximadamente 34 metros de altura". Será um empreendimento de grande vulto e Mata Grande, não tenham dúvidas, será um grande centro de perigrinação. Hoje já o é, falta, entretanto, infra-estrutura de hotéis, pousadas, restaurantes etc., uma vez que, os romeiros são obrigados a vir e voltar no mesmo dia. Em dias de grande movimentação a cidade se torna pequena para receber os ônibus e automóveis, bem como o grande número de romeiros.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

MORAR EM MATA GRANDE

Morar em Mata Grande
Ah! Morar em Mata Grande é ter o privilégio de viver bem. É elevar a auto-estima após conferir sua beleza. Ela é bem diferente, pois possui um potencial incrível que poucas cidades têm: um jeito que fascina. As montanhas que lhe cercam com destaque para a Serra da Onça, o clima ameno, as ruas de pedras e o casario antigo que sobrou lhes dão um charme especial que quem vê se apaixona. No topo de cada serra, em diferentes ângulos, se aprecia paisagens diferenciadas e encantadoras. Se contempla o horizonte infindo. Ah! Até parece que um tapete verde se desenrola pelas montanhas e a cada escalada se descortinam paisagens deslumbrantes. No período do inverno, quando o frio predomina, tudo é perfeito! Uma neblina bem alva, como a brancura da neve envolve as ruas e encobre as montanhas qual um cobertor de lã, agasalhando quem tem frio. Aqui a própria natureza se encarrega de recolher a chuva, a neblina e o frio fazendo iniciar um novo espetáculo; pela manhã o brilho do sol resplandece nas pedras da Serra da Onça, parecendo que a prata, um metal tão valioso escoa pelas fendas das rochas sem que alguém a perceba. Mata Grande! O oásis, a maravilha do sertão! É nela que a natureza se revela como uma obra de arte, desenhada pelo próprio Criador. É nela que um povo alegre, gentil e hospitaleiro encanta e contagia a sua alegria aos seus visitantes deixando apenas saudades e nada mais. Ela é o orgulho para quem a admira e o bem para quem sabe possuí-la. Sua história é contada por muitos e escrita por casa um de nós. Assim é Mata Grande – Nosso berço, nosso chão.

Autor: Fagner

SÓ QUEM É NORDESTINO ENTENDE

Botão é pitôco
Se é miúdo é pixototinho
Se é resto é cotôco
Tudo que é bom é massa
Tudo que é ruim é peba
Rir dos outros é mangar
Se é franzino é xôxo
O bobo se chama leso
E o medroso chama frouxo
Tá estranho tá tronxo
Vai sair diz vou chegar
Caba sem dinheiro é liso
Pernilongo é muriçoca
Chicote se chama açoite
Quem entra sem licença emburaca
Sinal de espanto é vôtes
Se tá folgado tá folote
Se a calça tá curta tá pega-bode
Quem tem sorte é cagado
Quem dá furo é fulero
Sujeira de olho é remela
Gente insistente é pegajosa
Agonia é aperreio
Meleca se chama catota
Gases se chamam bufa
Catinga de suor é inhaca
Mancha de pancada é roncha
Palhaçada é munganga
Desarrumado é malamanhado
Pessoa triste é borocoxô
É mesmo é Iapôis
Correr atrás de alguém é dar uma carrera
Passear é bater perna
Fofoca é babado resenha
Estouro se chama pipôco
Confusão é rolo
É assim mermo visse mainha?Eita troço arretado

EU VI UM LUGAR ASSIM

Autor:-Sinésio Santos (Viajante que pernoitava em Mata Grande) Eu ví um lugar diferente Entre mata e serra O povo plantou sua semente Nesse pedacinho de terra Eu ví um povo feliz Em sua modesta civilização Distante no imenso país Bem nos confins do sertão Nunca ví um lugar assim De detalhes e de grandezas Não ví um belo jardim Mas ví um pedaço da natureza Ví crianças e velhos na ladeira Ví moços e moças namorando Ví pessoas de toda maneira Uns cantando, outros chorando. Carros e motos trafegando Pelos pontos mais altos do lugar Ví muita gente palestrando Esse ano o milho vai dar. Eu ví a chuva cair na serra Eu ví esperanças nas pessoas Eu ví um povo amar sua terra No pedacinho de Alagoas. Eu ví escadaria por todo canto Principalmente subindo a Matriz Eu ví um povo cheio de encanto Eu ví um povo feliz Eu ví gente indo e voltando Em busca da sobrevivência Outros nos bares cantando Outros sentados com paciência Eu ví lugar deslumbrante Um lugar que marcou em mim Pois é, meu amigo viajante MATA GRANDE é assim.

A VERDADE SOBRE A MORTE DAS VÍTIMAS DO ABORTO

Poesia de Walter Medeiros. No pé da Serra da Onça - Alto sertão de Alagoas - O povo gosta de loas Mas tem a maior responsa: Criança, jovem e coroas Discutem as coisas boas E combatem gente sonsa. Pois numa noite bem mansa, A lua branqueando o Céu, Foi de tirar o chapéu E não perder na lembrança O filho de Dona Bel Enfrentou seu Miruel Num assunto que não cansa. Seu Miruel é ateu, Do bem ele quer distância; Homem cheio de ganância, Rouba até parente seu. Uma triste discrepância Que deixa muitos na ânsia De vê-lo comendo breu. Além de tudo é perverso, Sem ética nem moral; É mesmo gente do mal, Mas está no Universo; E seu maior ideal É ver uma lei fatal Nascer num novo processo. Ele defende o aborto, É homem muito falante, Tem um tom repugnante Mas não quero lhe ver morto; Quero que ele se espante Com a verdade de Dante Que é matar um zigoto. Ao vê-lo todo exaltado, O filho de dona Bel Que nunca foi bacharel Nem tinha sido testado, Olhou a barra do Céu E até quem tava ao léu Foi ouvir o seu recado: - Neste dia iluminado Da minha amada vida, Esta pendenga sofrida, Cheia de arrazoado, Ganha a maior guarida Para ser bem referida Neste momento rimado. - Pois neste mundo malvado, De tanto conceito torto, Vou também falar do aborto, Que está sendo analisado Da roça ao cais do porto, Temos muito bebê morto E outros sendo assassinados. - Alguém terá desconforto, Mas quero falar da vida Que é sempre concebida Como semente no horto, Quando a mãe engravida No instante dá guarida Ao pequenino zigoto. - Não sei por quê se duvida Daquele exato momento Onde surge o rebento E a pessoa é concebida; Nem mesmo o mais avarento Teria outro pensamento Sobre aquela nova vida. Ao ver o homem rimando O povo ficou feliz, Pois um simples aprendiz Estava ali ensinando O que a gente boa diz No templo e na matriz E ele foi assimilando.